sábado, 22 de março de 2014

Planalto usará ata da Petrobras para sustentar versão de Dilma

No Palácio do Planalto, uma ata da reunião de 2008 do Conselho de Administração da Petrobras deve ser utilizada para reforçar a versão da presidente Dilma Rousseff de que os conselheiros não tinham sido informados sobre cláusulas do contrato de compra da refinaria de Pasadena, nos EUA (entenda o caso da aquisição da refinaria pela Petrobras).

Por força contratual, a Petrobras acabou pagando, no total, US$ 1,18 bilhão pela refinaria, que, em 2005, havia sido adquirida pela empresa belga Astra Oil por US$ 42 milhões.

Em 2008, quando já havia um litígio entre a Petrobras e a empresa belga, os conselheiros fizeram constar em ata que o órgão não tinha sido informado das duas cláusulas contratuais que deram prejuízo à Petrobras.

Na ata, de número 1.304, de 2008, está escrito ainda que os conselheiros só foram informados do resumo-executivo do projeto e tomaram conhecimento do parecer do Citibank, favorável à compra

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Suzane -- mobilização- controle da internet- profissionalização da política

Uma jovem trabalhadora, Suzane Sanches, sem participação orgânica em partidos, sindicatos, ou qualquer organização social conseguiu mobilizar milhares de usuários de transporte coletivo em São Luís ,ontem. veja aqui http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2014/03/22/interna_urbano,153186/saiba-como-suzane-conseguiu-para-o-transito-de-sao-luis.

A jovem que é serviços gerais, portanto trabalhadora , conseguiu convencer as pessoas insatisfeitas com o tratamento dispensado pelo sistema de transporte coletivo ao usuário de transporte público de massa em São Luís, a sair as ruas e gritar a sua insatisfação.


A mobilização foi rápida e espontânea, tão rápida e espontânea que a prefeitura e a policia religiosa que blinda o prefeito nas redes sociais, por incrível que pareça ,ainda não atribuiu a mobilização a uma trama macabra da direita.


A referida mobilização tem como pano de fundo o domínio que os empresários de transporte coletivos de São Luís tem sobre o setor, e a influência que tem na prefeitura de São Luís, esses empresários recebem inclusive um bônus mensal de mais de $2.000.000.00 por parte da prefeitura de São Luís, a título de subsídio.

Essas manifestações espontâneas se repetirão inúmeras vezes aqui e pelo Brasil afora, fruto que são da insatisfação popular com os seus representantes.

Os "donos¨" da ruas e das vontades populares, agora nos governos , não suportam a ideia de manifestações legítimas que não sejam dirigidas por eles.
Os profissionalizados da política, os parasitas do dinheiro público, que se encontram desde sempre nos cargos comissionados, nos serviços prestados, nas direções de alguns sindicatos ,que ocupam os chamados "ISOS", cargos, denominados de símbolos isolados, hoje são os burocratas do poder.

Agora querem controlar a internet, colocar sob o controle de comitês formados por também "profissionalizados", sempre com o argumento de democratizar o acesso a informação ,quando o que querem é privatiza-lo



quinta-feira, 20 de março de 2014

Eliziane segue Pré candidata

O PPS de Eliziane continua na luta para manter a candidatura ao governo do estado, em votação interna o PPS posicionou-se contra a aliança com o PCdoB

Agora deputada busca se viabilizar com outras siglas, talvez de viés ideológico bem diferente. No entanto a possibilidade de exercer o sufrágio eleitoral de forma ampla, de votar e ser votada ,permanece para a deputada, em que pese as articulações em contrário.

O pluralismo político, como previsto no nosso ordenamento é desejável e necessário , embora este princípio sofra constantemente tentativas de assassinatos.

quarta-feira, 19 de março de 2014

A oposição fecha o cerco

A oposição fecha o cerco em torno de Eliziane Gama, com oobjetivo de impedir que a mesma seja candidata ao governo do estado e pelo jeito terão sucesso.

Asim a oposição dá um importante passo em direção a vitória na eleição que se aproxima , em outubro, a deputada mais uma vez é preterida em suas aspirações. ´Realmente as chances da oposição vencer a eleição para governador a cada dia aumentam, em tese. Aguardemos os fatos.

O preço para votar o Marco Civil da Internet



O discurso oficial é que a votação do Marco Civil da Internet deve ser adiada porque ainda não há acordo entre os partidos da base governista. Mas, na prática, o interesse em votar o projeto foi uma estratégia deliberada dos aliados para forçar o Palácio do Planalto a prolongar o balcão aberto para negociação de cargos no governo.

Nas palavras de um líder aliado que participou das negociações, se o Marco Civil da Internet fosse pautado para esta quarta-feira (19), a presidente Dilma Rousseff fecharia todas as negociações com aliados. "Essa é a última grande votação desse ano de interesse de Dilma. Portanto, a única oportunidade para que a base consiga mais alguma coisa. Por isso, o adiamento", explicou ao Blog esse líder.

