sábado, 30 de junho de 2012

Vítimas de corrupção não denunciam, mostra pesquisa

Colômbia, México, Brasil, Bolívia, Argentina, Equador, Paraguai, Guatemala e Venezuela têm algo em comum além de pertencerem à América Latina. Todos foram citados como locais de alto índice de corrupção em relatório elaborado por 14 escritórios de advocacia, cada um de um país das Américas. O trabalho, intitulado Latin America Corruption Survey, foi coordenado pelas bancas Miller & Chevalier e Matteson Ellis Law.
A pesquisa contou com a ajuda de 439 participantes. O escritório que representou o Brasil foi o Koury Lopes Advogados. O ponto alto do trabalho, divulgado nesta semana, é tentar responder uma questão que preocupa os investidores: até que ponto a corrupção é capaz de interferir nos negócios? A resposta é que atrapalham, e quem sofre, em geral, fica calado.
Metade dos participantes acredita ter perdido oportunidades em virtude de pagamentos ilegais feitos nas regiões pesquisadas. Além disso, 44% afirmam: a corrupção é, sim, um obstáculo significante a ser transposto.
Mesmo assim, as vítimas de corrupção preferem o silêncio, já que 87% dos afetados não informaram as autoridades competentes sobre o ocorrido. No Brasil, só 7% dos prejudicados tomaram alguma atitude nesse sentido. Já a Colômbia alcançou um índice de reação de 38% em relação aos casos sofridos.
Se a autoridades competentes estão desacreditadas, as leis contra a corrupção não ficam atrás. Dos entrevistados, apenas 28% disseram acreditar que as normas em vigor são eficientes no combate ao problema. Um terço duvida que o criminoso seja, de fato, investigado. No Brasil, só 17% creem que as leis que regulam o assunto são apropriadas e 75% acreditam que o criminoso será mesmo investigado.
Chile (76%) e Estados Unidos (70%) são vistos como os países que possuem as mais eficazes leis anticorrupção pelos pesquisados. Já o Paraguai (0%) e a Guatemala (2%) receberam as pontuações mais baixas relacionadas a eficácia das normas.
Em 2008, um relatório semelhante foi elaborado pela Miller & Chevalier. De lá pra cá, a percepção sobre a possibilidade de punição mudou. Naquele ano, só 18% dos entrevistados disseram acreditar na eficácia dessas leis.
As empresas dos Estados Unidos que atuam na América Latina estão priorizando o cumprimento das leis, aponta a pesquisa. Dessas, 92% dizem ter desenvolvido políticas anticorrupção, 90% implementaram treinamento anticorrupção e 90% estabeleceram procedimentos relativos a presentes, viagens e entretenimento para os funcionários.
Clique aqui para ler o relatório (em inglês).
Marília Scriboni é repórter

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE


29/06/2012 10h01 - Atualizado em 29/06/2012 16h15

Os católicos diminuíram 1,3% entre 2000 e 2010, segundo o Censo.
Mas o país segue de maioria católica, com 123,2 milhões de pessoas.

Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE

Os católicos diminuíram 1,3% entre 2000 e 2010, segundo o Censo.
Mas o país segue de maioria católica, com 123,2 milhões de pessoas.

