Ele foi feito refém junto com freiras em mosteiro em Jacareí, interior de SP.
Polícia Civil recuperou dois carros que foram roubados durante ação.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/01/padre-feito-refem-diz-que-criminoso-perguntou-se-tera-perdao-de-deus.Um dos criminosos que invadiu um mosteiro em Jacareí, no interior de São Paulo, na noite desta quarta-feira (25), e fez o padre Antônio Maria refém junto com freiras e jovens perguntou ao pároco se ele será perdoado por Deus. A conversa foi relatada ao G1 pelo padre na tarde desta quinta-feira (26).
“Eu estava sozinho com um dos rapazes e ele me desamarrou. Então eu disse: ‘Meu irmão, não sei seu nome e sei que você não vai falar. Mas sou seu irmão e, se você me permite, deixe-me te dar um abraço.’ E ele disse: ‘sim padre’. Fomos um de encontro ao outro. E nesse abraço, que foi de verdade, ele disse: ‘Padre, será que Deus me perdoa?’ Aí eu disse: ‘Filho, claro que Deus te perdoa’.”
O padre Antonio Maria, que também é cantor e escritor, disse ainda que, apesar de ter feito mal às pessoas do mosteiro, ele iria rezar pelos criminosos. “Deus é justo. Vocês estão tocando pessoas que Deus ama muito, que largaram tudo por ele. Mas eu vou rezar por vocês”, disse ele a um dos criminosos.
Seis homens invadiram o sítio nesta quarta. Cinco deles estavam encapuzados. O outro tentava o tempo todo cobrir o rosto com as mãos e os braços, segundo ele. Nesta quinta, o padre foi até a delegacia e a polícia lhe mostrou fotos de suspeitos. Antônio Maria não reconheceu nenhum.
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No entanto, ele reclamou da falta de patrulhamento rural. Segundo o presidente da Cruz Vermelha de Jacareí, Ivan de Carvalho, a cidade possui 1.200 propriedades rurais e cerca de 700 km de estradas, mas não possui uma patrulha oficial.
O padre disse que já conversou, inclusive, com o governador do estado, Geraldo Alckmin, sobre a necessidade de patrulhas rurais na região. Diferentemente da cidade vizinha de Cachoeira Paulista, Jacareí não possui uma. Ele acrescentou ainda que a sensação de insegurança é "muito grande".
Questionado sobre planos para instalação de equipamentos de segurança no sítio, que não possui muros ao redor, o padre Antônio Maria disse que pensa no assunto, mas não possui recursos financeiros. Uma medida que deverá ser adotada nos próximos dias é a aquisição de um cachorro.
Freira mostra quarto onde reféns foram mantidos (Foto: Renato Jakitas/ G1)
AssaltoA invasão aconteceu por volta das 23h da quarta-feira. “Eles disseram que não iam fazer mal nenhum, mas que queriam dinheiro. Eu falei 'meus filhos, não façam isso, nós não temos dinheiro. Nós lutamos com dificuldade'. Até as pessoas imaginam muitas vezes que eu nado em dinheiro, porque canto, porque tenho discos, vou à televisão. Porque sou amigo do Roberto Carlos e isso não quer dizer nada”, contou o padre.
De acordo com a irmã Rosane dos Santos Coelho, após a invasão, os homens armados levaram as freiras que estavam no prédio, o caseiro, o padre e os jovens para um quarto do mosteiro, em um grupo de cerca de 15 pessoas. “Depois eles pediram para que apontássemos os quartos e vasculharam todo o mosteiro”, disse.
Segundo a irmã Rosane, um assalto semelhante aconteceu no mosteiro há cerca de dois anos. Ela reafirmou que o terreno não é murado, mas protegido apenas por uma cerca fácil de ser ultrapassada. “Nós estamos tentando buscar ajuda com a polícia, pois não temos renda fixa para fazer uma segurança maior. Mas vamos ver o que Deus vai providenciar."
A Polícia Civil recuperou nesta quinta dois veículos que haviam sido roubados.
É lamentável o que ocorreu com os fiéism, mas sei que desta situação difícil em que eles se encontraram por falta de segurança o padre, usado por Deus, comoveu-me mto qdo pediu um abraço dessa criatura que é tão vítima quanto nós dessa desigualdade social. Não justifica o sequestro, mas ele com certeza levou em sua mente e coração uma mensagem de fé e bondade nas palavras e no abraço recebido. Deus vai fazer a obra agora.
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