O Palácio do Planalto foi surpreendido com o possível adiamento e só percebeu a estratégia da base no início da noite. Para pressionar os aliados, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati, manteve o discurso de que espera que a votação ainda aconteça nesta quarta.

A presidente Dilma Rousseff ficou contrariada com a manobra dos aliados. A votação do projeto é considerada uma prioridade, pois reforça o discurso contra a espionagem. Em abril, o Brasil sediará conferência internacional sobre governança na internet, e o Planalto que apresentar no evento a nova lei.

por Gerson Camarotti

terça-feira, 18 de março de 2014

A candidatura Eliziane

Nas redes sociais a oposição dá como certo a desistência de Eliziane Gama da sua candidatura ao governo. A deputada não confirma e nem nega. A pré-candidata pode ser o fiel da balança da eleição estadual,mais que isso, o seu desempenho em São Luís definirá a sua trajetória enquanto líder no município e potencial prefeita em 2016.
Em optando por disputar a câmara federal ou vice governadoria praticamente acaba o seu protagonismo político no município de São Luís




Alguns analistas políticos entendem que a deputada não tem saída , pois ao perder a disputa estadual ,perderia o controle do partido e ficaria sem mandato, segundo esses analistas seria o fim , eleitoralmente falando.Oocorre que a depender do desempenho da pré-candidata o que não lhe faltará é sigla para seguir o seu caminho.

No entanto, seguir ou não, não depende de vontade individual da candidata, mas de estrutura e de apoios , principalmente a nível nacional.

Considerando que a nível estadual a sigla tem se posicionado de acordo com as conveniências particulares de alguns dos seus membros, é possível que haja desistência, o que é ruím para o debate democrático.

A candidata pode não ter saída, a não ser tornar-se apêndice d a candidatura do P.c. do B, José Sarney fez escola no Maranhão, seus alunos aprenderam bem as lições ministradas por ele ao longo do tempo. Principalmente o capitulo "esvaziar candidaturas adversárias a partir de seu próprio domínio e matar lideraças no nascedouro"
"

Além de Integração, PROS recebe do governo Sudene, Sudam e Sudeco

Além do Ministério da Integração Nacional, o Palácio do Planalto garantiu ao PROS os comandos da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste).

A proposta foi feita pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, aos integrantes da cúpula do PROS. Pelo acordo, o PROS já deixou o “blocão independente”, isolando ainda mais o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Nesta quarta-feira, Mercadante deve almoçar com integrantes do PROS no Planalto, inclusive com a presença do ex-ministro Ciro Gomes e do governador Cid Gomes. Deve ser oficializada a permanência do ministro Francisco Teixeira na Integração. O PROS também deve receber cargos que eram do PSB no Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca) e na Codevasf (Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco).

Já o PP deve ficar com o comando da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), que antes era do PSB. E o PR fechou com o Planalto o repasse dos comandos regionais do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para deputados do partido, além das futuras indicações para as agências de transportes. Com isso, PP e PR também decidiram deixar o




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segunda-feira, 17 de março de 2014

Programa do PSB terá dedo de Marina

Além de ser uma das estrelas do programa do PSB na TV - que vai ao ar no dia 27 de março -, Marina Silva está influindo diretamente no conteúdo do programa. Por sugestão da ex-ministra, além do tema da sustentabilidade, a peça deve dar um enfoque especial à classe C.

A constatação de estrategistas de Eduardo Campos é que esse é um segmento que terá de ser explorado nesta eleição. Pesquisas internas indicam que esse estrato da população, beneficiado no período Lula, agora deseja mais conquistas. Segundo os mesmos levantamentos, esse eleitor não se sente em dívida com o PT.



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sexta-feira, 14 de março de 2014

Correio Braziliense deve pagar R$ 10 mil a ex-deputado por matéria difamatória

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que condenou o jornal Correio Braziliense a pagar indenização por danos morais ao ex-deputado federal Ricardo Feitosa Rique, por ter veiculado matéria considerada difamatória.

Mais uma vez, os ministros tiveram a oportunidade de apreciar um caso que diz respeito a direitos conflitantes, ambos constitucionalmente assegurados: a liberdade de informação, de um lado, e o direito à honra e à imagem, de outro.

Há informações no processo de que o Correio publicou reportagem sobre um evento promovido pelo ex-deputado na sua casa, em Brasília, com “a presença de um grupo de dezenas de moças que desfilavam à beira da piscina, vestidas de biquíni e uma capa de tecido transparente”.

O título da reportagem, “Convescote concorrente”, remetia a outro evento – jantar oferecido por um senador, na mesma data –, com a ressalva de que a reunião do ex-deputado “não tinha discursos nem a possibilidade de negociar cargos no segundo escalão do governo, mas contava com atrações próprias”.

Veracidade

Na ação movida contra o jornal, Ricardo Rique contestou a veracidade da reportagem. Ressaltou que o imóvel no qual foi realizada a festa é um apartamento e nem sequer possui piscina.