Do G1, em São Paulo
O número de evangélicos no Brasil aumentou 61,45% em 10 anos, segundo dados do Censo Demográfico divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, cerca de 26,2 milhões se disseram evangélicos, ou 15,4% da população. Em 2010, eles passaram a ser 42,3 milhões, ou 22,2% dos brasileiros. Em 1991, o percentual de evangélicos era de 9% e, em 1980, de 6,6%.
Mesmo com o crescimento de evangélicos, o país ainda segue com maioria católica. Segundo o IBGE, o número de católicos foi de 123,3 milhões em 2010, cerca de 64,6% da população. No levantamento feito em 2000, eles eram 124,9 milhões, ou 73,6% dos brasileiros. A queda foi de 1,3%.
Número de brasileiros em cada religião/Censo 2010
ReligiãoPopulação
Católica apostólica romana123.280.172
Evangélicas42.275.440
Espírita3.848.876
Umbanda, candomblé e religiões afrobrasileiras588.797
Outras religiões5.185.065
Sem religião15.335.510
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)
A queda do percentual de católicos é histórica, de acordo com o instituto. Até 1970, em quase 100 anos, a queda foi de 7,9 pontos percentuais: o número de católicos em 1872 (ano do primeiro Censo) representava 99,7% da população e passou a 91,8% em 1970.
O Nordeste ainda mantém o maior percentual de católicos, com 72,2% em 2010. Apesar de ser a região do país com maior concentração do grupo religioso, a população nordestina católica sofreu queda. Em 2000, o percentual era de 79,9%. No Sul, o IBGE também identificou redução do percentual de católicos, saindo de 77,4% para 70,1% nos censos de 2000 e de 2010, respectivamente.
A maior redução foi registrada pelo instituto no Norte, passando de 71,3% da população em 2000 para 60,6% em 2010.
Brasileiros, por sexo, em cada religião/Censo 2010
ReligiãoHomensMulheres
Católica apostólica romana61.180.31662.099.856
Evangélicas18.782.83123.492.609
Espírita1.581.7012.267.176
Umbanda, candomblé e religiões afrobrasileiras269.488319.310
Outras religiões2.364.6961.122.524
Sem religião9.082.5076.253.004
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)
O IBGE registrou que, ao mesmo tempo em que o número de católicos caiu no Norte e no Nordeste, o número de evangélicos cresceu com maior volume nas duas regiões. A representatividade no Norte saiu de 19,8% (2000) para 28,5% (2010). No Nordeste, o aumento de evangélicos foi menor, saindo de 10,3% para 16,4%, se comparados os Censos de 2000 e de 2010, respectivamente.
No estado do Rio de Janeiro, o percentual de católicos é 45,8% da população em 2010, o menor do país, segundo o IBGE. No estado também foi registrada a maior concentração de espíritas com 4%; seguido de São Paulo, com 3,3%; Minas Gerais, com 2,1%; e Espírito Santo, com 1%.
No Piauí, o percentual de católicos foi o maior, com 85,1% da população do estado. A proporção de evangélicos foi maior em Rondônia, com 33,8%. A menor foi registrada no Piauí, com 9,7%.
O IBGE registrou que 15 milhões de pessoas se declararam sem religião no Censo de 2010, o que representa 8% dos brasileiros. Em 2000 eram 12,5 milhões, o equivalente a 7,3% da população.
O Censo 2010 também apontou que 31,5% dos espíritas têm nível superior completo, apenas 1,8% das pessoas não têm instrução e 15% têm ensino fundamental incompleto. Outros 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.
Os católicos têm 6,8% das pessoas sem instrução e 39,8% com ensino fundamental incompleto. No grupo dos que se declaram sem religião o percentual de pessoas sem instrução é de 6,7% e outros 39,2% têm ensino fundamental incompleto. Entre os evangélicos o percentual chega a 6,2% (sem instrução) e a 42,3% (com ensino fundamental incompleto).

Polícia prende mais um integrante de quadrilha que vende armas a traficantes

Foram encontrados nove carregadores de fuzil e duas coronhas retráteis que seriam vendidos a bandidos; material custaria até R$ 20 mil no mercado paralelo

RIO - Policiais civis da 29ª DP (Madureira) prenderam, na tarde desta sexta-feira, mais um integrante de uma quadrilha responsável pela venda de armas às principais facções do Rio. Igor Raposo Pinho, de 34 anos, foi detido num apartamento luxuoso na Ilha do Governador. Na sua residência, a polícia encontrou nove carregadores de fuzil e duas coronhas retráteis que seriam vendidos a traficantes. Segundo a polícia, o material custa até R$ 20 mil no mercado paralelo. Na quarta, a polícia começou a desestruturar a quadrilha com a prisão do falso policial Flávio Domingos Teixeira, de 40 anos, e de Marcos Vianna dos Santos, de 34 anos, que era funcionário da OAB. A dupla foi presa em flagrante enquanto negociavam a venda de armamentos para traficantes do Morro da Serrinha, em Madureira. Com eles, a polícia apreendeu 23 carregadores.
O falso policial costumava usar carros importados e se identicava com o distintivo de um policial que está na ativa, roubado há dez anos. Ele também usava uma carteira falsa, para se apresentar como policial. Segundo as investigações, Flávio costumava viajar a Foz do Iguaçu utilizando a identidade forjada. O falso policial tinha mandado de prisão por homicídio e outros antecedentes criminais.
Foi preso em flagrante. Era fornecedor. Depois do desdobramento. Fornecia armas. Fornecia para todas facções. Na Ilha, achavam que ele era policial. Hoje, analisando material apreendido, identificamos outra pessoa que talvez tivesse com o material dele, com mais material. Diligenciou área nobre no Jardim Guanabara. Hoje, prendemos mais um, na Ilha. Com nove carregadores de fuzil e duas coronhas retráteis para fuzil, que seriam fornecidos à traficante.
Nos próximos dias, a polícia irá intimar pessoas ligadas aos bandidos presos.

