quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Crea vai abrir investigação para determinar causas do desabamento

Uma montanha de entulho foi tudo o que sobrou dos três prédios que desabaram no centro do Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira (25). A devastação só não foi maior porque o desabamento aconteceu no período da noite. Como os prédios são comerciais, o expediente costuma terminar no fim da tarde.
Os escombros se amontoam ao lado de uma das construções mais simbólicas do centro da cidade: o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que por pouco não foi atingido. Na área, existem muitos prédios históricos, como o Museu Nacional de Belas Artes, a Biblioteca Nacional, e a Câmara de Vereadores.

Um dos prédios que ruíram era da década de 30. Nele, havia uma agência bancária. O sobrado era da década de 20 e tinha uma loja de produtos naturais. Na maior das três construções, da década de 40, funcionava uma sapataria, uma agência de recursos humanos, escritórios de advocacia, contabilidade e uma empresa de informática. Foi este prédio que desabou primeiro, derrubando os outros em seguida.
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Segundo informações de quem trabalhava no local, havia duas obras no prédio mais alto: uma no 3º andar e outra no 9º andar. De acordo com o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), nenhuma delas tinha registro. “As duas obras eram ilegais, não tinham nenhum registro no Crea e isso é considerado exercício ilegal. É um perigo, porque pode modificar o sistema estrutural, corta uma viga pra passar um duto de ar condicionado e isso leva à ruptura”, explica Antônio Eulálio, conselheiro do Crea-RJ.
O Crea vai abrir uma investigação para determinar as causas do desabamento. O conselho não descarta nenhuma hipótese, mas o engenheiro acha difícil que o acidente tenha sido provocado por vazamento de gás. “Eu descarto. Foi a alteração, foi a estrutura mesmo”, garante o conselheiro.
A Prefeitura do Rio de Janeiro informou que está fazendo um levantamento sobre a situação dos prédios no centro da cidade, mas informou que quando se trata de reformas internas, que não afetam a estrutura do edifício, não há necessidade de autorização.

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