O juízo de primeiro grau julgou os pedidos procedentes e condenou o Correio a pagar R$ 10 mil pelos danos morais, e a divulgar a sentença no seu caderno de política, no mesmo dia da semana e com o mesmo destaque dado à publicação ofensiva.

O magistrado considerou que a reportagem extrapolou os limites da liberdade de imprensa, pois se baseou em fatos insubsistentes e desprovidos de interesse ou utilidade pública.

Além disso, destacou que o evento não foi patrocinado por dinheiro público, “hipótese em que se poderia cogitar do interesse da sociedade em obter tal informação”, até porque Ricardo Rique não estava mais no exercício do mandato.

O jornal recorreu ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que manteve a indenização, mas afastou a exigência relativa à publicação da sentença. No STJ, o Correio sustentou em recurso especial que houve violação do artigo 220 da Constituição Federal.

Caráter constitucional

Para discutir o caso sob esse enfoque constitucional, a ministra Nancy Andrighi, relatora, disse que o jornal deveria também ter apresentado recurso ao Supremo Tribunal Federal, mas não o fez. De todo modo, ela conheceu do recurso especial para verificar se houve violação ao artigo 186 do Código Civil, que assegura à vítima reparação pela violação a direito, ainda que exclusivamente moral.

De acordo com a ministra, o comportamento do jornal atingiu a honra e a imagem do autor, “com a agravante de utilizar como subterfúgio informações inverídicas, evidenciando, no mínimo, displicência do jornalista na confirmação dos fatos trazidos pela sua fonte”.

Ela sustentou que a liberdade de informação deve sempre ser confrontada com a utilidade e o interesse público do seu conteúdo. “A matéria jornalística carece de qualquer proveito de ordem pública, invadindo despropositadamente a intimidade do recorrido e, pior do que isso, deturpando os fatos para denegrir a sua imagem e honra”, disse.

Com base em precedentes do STJ, Andrighi explicou que o veículo de comunicação somente se exime de culpa quando busca fontes fidedignas, exerce atividade investigativa, ouve as diversas partes interessadas e afasta quaisquer dúvidas sérias quanto à veracidade do que foi divulgado.


Fonte : STJ

Ao criar uma crise inesperada, reforma ministerial fracassou

Com o objetivo inicial de ampliar o número de partidos no palanque da reeleição de Dilma Rousseff, a reforma ministerial fracassou. De concreto, conseguiu atrair o novato PROS ao manter na pasta da Integração Nacional o ministro Francisco Teixeira, afilhado dos irmãos Ciro e Cid Gomes.

Mas um efeito colateral trará problemas para a base de Dilma. A bancada do PMDB da Câmara não digeriu os novos ministros do Turismo, Vinicius Nobre Lages, afilhado do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Agricultura, Neri Geller, que teve o apoio de políticos de Mato Grosso e da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO).

O líder da bancada, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deixou claro que não conhece - e que não pretende conhecer - os dois novos ministros que entram nas vagas deixadas por dois deputados peemedebistas.

Dilma ainda tentou consertar a crise - que poderia ter sido ainda maior com a indicação inicial do ex-prefeito de Ouro Preto Ângelo Oswaldo para o Turismo, que não tinha apoio nem mesmo da bancada do PMDB de Minas Gerais.

Ângelo Oswaldo tinha o apoio do ex-ministro petista Fernando Pimentel, que foi compensado com a nomeação para a pasta de Ciência e Tecnologia de Clélio Campolina, atual reitor da Universidade Federal de Minas Gerais. Dilma colocou mais um mineiro no primeiro escalão de olho na reação do segundo maior colégio eleitoral do país.




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quinta-feira, 13 de março de 2014

Número de servidores sem concurso cresce 9,9% em um ano nos estados

Foram 10.386 novos cargos comissionados, segundo pesquisa do IBGE.
Na saúde, Rio de Janeiro é o estado que menos investiu recursos.




O número de cargos comissionados na administração pública dos estados aumentou 9,9% em 2013 em relação a 2012, segundo Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), divulgada nesta quinta-feira (13) com base nos dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013. O quadro total registrado em 2013 é de 115,5 mil servidores comissionados, sendo 83,9 mil na administração direta e 31,6 mil na indireta. O número representa 10.386 novos servidores que foram contratados sem concurso público em um ano.

A pesquisa tem por objetivo traçar um perfil sobre as gestões estaduais em áreas prioritárias. Este ano, foram abordados recursos humanos, saúde, meio ambiente, política de gênero, assistência social, segurança alimentar e inclusão produtiva.

Ainda segundo o estudo, de 2012 para 2013, diminuiu em 23,7% o número de funcionários atuando na administração indireta dos estados, que correspondem àqueles que trabalham em autarquias, empresas públicas e fundações que fornecem serviços de interesse público. Se em 2012 havia 510.554 pessoas atuando nesse setor, em 2013, esse número foi reduzido para 389.417. Já o número de servidores públicos estaduais, que atuam na administração direta dos estados, aumentou, passando de 2.618.369 para 2.731.182.