Polícia suspeita que advogado ‘vazou’ depoimento sobre caso Décio

 

http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/06/policia-suspeita-que-advogado-vazou-depoimento-sobre-caso-decio

Polícia suspeita que advogado ‘vazou’ depoimento sobre caso Décio


Pela terceira vez informações sobre o inquérito que apura o assassinato do jornalista Décio Sá são divulgadas na internet. Na tarde desta sexta-feira (29), mesmo com as apurações sob sigilo, o depoimento do empresário Gláucio Alencar, suspeito de ser um dos mandantes do crime, foi publicado na rede mundial. A polícia acredita que um dos advogados que atuam na defesa do empresário tenha ‘vazado’ cópias do depoimento e que vai analisar as medidas que serão tomadas para evitar novos casos como esse.
No documento publicado, o empresário conta sobre sua relação com Fábio Brasil, assassinado em março, em Teresina, e das postagens publicadas pelo jornalista sobre o assunto. No entanto, as partes do texto divulgadas não relaciona diretamente o empresário à morte de Sá. O conteúdo cita ainda os nomes de outros empresários, um juiz e um deputado estadual.
Nos ‘vazamentos’ anteriores, foram publicados depoimentos de testemunhas do assassinato, em maio; e do assassino confesso Jonathan Silva, no último dia 18
Por contato telefônico, o delegado Marcos Afonso Júnior disse ao G1, que coordena a comissão responsável pela elucidação da morte do jornalista Décio Sá, reafirmou o sigilo nas investigações e que não estaria nem mesmo autorizado a falar sobre o assunto. Mas ele acredita que o novo ‘vazamento’ tenha sido feito por um dos advogados do empresário Glaúcio Alencar, que teve acesso ao depoimento. O delegado disse ainda que a polícia vai analisar a situação para saber que providências vão tomar em relação às novas publicações na internet.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pauta Zero julga 1.600 recursos em apenas um dia no Maranhão


http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/06/28/interna_urbano,117995/pauta-zero-julga-1-600-recursos-em-apenas-um-dia-no-maranhao.

blicação: 28/06/2012 10:05

Juízes integrantes das Turmas Recursais Provisórias do Maranhão julgaram 1.600 embargos de declaração somente em um dia (segunda-feira), recursos estes das decisões proferidas no primeiro "Pauta Zero" das Turmas Recursais, realizado em março. O trabalho do "Pauta Zero" tem como objetivo desafogar as cinco Turmas Recursais da Justiça maranhense, que possuem um grande volume de processos.

Antes de darem início aos julgamentos, os 18 juízes que trabalham no projeto reuniram-se com o corregedor-geral da Justiça, desembargador Cleones Carvalho Cunha. Na oportunidade, conversaram sobre os procedimentos para o julgamento dos embargos e sobre as próximas datas de realização do "Pauta Zero".

"Vamos começar a trabalhar com os processos eletrônicos. Faremos o treinamento com vocês sobre o Projudi e seguiremos para as próximas edições do projeto", comentou o corregedor-geral. As próximas edições do "Pauta Zero" das Turmas Recursais devem ocorrer apenas depois o período eleitoral, mas os juízes já começam a receber os processos ainda neste mês de julho.

Na próxima etapa do projeto, ao contrário do que vinha ocorrendo, as Turmas Recursais não estarão divididas por matérias. "Pelo sistema, não temos como fazer essa separação, então vocês trabalharão com processos variados", disse a coordenadora do Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais, Márcia Coelho Chaves.

PF desarticula rede internacional de pornografia na internet no MA e 11 estados

http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/06/28/interna_urbano,118011/pf-desarticula-rede-internacional-de-pornografia-na-internet-no-ma-e-11-estados.

A Polícia Federal desencadeou nesta quinta-feira, 28, a Operação DirtyNet com o objetivo de desarticular uma quadrilha que compartilhava material de pornografia infantil na internet. Estão sendo cumpridos 50 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.

Há seis meses a Policia Federal monitora redes privadas de compartilhamento de arquivos na internet, onde foram detectadas intensas trocas de material de cunho sexual envolvendo crianças e adolescentes. Os suspeitos, integrantes de um mesmo grupo, valendo-se da suposta condição de anonimato na rede, trocavam milhares de arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual. Além da troca de arquivos foram identificados ainda relatos de outros crimes praticados pelos envolvidos contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.
 
Um dos presos é o  humorista e radialista Rodrigo Vieira Emerenciano,  mais conhecido como Mução. Ele foi preso acusado de divulgação de pornografia infantil na internet no bairro de Meireles, em Fortaleza, no Ceará, onde mora atualmente.

A Polícia Federal apreendeu em Fortaleza dois HDs, CDs e DVDs. Se forem encontrados indícios nesses materiais, o apresentador permanecerá preso em Fortaleza - mas as informações no Ceará são de que o material apreendido não pertenceriam a Mução.
Caso contrário, Mução será encaminhado ao Recife, onde começaram as investigações. Se for trazido para a capital pernambucana, Mução permanecerá preso, já que a PF tem provas suficientes adquiridas na internet para acusá-lo.

FORA DO BRASIL
Os alvos brasileiros compartilhavam material de pornografia infantil ainda com outros usuários da internet em mais 34 países - Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela. A Polícia Federal já comunicou através da Interpol os países envolvidos para que os seja dado prosseguimento às investigações a fim de identificar todos os envolvidos.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas nas cidades de Porto Alegre, Esteio e Santa Maria (RS), Belo Horizonte, Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Divinópolis (MG), Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá e Guaíra (PR); Fortaleza (CE); Natal (RN); Rio de Janeiro, Niterói e Nova Iguaçu (RJ); São Paulo, Santos, São José dos Campos e Piracicaba (SP); Recife (PE); Salvador (BA); São Luís do Maranhão (MA); Vitória (ES) e Brasília (DF).

SÃO LUÍS
Policiais Federais cumpriram na manhã desta quinta-feira (28), dois mandados de busca e apreensão - um no bairro Planalto Vinhais II e outro no bairro Apeadouro.

Ao chegarem nos endereços e procederem às buscas, os policiais encontraram mídias (DVDs, pendrives e HDs) contendo imagens de pornografia infantil, o que resultou na prisão em flagrante de duas pessoas, uma de 23 anos, e outra de 31 anos.

Eles foram autuados pelo crime previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e Adolescente (posse de material pornográfico infantil), com pena de 1 a 4 anos de reclusão. Responderão também pelo crime do artigo 241-A do ECA (troca e distribuição de material pornográfico infantil pela internet), com pena de 3 a 6 anos, em razão de terem compartilhado o material pornográfico pela internet, conduta esta que justificou a expedição dos mandados de busca e apreensão em suas residências.

Eles serão encaminhados ao complexo penitenciário de Pedrinhas, onde permanecerão à disposição da Justiça.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O amigo lobo sai da sombra

http://www.istoe.com.br/reportagens/42687_O+AMIGO+LOBO+SAI+DA+SOMBRA

O amigo lobo sai da sombra

O amigo lobo sai da sombra

Criança é sequestrada de casa no Centro de Imperatriz

Do G1 MA

Bandidos aproveitaram o momento da entrada da babá na residência.
Criança teria sido levada para o estado do Tocantins.

Uma criança de 5 anos foi sequestrada de uma residência no Centro de Imperatriz, nesta quarta-feira (27), por dois homens que ocupavam uma motocicleta sem placas, que aproveitaram a entrada da babá da criança na casa, para leva-la.
De acordo com testemunhas, os dois suspeitos fugiram em uma caminhonete de cor preta, que seria de propriedade da família da criança. Na fuga, a babá também acabou sendo levada com refém. Todos seguiram em direção ao estado do Tocantins e a babá foi abandonada na cidade de São Miguel, a aproximadamente 20 km de Imperatriz, no Maranhão, local onde foi o veículo foi abandonado.
Segundo a família, os sequestradores já pediram resgate, mas o valor não foi divulgado. A babá já presta depoimentos em Imperatriz e as polícias do Maranhão e Tocantins realizam buscas para tentar localizar e libertar a criança sequestrada.

Verdadeiro objetivo do golpe no Paraguai

Flavio Lyra

Ao estimular a deposição de Lugo, a Casa Branca pode ter procurado cercar Brasil e Argentina, além de criar contencioso em Itaipu