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Maioria dos servidores estaduais do país tem nível superior, diz IBGENordeste atua pouco no combate à violência contra a mulher, diz IBGELevando em conta o quadro total dos funcionários estaduais, tanto da administração direta quanto indireta, houve uma redução de 0,3% nos recursos humanos: em 2013, havia ao todo 8.324 servidores a menos do que em 2012.



http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2014/03/numero-de-servidores-sem-concurso-cresce-99-em-um-ano-nos-estados-ibge.html

Saúde
A pesquisa também concluiu que os estados brasileiros que mais destinaram recursos à saúde foram Tocantins, que reservou para a área 16,9% do orçamento total do estado, Minas Gerais (16,3%) e Pernambuco (16,2%). Os que menos investiram em saúde foram Paraná (9%), Mato Grosso do Sul (8,7%) e Rio de Janeiro (7,2%).

A pesquisa mostrou que, em 2013, mais da metade das unidades federativas tinham contratos com organizações sociais para prestação de serviços de saúde. No total, 17 unidades federativas contrataram as organizações sociais, que são entidades privadas que prestam serviços de interesse público.

Meio ambiente
Em nove estados brasileiros, não existia em 2013 uma secretaria estadual exclusiva para tratar dos temas relativos ao meio ambiente, de acordo com a Estadic. Nessas unidades, a gestão do meio ambiente é feita em secretarias que também tratam de áreas como ciência e tecnologia, planejamento, recursos hídricos e desenvolvimento sustentável.

As principais atividades desses órgãos no ano passado foram as de gestão de recursos florestais (exercida por 77,8% dos órgãos), de recursos hídricos (exercida por 66,7%) e de recursos pesqueiros (exercida por 33,3%). Das 27 unidades federativas, 14 possuem um órgão destinado a produzir estatísticas ambientais.

Nove das unidades federativas firmaram contratos de terceirização para a realização de atividades relativas à gestão ambiental, como fiscalização e monitoramento.

A média de repasse de recursos financeiros dos estados para o meio ambiente foi de 2,24% dos orçamentos totais das unidades federativas. O repasse proporcionalmente mais baixo foi o de Goiás, que correspondeu a 0,13% do orçamento estadual. Já o repasse mais alto foi o de Minas Gerais, de 7% do orçamento estadual.

Política de Gênero
Em 11 unidades federativas brasileiras, as políticas de gênero são tratadas por uma secretaria estadual exclusiva, segundo informações coletadas pelo IBGE. Nesse sentido, houve um avanço em relação a 2012, quando apenas nove estados tinham essa estrutura.

Se, em 2012, São Paulo era o único estado que não apresentava nenhuma estrutura voltada para a gestão do tema no âmbito estadual, em 2013, todas as unidades federativas contemplavam o tema, tendo São Paulo criado um setor com esse objetivo subordinado à Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania.

Porém, quanto aos recursos destinados à área, a situação piorou. Oito unidades da federação não tiveram nenhum orçamento específico em 2013. No ano anterior, apenas quatro estados apresentaram essa situação. Pernambuco foi o estado com maior orçamento para a área no período analisado: R$ 21,7 milhões.

Quanto às políticas de enfrentamento da violência contra a mulher, em 2013, havia 421 delegacias especializadas no atendimento à mulher em todo o país. Estados como Rondônia, Amazonas e Roraima possuíam apenas uma delegacia do tipo. Quatro unidades federativas não apresentavam nenhum Centro Especializado em Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Ceam).

O preço da rebelião para o Planalto

O Palácio do Planalto abriu o balcão de negócios para recuperar partidos aliados que estavam rebelados.

Com o PP, negociou cargos na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), em agências reguladoras e até no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além da indicação do novo ministro das Cidades, Gilberto Occhi.

Com o PR, que chegou a ameaçar deixar, o governo prometeu entregar os cargos de segundo escalão do Ministério dos Transportes. A bancada estava incomodada por não ter a pasta com “porteira fechada”.

Até com o PMDB, houve negociações paralelas para tentar isolar o líder do PMDB, Eduardo Cunha. Um grupo de Minas indicou o ex-prefeito de Ouro Preto Ângelo Oswaldo para o Ministério do Turismo. E o PMDB do Mato Grosso conseguiu emplacar Neri Geller no Ministério da Agricultura.

Ao final das negociações, o preço da rebelião da base vai sair mais caro do que se a presidente Dilma Rousseff tivesse atendido o PMDB com mais um ministro



por Gerson Camarotti

Governo não contém revolta na base e tem 2º dia de derrotas na Câmara

http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/03/governo-nao-contem-revolta-na-base-e-tem-2-dia-de-derrotas-na-camara.html



Partidos aliados aprovaram chamar 10 ministros para dar explicações.
Um dia após PMDB anunciar 'independência', PSC seguiu mesma posição.





Sem conseguir conter as insatisfações na base aliada, o Palácio do Planalto viveu nesta quarta-feira (12) um segundo dia de derrotas na Câmara com a aprovação de convites e convocações para que 10 ministros do governo Dilma Rousseff prestem esclarecimentos em diversas comissões da Casa. Além disso, o PSC anunciou sua “independência” do governo federal em votações de projetos.

Nesta terça (11), contrariando o governo, o plenário da Câmara já havia aprovado a criação de uma comissão externa para investigar denúncias de propina na Petrobras. A manobra da base aliada para demonstrar força em relação ao Planalto continuou nesta quarta.
O presidente da Câmara, Henrique Alves, preside sessão de votação no plenário (Foto: JBatista/Câmara)O presidente da Câmara, Henrique Alves, preside sessão de votação no plenário (Foto: JBatista/Câmara)




Com presença em peso nas comissões temáticas, parlamentares da oposição e de partidos da base aliada que integram o “blocão” derrotaram o PT e conseguiram aprovar a convocação de quatro ministros, além de convite a outros seis e à presidente da Petrobras, Graça Foster.

Só na Comissão de Fiscalização e Controle, onde o embate entre petistas e integrantes do “blocão” foi mais duro, foram convocados os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Manoel Dias (Trabalho) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União). Como se trata de convocação, eles serão obrigados a comparecer.

Já a dirigente da Petrobras e os ministros Aldo Rebelo (Esporte), Arthur Chioro (Saúde), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Paulo Bernardo (Comunicações), Francisco Teixeira (Integração Nacional) e Moreira Franco (Aviação Civil) foram convidados a dar explicações ao Legislativo e não têm obrigação legal de comparecer.

O prazo regimental para eles irem à Câmara é de até 30 dias. Além do PT, apenas PP e PDT se opuseram às convocações e convites.
Não há o que comemorar nessa situação, mas também não há motivo para arrancar os cabelos"
Arlindo Chinaglia (PT-SP),
líder do governo na Câmara

Diante das derrotas sucessivas, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que o Planalto está mobilizando reuniões com lideranças partidárias numa tentativa de reduzir a “tensão” com a base. Ele também responsabilizou a reforma ministerial pelo agravamento da crise.

“Não há o que comemorar nessa situação, mas também não há motivo para arrancar os cabelos. Estamos fazendo reuniões com os partidos, com lideranças de legendas. Como isso [crise com a base aliada] acontece em meio a uma reforma ministerial, tem um condimento a mais", afirmou.

A insatisfação tem vários motivos: não cumprimento de acordos quanto à liberação de recursos de emendas parlamentares, demora em concluir a reforma ministerial, exclusão das decisões políticas e de lançamentos de programas do governo federal. Para estancar a crise, a presidente resolveu acelerar a troca de ministros e concluir as substituições até sexta.
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Câmara convida Aldo, e chega a 10 o número de ministros chamados
A pedido do Planalto, Alves adia votação do Marco Civil da Internet
Aécio: ações do PT tornam 'natural' aproximação do PSDB com PMDB
Alves diz que irá instalar comissão da Petrobras na semana que vem

Independência
Enquanto o governo trabalha para tentar “desarticular” o blocão com negociações para que siglas governistas deixem o grupo, algumas legendas aliada avaliam se adotam postura de independência no Legislativo.

Em reunião na tarde desta terça, a bancada do PSC anunciou que não vai mais aderir, necessariamente, à posição do Planalto na deliberação de projetos na Câmara.

"Vamos agir com independência. Encaminhar as votações da maneira que considerarmos melhor para o país. Vamos dizer sim, se acharmos que o projeto é positivo, e não, se entendermos que não é. Não estamos rompendo com o governo nem aderindo à oposição", disse o líder do PSC, deputado André Moura (SE).

O PSC sempre participou das reuniões da base aliada no Palácio do Planalto e na Câmara sobre as votações do Congresso. A sigla, porém, é uma das integrantes do "blocão" – grupo formado por partidos da base insatisfeitos com os rumos da relação com o Palácio do Planalto.

Nesta terça (11), o PMDB, maior partido governista, também anunciou que não seguiria mais necessariamente a orientação do Planalto em decisões do Legislativo.

Documento aprovado pelos deputados peemedebistas diz que a bancada "reafirma sua intenção de se conduzir com independência, visando o melhor entendimento sobre as matérias, de acordo com a posição da maioria em cada votação".

quarta-feira, 12 de março de 2014

O que está em jogo na disputa PMDB-Planalto

Caciques peemedebistas avaliaram neste domingo no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, que esta é a última oportunidade para definir o espaço do PMDB tanto no governo Dilma como também nas eleições de 2014. Isso aconteceu depois que Dilma demonstrou resistência em ampliar o espaço do partido em conversa que teve com o vice, Michel Temer.

Alguns avaliam que o partido, a esta altura do campeonato, não terá outra opção a não ser seguir com Dilma. Argumentam que o partido hoje tem a vice-presidência e um espaço significativo no governo.