Só ingênuos podem admitir que o golpe parlamentar que destituiu o presidente Lugo do Paraguai, no dia de ontem, não tem o dedo do Pentágono. Essa nova modalidade de golpe, inaugurada em Honduras em 2009, que destituiu o presidente Zelaya, articulada na base aérea que os Estados Unidos mantém naquele país centro-americano, teria sido mais uma vez aplicada com sucesso, ao menos, por enquanto.
É uma grande coincidência que tais fatos ocorram contra governos de esquerda que tentam realizar reformas em favor dos segmentos mais pobres da população, particularmente reformas agrárias. Tanto Zelaya, quando Lugo vinham tentando melhorar o acesso à terra a camponeses secularmente explorados por grandes latifundiários e realizar ações de proteção social aos segmentos mais pobres da população.
Não surpreende a atitude ambígua que o governo dos Estados Unidos adotou, inicialmente, no caso de Honduras e, posteriormente, favorável à substituição do presidente Zelaya. Agora, a história repete-se com o governo dos Estados Unidos achando que a destituição abrupta do presidente Lugo respeitou as regras do jogo democrático, quando nitidamente tratou-se de um conluio dos partidos derrotados na última eleição para livrar-se de um presidente vinculado a causas populares.
É muito provável que o pequeno Paraguai se dispusesse a confrontar as regras do Mercosul e da Unasul, entrando em conflito com seus dois vizinhos Argentina e Brasil, se não contasse com o estímulo e proteção do governo norteamericano. Certamente, que os governos do Brasil e da Argentina vacilaram claramente ao não acompanharem o desenvolvimento da conjuntura política no Paraguai, mormente quando se sabe que Washington estreitou muito suas relações com o Chile, depois do governo direitista de Piñera, e vinha realizando gestões para construir uma base militar no Paraguai. Tem sido denunciada a intenção de estabelecer um cerco a Brasil e Argentina.
Do ponto de vista da oligarquia paraguaia nada mais conveniente do que buscar apoiar-se no grande irmão do Norte para manter seus privilégios em desfavor da maioria do povo paraguaio, pois certamente não contaria com a boa vontade de Brasil e da Argentina, cujas políticas econômicas têm forte conteúdo social.
Agora, o problema está criado, pois estamos ameaçados em interesses muito concretos como é a manutenção dos acordos regionais do Mercosul e da Unasul, sem contar que existe a empresa binacional de Itaipu, importante fornecedora de energia para o Brasil, construída na fronteira entre Brasil e Paraguai.
Washington pode muito bem estar contando com o isolamento do Paraguai, no âmbito da região, para estreitar suas ligações com esse pequeno país e transformá-lo em ponta de lança contra as pretensões de maior autonomia de Brasil e Argentina.
No mundo atual, em que é notória a ação intervencionista generalizada, explícita e oculta, das grandes potências, especialmente dos Estados Unidos, nos países mais frágeis, especialmente os mais dotados de recursos naturais estratégicos, qualquer descuido dos organismos responsáveis pela segurança interna em relação ação dos órgãos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e outras potências pode acarretar funestas conseqüências para a segurança nacional.
Não me admiraria se algum dia vier a ser constatado que a crise do “mensalão”, durante a qual foi ensaiada uma tentativa de golpe, visando a destituição do presidente Lula, tenha contado com o apoio dos Estados Unidos. O denunciante do esquema, o deputado federal Roberto Jeferson, conhecido por sua atuação em episódios obscuros, poderia muito ter sido cooptado pelo departamento de Defesa dos EUA, para dar a sua denúncia o teor que assumiu. Suspeito fortemente que o que se denominou mensalão foi uma das operações, ilegais, porém freqüentes, com que tem sido financiadas as campanhas eleitorais no país, mediante o uso de “caixa 2” de empresas privadas ou públicas.
Não há por que não admitir que as ações que os Estados Unidos e as grandes potências vêm realizando de desestabilização dos governos de vários outros países, como acontece no Oriente Médio, inclusive com o fornecimento de armamento, não possam estar em vias de acontecer na América do Sul. Portanto, senhores governantes, não nos deixamos enganar pela cordialidade aparente dos ministros e governantes das grandes potências. Seus interesses, como tais, estão sempre em primeiro lugar e eles não hesitam em mobilizar meios, nem sempre os mais lícitos, para defendê-los.
Os Demóstenes Torres, Carlinhos Cachoeira e muitos outros infiltrados nas altas esferas do poder público e do setor privado e da grande imprensa, são candidatos naturais a montar esquemas de desestabilização dos governos democráticos, em associação com os serviços secretos das grandes potências e grupos políticos internos ameaçados em seus privilégios. É preciso combatê-los com toda a energia, sob pena de “só fecharmos a porta depois que o ladrão esteja dentro de casa”.

Flávio Lyra é economista e ex-técnico do IPEA. Cursou doutorado de Economia na Unicamp.  

Polícia Militar aumenta a sua fama de violenta

Publicações chamam a atenção para a violência cometida pela PM brasileira e associa policiais a grupos de extermínio e milícias, corrupção e execuções extrajudiciais

http://www.brasildefato.com.br/node/9929

A Polícia Militar brasileira conseguiu a façanha de aumentar, ainda mais, sua péssima fama internacional. Reflexo da extrema violência praticada contra a população, pelas práticas de corrupção e de execuções extrajudiciais e por policiais envolvidos em grupos de extermínio e milícias.


 Policiais Militares da Unidade da Polícia Pacificadora (UPP) do Morro dos Macacos, em Vila Isabel (RJ) - Foto: Marcello Casal Jr./ABr

É o que sinalizam duas recentes publicações internacionais. A primeira delas é o relatório do Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil, do respeitado Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento é elaborado por uma comissão que avalia todos os países sob a perspectiva dos direitos humanos, e para a avaliação do Brasil poupou eufemismos e falou claramente em “esquadrões da morte” para se referir à polícia.
A outra publicação foi a da Anistia Internacional, divulgada no mês de maio deste ano com dados relativos a 2011. Esta concluiu que no quesito Segurança Pública,“os agentes de aplicação da lei continuaram a usar a força de modo excessivo e a praticar torturas e execuções extrajudiciais”.
A fama de violenta não é só reconhecida pelos próprios brasileiros, e por essas publicações, mas comprovadamente indicada em uma série de pesquisas alarmantes. Confrontando somente os dados estaduais fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública sobre a PM paulista, por exemplo, com o último relatório divulgado pelo FBI (Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos, em tradução livre), é possível constatar que a PM matou no estado de São Paulo 2.045 pessoas em confronto durante 2005 a 2009, enquanto todas as forças policiais estadunidenses mataram no mesmo período 1.915.
O Conselho da ONU recomendou ainda que o Brasil trabalhe para extinguir a Polícia Militar, e como a Anistia Internacional, disse que a corporação é acusada de agir fora das leis vigentes no país. Já a Anistia pontuou que a população mais pobre continua refém tanto da violência de grupos criminosos quanto do “policiamento abusivo que geralmente trata os moradores como supostos criminosos”.

Violenta e criminosa
“A Polícia Militar representa o Estado que é inimigo da população. O Estado brasileiro não promove o bem estar social, que garante os direitos das pessoas. Mas garante os direitos e o status quo de quem se beneficia com a desigualdade do país. A violência da polícia militar é uma prova da natureza do Estado garantidor das desigualdades”, analisa o sociólogo Renato Cinco.
Morador da cidade do Rio de Janeiro, Renato afirma que a relação da população carioca com a PM é marcada por desconfiança e medo. Denuncia também que o medo se estende aos policiais das Unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs) promovidas pelo governo federal, que são acusados de proibir até mesmo as atividades culturais das comunidades militarizadas, como os bailes de funk. “O que tem hoje nas favelas do Rio de Janeiro é ocupação militar, e não pacificação. Hoje está se naturalizando a ideia de que os ricos podem viver democraticamente enquanto os pobres têm que viver na ditadura militar”, destaca o sociólogo. Dados oficiais do próprio governo do Rio de Janeiro revelam um cenário de violência policial assustador. Eles mostram que entre 2007 e 2010, não menos que 4.370 pessoas morreram em confronto com agentes da lei, nos chamados “autos de resistência”, medida administrativa criada durante o regime militar e que indica a morte de um suspeito em confronto com a polícia. A média é de três autos de resistência registrados por dia.
Assim foi inicialmente anunciada a morte da juíza Patrícia Acioli, morta com 11 tiros em 11 de agosto de 2011 em frente a sua casa, no bairro de Piratininga, região oceânica de Niterói (RJ). Para a Anistia Internacional, a execução foi motivada “por sua postura inflexível diante das milícias e da criminalidade policial”. Conforme o inquérito da Divisão de Homicídios de Niterói comprovou, a morte de Acioli foi decretada depois que ela determinou a prisão de um grupo de PMs pela execução do adolescente Anderson Matheus, de 14 anos, dentro da favela do Salgueiro, no bairro de São Gonçalo, em julho do ano passado. O crime contra ela teria sido articulado pelo tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira e pelo tenente Daniel Santos Benitez Lopez, e contou com o apoio de 11 policiais militares. Os dois oficiais estão presos desde dezembro no presídio federal de Campo Grande (MS). Segundo o relatório da Anistia, apenas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, 804 pessoas foram mortas em circunstâncias descritas como “autos de resistência” em 2011. Também reafirma suspeita de que policiais, tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil, estejam envolvidos em grupos de extermínio e com milícias “que praticam ações de limpeza social e extorsão, além de tráfico de armas e drogas”.
Entre algumas ações destacadas pelo documento está Operação Sexto Mandamento, da Polícia Federal, que acabou com a prisão em fevereiro do ano passado de 19 policiais militares do estado de Goiás, incluindo o subcomandante da PM coronel Carlos Cézar Macário. Eles são suspeitos de fazer parte de grupos de extermínio, que torturavam e executavam pessoas sem nenhuma ligação com o crime. Na época, a investigação desse envolvimento afirmou que havia indícios de participação de policiais militares em 37 casos de desaparecimentos forçados.
Outro assassinato praticado por policiais que chocou o Brasil foi o do menino Juan Moraes, de 11 anos. Ele desapareceu durante uma operação do 20º Batalhão da Polícia Militar na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro. Seu corpo foi encontrado posteriormente dentro de um rio no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A investigação da Polícia Civil conclui que ele foi morto pela Polícia Militar e que seu corpo também foi removido por policiais. 
Mais sobre o assunto: 