Mas essa não é uma posição unânime dentro do PMDB. Outro grupo avalia que neste momento o que vale é a sobrevivência do partido e que o mais importante é ampliar as bancadas na Câmara e no Senado, além de tentar conquistar o maior número de governos estaduais.

Para o Palácio do Planalto, o que está em jogo é o tempo de televisão do PMDB, segundo maior partido da aliança governista, atrás apenas do PT. O único temor de articuladores políticos da presidente Dilma é que o PMDB fique neutro, como na disputa de 1998, quando o tempo do partido ficou repartido entre os demais candidatos.

Hoje Dilma tem cerca de 12 minutos na televisão e o PMDB contribui com mais de um quarto desse total.

Outra possibilidade seria o PMDB apoiar o candidato Aécio Neves, do PSDB, mas esse é um cenário considerado hoje mais remoto pelo Planalto.

Na disputa pelo sexto ministério para o partido, o que o PMDB tenta é aproveitar a oportunidade para se impor, porque avalia que o PT tem asfixiado todos os instrumentos do partido dentro do governo. A cúpula do PMDB avalia que os petistas trabalham para desidratar a bancada peemedebista na próxima legislatura.

O PMDB considera ainda que se não conseguir ampliar o espaço no governo neste momento, em que Dilma precisa do tempo de TV do partido, não terá condições de conseguir esse objetivo em um eventual segundo mandato da presidente.

por Gerson Camarotti |

Em reunião tensa, Alves diz que Dilma provocou crise

A conversa entre a presidente Dilma Rousseff e peemedebistas na manhã desta segunda-feira (10) foi tensa. No encontro, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, fez questão de relatar à presidente o histórico de desencontros entre o PMDB e o Planalto.

Alves atribuiu à própria presidente Dilma a responsabilidade pelo impasse.

Segundo relatos feitos ao Blog, Henrique Alves foi sincero e disse que o estopim da crise se deu quando Dilma ofereceu ao líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), o Ministério da Integração Nacional.

Henrique Alves disse na reunião que a iniciativa de Dilma provocou grande insatisfação nas bancadas da Câmara e do Senado



por Gerson Camarotti |

terça-feira, 11 de março de 2014

Bancada do PMDB fica independente

Depois de soltar uma nota em apoio ao líder, Eduardo Cunha, a bancada do PMDB na Câmara está em reunião fechada e se prepara para divulgar uma outra nota declarando independência em relação ao governo.

Segundo o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), em relatos ao Blog, com esta decisão, o PMDB deixa formalmente a base aliada de apoio à presidente Dilma Rousseff.

"Na prática, a bancada é que foi escorraçada da base aliada, com as hostilidades feitas ao líder Eduardo Cunha”, disse Danilo Fortes.


http://g1.globo.com/politica/blog/blog-do-camarotti/1.html

INUSITADA CANDIDATURA AO SENADO

A tendência da governadora Roseana Sarney permanecer no governo até o final do governo é muito grande, como prevíamos neste blog a governadora percebeu os movimentos na assembleia legislativa que visavam esvaziar a candidatura de Luís Fernando.

Ao sinalizar em ficar até o fim do governo estabeleceu uma confusão na própria base, e ao contrario do que a oposição diz, esta saída interessa a candidatura de Flavio Dino sim, pois o que a oposição não quer, é que o candidato Luís Fernando dispute a eleição na cadeira do palácio dos Leões e tenha como companheira de chapa ao senado a atual governadora Roseana Sarney, candidata competitiva ao senado, o que potencializaria o candidato ao governo.


Melhor ainda para a oposição e se o governo escalar Edson Lobão Filho ao senado, ai é a sopa no mel, com esse postulante ao senado o discurso de necessidade de mudança pega vento definitivamente, pois o referido candidato preenche os requisitos de fisiológico, patrimonialista, oligarca, será muito fácil lembrar do governo Edson Lobão, onde o Edinho dava as cartas, saiu inclusive com um carimbo, "Edinho 30".
Até hoje este editor não sabe o motivo. Você sabe, caro leitor?

No caso da governadora permanecer até o final do governo a única saída até este momento para potencializar a candidatura de Luís Fernando seria algo impensável para as mentes cartesianas do atual governo, pois implicaria em apoiar uma candidatura ao senado que não obedeça aos arranjos tradicionais da política maranhense, que envolve controle partidários, direito hereditários, politico profissional, controle sobre prefeituras, secretarias etc, impéros midiáticos, econômico etc

Tal candidatura e candidato, deveria já ter sinergia com o povo, credibilidade, visibilidade, sem fazer parte dos arranjos tradicionais já citados e encarnar os sentimentos da população.


Os efeitos de tal candidatura seriam devastodores, e inauguraria novo contexto dentro do cenário eleitoral Maranhense, O candidato do governo passaria de velho para "o novo", simbolo de novo paradigma, de ruptura,inicio de uma nova era , feita de gente bonita , honesta e sincera, tudo isso turbinado por um bom mago do marketin eleitoral.