Apoio de Maluf a Haddad é rejeitado por 62% dos eleitores

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Atualizado: 27/06/2012 07:39 | Por estadao.com.br


O apoio do deputado Paulo Maluf (PP-SP_ ao pré-candidato petista Fernando Haddad é rejeitado por 62% dos eleitores paulistanos, de acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto Datafolha. Quando a aliança é avaliada por entrevistados "petistas", a rejeição chega a 64%.
O anúncio do apoio do deputado, que contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, causou crise na campanha de Haddad e fez a deputada Luiza Erundina (PSB) desistir de ser a vice na chapa. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados responderam que não votaria em candidatos apoiados por Maluf. Para 26% o apoio seria indiferente e 12% seguiriam a indicação.
No entanto, a pesquisa revela que apenas 17% das pessoas entrevistadas sabem que o deputado apoia Haddad e 70% desconhecem quem Maluf apoiará nessas eleições. Responderam aos questionamentos 1.081 pessoas nos dias 25 e 26 de junho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
O episódio só rendeu positivamente para Erundina, cujo protesto foi apoiado por 67% dos eleitores.
Cabos eleitorais. A influência de Lula para puxar votos caiu novamente. Nesta pesquisa, 36% dos eleitores dizem que votariam num candidato apoiado pelo ex-presidente. Em janeiro, porém, o índice era de 49%. Apesar da redução, Lula continua sendo o principal influenciador. No levantamento realizado no dia 14, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin influenciava no voto de 29% dos entrevistados, seguido pela presidente Dilma Rousseff (28%) e pelo prefeito Gilberto Kassab (12%).
Corrida eleitoral. A disputa pela Prefeitura de São Paulo se manteve. O pré-candidato tucano José Serra continua com 31% das intenções de voto, seguido pelo ex-deputado Celso Russomanno (PRB), agora com 24% (três pontos acima) e por Haddad, com 6% (dois pontos a menos). O deputado Gabriel Chalita (PMDB) também recebeu 6%, mesmo índice do vereador Netinho de Paula (PC do B), que ainda não havia retirado a pré-candidatura quando a pesquisa foi realizada

terça-feira, 26 de junho de 2012

Com 72 recuperandos, APAC de Coroatá conquista sede própria

http://www.tjma.jus.br/

A diretoria da associação mostrou a nova área ao corregedor-geral Cleones Cunha.

Ricardo Vieira da Silva Filho, 23 anos, é apenado do regime semi-aberto em Coroatá, por envolvimento com o tráfico de drogas. Há dois anos, ele integra o grupo de recuperandos da Associação e Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Coroatá e já conseguiu reorganizar a família, trabalha nas atividades da APAC e diz ter certeza que não terá recaídas no futuro