A candidatura do governo traria consigo o discurso do fim do político profissional, do sangues sungas do estado. dos parasitas da política

Este potencial candidato existe, e está nas casas de milhares de Maranhenses, todos os dias, através do Rádio e da televisão, com ele o papo é reto , não faz curva não entra em beco, e vc caro leitor está careca de saber de quem eu falo

domingo, 9 de março de 2014

Patrulhadas

A ditadura militar se diluiu. As patrulhas ideológicas, não. Os partidos de massa e os seus sonhos inspiradores se escafederam. Foram-se os líderes, proliferam os donos dos partidos. E os picaretas.

Os carimbos do maniqueísmo se alastram e novamente as pessoas são jocosamente classificadas ou como de esquerda ou de direita.

Os que não dependem de emprego público nem de redes políticas e, assim, ousam dizer sem medo o que pensam, encarando firmemente as intimidações dos censores de plantão, se não lhes pegou ainda nenhuma imprecação de algum desvio de conduta profissional ou moral, no mínimo, são marcados como de direita.

É o caso da jovem senhora apresentadora do telejornal do SBT que, ao ser contratada, assumiu também a responsabilidade produzir um breve comentário sobre tema de sua livre escolha. Seu estilo desassombrado parecendo sempre instigar polêmica, tem incomodado a muitos. Inclusive aos que se movem por inveja.

Rachel Sheherezade, a jovem paraibana que encantou o Silvio quando ele a viu fazendo um comentário indignado pelo Youtube. A audiência dela já registrava milhões de pessoas. O SBT não perdeu tempo e a contratou levando-a com mala e cuia para morar em São Paulo.

Há pouco beirou ao linchamento a reação das patrulhas a um comentário da Rachel sobre uns jovens que resolveram, no dizer deles, resgatar o Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, para o livre e seguro caminhar das pessoas, afugentando os assaltantes que tem feito vitimas às dúzias todo dia e toda noite.

Um suposto assaltante apareceu amarrado a um poste, o que certamente nenhum deles faria com alguma das suas vitimas.

O Deus nos acuda nas redes sociais e políticas mostrou o quanto as patrulhas ideológicas estão a serviço da intolerância. A seguir as perguntas de um repórter de O Globo e as respostas que a Rachel escreveu.

Como você vê a reação a seus comentários? Acha que foi mal interpretada?

— Tenho certeza que fui intencionalmente mal interpretada. Em nenhum momento, no meu comentário, há qualquer menção de apoio à violência praticada pelos justiceiros. Não disse que a atitude deles foi "aceitável" disse que foi "compreensível", e argumentei o por quê.

Foi compreensível porque vivemos num país abandonado, entregue de bandeja à criminalidade, sem policiamento, sem segurança.... Um país com mais de 60 mil homicídios por ano e que, por leniência ou incompetência, acaba arquivando 80 por cento de seus inquéritos, gerando cada vez mais impunidade.

E é essa sensação de injustiça e de vulnerabilidade que acaba levando o indivíduo a ações extremas, como a atitude dos justiceiros do Rio. Isso não é aceitável, mas é, como eu disse e repito: compreensível.

Se arrepende de ter comentado o assunto de forma tão polêmica?

— Não me arrependo. O assunto acabou gerando uma discussão muito construtiva para a sociedade. Espero que dela resultem ações efetivas que protejam os cidadãos de bem deste país.

De que forma você acha que sua opinião foi recebida pela sociedade?

— Sempre de forma dividida. Afinal, não há opiniões unânimes. Há temas com maior aceitação, outros com mais rejeição.

Para o líder do PSol na Câmara dos Deputados, Ivan Valente (SP), o SBT e você fizeram apologia ao crime em horário nobre. O que acha disso?

— Quem é o PSOL para me censurar, se a Constituição Brasileira me garante o direito de livre expressão? Mas, entendo o burburinho que o partido vem causando.

Estamos em ano eleitoral. Não se enganem. Legendas inexpressivas precisam pegar carona em temas polêmicos, levantar bandeiras de última hora, defender os fracos e oprimidos, mesmo que da boca pra fora. Tudo isso gera repercussão. E entre os incautos, pode até gerar votos. Se a legenda acha que faço apologia ao crime, me processe. Quem anda com a verdade, não teme a Justiça.

Postado por Edson Vidigal às 9:34:00 PM Nenhum comentário:

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quinta-feira, 6 de março de 2014

Cada um com o seu terrorismo



http://oglobo.globo.com/opiniao/cada-um-com-seu-terrorismo-11794976

A França viveu um período de terror sob o manto de Robespierre, que legitimava os seus atos em nome da liberdade, igualdade e fraternidade

O significado de terrorismo é complexo. Apenas para pincelar a dificuldade do tema, basta lembrar que grandes potências que hoje se declaram aliadas na “guerra contra o terror” já o praticaram. Muitas delas inaugurando amplas democracias graças, e justamente, a este instrumento — naquilo que atualmente se denomina “terrorismo de Estado”.. Os Estados Unidos, ao detonarem duas bombas atômicas em uma guerra já acabada, também agiram sob tal conceito. E Israel só se tornou possível após a Segunda Guerra graças aos atos terroristas impostos à Europa. Os exemplos só demonstram que não se pode falar de “terrorismo” com base no “estado de terror” que se abateu sobre o mundo após os atentados de 11 de setembro de 2001. Tal discurso, propagado à exaustão pela mídia, banalizou o assunto.





Daí a preocupação com a Lei Antiterrorismo que tramita no Congresso, pois “provocar terror ou pânico generalizado”, como dita a legislação em análise, é tanto a consequência de um ato terrorista em si quanto de um arrastão nas areias de Ipanema. Para piorar, a trágica morte do cinegrafista da Bandeirantes, em um ato claramente selvagem, mas nem de perto parecido com “terror”, fez com que o Legislativo imprimisse urgência à aprovação da legislação.

Mais uma vez, reage-se a uma situação de violência com a esperança de que novas leis e penas mais árduas consigam evitar sua repetição. Partindo do pressuposto de que tal “remédio” é escolhido por deputados e senadores há décadas, sem nenhuma espécie de resultado frutífero, resta a pergunta: até quando tomaremos o remédio errado, somente por não sabermos qual o correto?

A lei está mal formulada. A descrição do delito é aberta, sujeita a qualquer espécie de interpretação. Isso, no Brasil, é traumático na medida em que manchetes geram prisões, como se a satisfação da opinião pública fosse o objetivo maior a ser alcançado pelo Poder Judiciário. Nada se descreveu senão o óbvio. Assim, cada juiz pode dar uma sentença, quadro que somente agrava a sensação de injustiça.

Para piorar, a lei diz que não constitui crime de terrorismo a “conduta individual ou coletiva de pessoas movidas por propósitos sociais ou reivindicatórios, desde que os objetivos e meios sejam compatíveis e adequados à sua finalidade”, misturando conceitos sociais com jurídicos, em uma verdadeira salada da qual, ao fim, ninguém irá gostar. Por exemplo, pergunta-se: os movimentos sociais dos sem terra, dos encapuzados, as greves ilegais da polícia (que são responsáveis por terror e pânico generalizado), se enquadram em tal conceito? Invadir o gramado do Planalto, participando de uma passeata onde alguns apenas gritam, mas outros depredam, coloca todo e qualquer participante na mira das novas punições? Não há pressa pela resposta, pois não será boa. O melhor seria que esta lei amadurecesse um pouco mais antes de ser posta em vigência.


domingo, 2 de março de 2014

A ausência de candidaturas ao senado e a imposição político partidária

A ditadura politico partidária engendrada pelo regras eleitorais que vigoram no Brasil obriga o eleitor a votar em candidatos que nem sempre estão capacitados para cargos tão importantes. O Maranhão vive esse drama hoje, os candidatos ou possíveis candidatos ao posto de senado por exemplo, estão bem aquém da capacidade comprovada necessária para tal posto.


Hoje os candidatos anunciados ,até agora, se credenciaram a partir do controle da máquina partidária, não por ter uma história no estado que os credencie a tal. Aliás , esse cargo majoritário só tem até agora um candidato declaradamente, o Deputado Roberto Rocha, filho do outrora governador Luís Rocha, a vida pública do referido candidato está genealogicamente ligada ao grupo Sarney, a quem diz combater.

O seu poderio econômico e político se dá em função da passagem do seu pai pelo governo do estado, com apoio do grupo Sarney.



O referido candidato nunca teve uma destacada oposição ao grupo Sarney, ao contrário, alterna as suas posições, ora ao lado do grupo Sarney ,ora contra. Não há uma identificação imediata, inequívoca do candidato com o estado do Maranhão, não representa projeto alternativo de poder, Como deveria ser um candidato ao senado.

Por conta desse poderio político partidário, econômico e midiático que detém credencia-se ao senado. A outra candidata que até agora se propõe ao cargo é atual governadora, ninguém mais até a presente data. Uma posição tao importante para o estado e para o país merece mais e melhores alternativas.

Existem personagens no estado com credenciais tão atraentes ou mais que o deputado Roberto Rocha, pela sua história de vida, pelo cabedal de conhecimento, pelo postos ocupados ao longo da vida pública, pela capacidade de discutir um projeto para o estado. mas não tem o controle da máquina partidária, o poderio econômico, o estrutura midiática tão valiosa nesse sistema eleitoral.

O ex Ministro Edson Vidigal , por exemplo, uma história de vida interessante, vastos conhecimentos jurídicos , uma ótima sinergia com o povo, trânsito livre em todas as esferas de poder, deputado constituinte. Profundo conhecedor das necessidades do povo Maranhense, mas não tem a estrutura anteriormente citada. A reforma política é fundamental para o Brasil e para os Brasileiros, que assim , quem sabe, possamos fugir da ditadura político partidária que nos empurra goela abaixo sapos de todo tamanho.