“É uma experiência muito boa. Consegui recuperar minha vida. Planto, capino e quando cumprir minha pena, vou procurar um emprego”, comentou Ricardo Filho, timidamente, que aguarda decisão da Justiça sobre o pedido de livramento condicional.
A realidade da APAC de Coroatá foi vista de perto pelo corregedor-geral da Justiça do Maranhão, desembargador Cleones Carvalho Cunha, durante sua visita à Comarca de Coroatá, para prestigiar o mutirão processual organizado pela juíza Josane Braga, da 1ª Vara. Além dela, o juiz Francisco Ferreira Lima, titular da 2ª Vara de Coroatá, esteve presente durante a visita.
“Fiz questão de conhecer a APAC porque sei que onde há uma APAC, a recuperação dos apenados é melhor. Onde existe uma APAC, existe recuperação, de fato, daqueles que se desviaram das condutas da vida em sociedade”, comentou o corregedor-geral Cleones Cunha. Sede própria A APAC de Coroatá conquistou, recentemente, uma área própria para o funcionamento. Um terreno de 17 hectares foi cedido pela Fazenda da Esperança, da Igreja Católica, para a instalação da associação na cidade de Coroatá.
O terreno já é propriedade da APAC. “Já temos o documento nas mãos. Agora, a APAC tem uma sede própria”, comemora Marilena Vieira Leite, presidente da associação.  Toda a estrutura da associação já está sendo transferida para a nova sede. A APAC funciona desde a sua fundação, em junho de 2008, em uma área de 3 hectares, de propriedade de Marilena Leite. Com mais espaço e estrutura própria, a expectativa é que os resultados do trabalho sejam ainda melhores e mais animadores.
De acordo com a presidente da APAC de Coroatá, nos quatro anos de atuação, são 36 recuperandos que conseguiram reconstruir família. “É muito gratificante ver essas famílias recuperadas, ao lado de quem se ama. O melhor, ainda, pela APAC, é ver que os que já cumpriram regime fechado passam a dar valor a vida, porque ou é isso ou é voltar pior para a sociedade”, frisou Marilena Vieira Leite.
Atualmente, são 72 recuperandos fazendo parte da APAC de Coroatá, entre apenados do regime fechado, semiaberto e aberto. Todos, no entanto, têm que ter bom comportamento e seguir todas as regras da associação, como obedecer aos horários de entrada, saída, aulas, esporte, não faltar, não portar armas, drogas e aparelho celular, não discutir com outros recuperandos, participar dos eventos promovidos pela associação, ter suas famílias residentes na Comarca, entre outras. Atividades Todos os recuperandos que fazem parte da associação têm atividades a cumprir, acompanhamento diário e monitoramento.
Na APAC de Coroatá, entre as atividades que se destacam está a plantação de frutas e verduras. Na nova área, a criação de peixes também será realizada, já que no terreno pode-se ter até quatro açudes. Os recuperandos têm, também, acompanhamento médico, feito pelo médico José Carneiro, aulas, ministradas pelo professor Iran Lima Costa, e prática de esportes.
E é o dinheiro arrecadado com a venda da produção que a APAC vem se mantendo, somando-se as doações e os valores que são repassados pela Justiça, com os Termos Circunstanciados de Ocorrência. “É provável que ainda neste mês de julho tenhamos a assinatura de um convênio com a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária”, revelou Marilena Leite. “Vale a pena ver que o trabalho da APAC está dando certo e torcemos para que ele fique mais estruturado.
Vemos que os que descumprem as regras é uma quantidade muito pequena. Isso é importante destacar porque significa que o trabalho está dando certo”, ressaltou a juíza Josane Braga. Para o desembargador Cleones Cunha, é muito importante incentivar a instalação de APAC’s em outras comarcas do Estado, a exemplo de Pedreiras, a pioneira, Timon, Viana, Imperatriz e Viana, estas três últimas instaladas, mas ainda em fase de implantação. “Todos são passíveis de erros.
O importante é reconhecê-los e se recuperar, para não voltar a cometer os deslizes”, completou. Sobre a APAC As APAC’s são entidades civis de direito privado, com personalidade jurídica própria, responsáveis pela administração de Centros de Reintegração Social. Elas operam como parceiras dos poderes Judiciário e Executivo na Execução Penal e na administração das penas privativas de liberdade, nos regimes fechado, semiaberto e aberto. Existem cerca de 150 APAC’s juridicamente organizadas em todo o território nacional, algumas funcionando sem a presença da polícia ou de agentes armados.
O método APAC foi idealizado pelo advogado Mário Ottoboni, em 1972, e visa ao resgate do humano intrínseco ao criminoso por meio do incentivo à supressão do crime e do fornecimento de condições necessárias ao processo de humanização e, portanto, recuperação dos encarcerados. A filosofia da APAC sugere que se mate o criminoso e salve o homem presente nos sujeitos anti-sociais por meio da valorização humana, do trabalho, do convívio com os familiares. Assessoria de Comunicação da CGJhttp://cgj.tjma.jus.brasscom_cgj@tjma.jus.br(98) 3221-8527

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Conselho de Ética aprova cassação do mandato de Demóstenes

http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/06/conselho-de-etica-aprova-cassacao-do-mandato-de-demostenes.

 

Perda do cargo ainda depende de análise da CCJ e votação em plenário.
Conselho concordou que Demóstenes quebrou decoro ao se aliar a bicheiro.


O Conselho de Ética do Senado aprovou na noite desta segunda-feira (25), por unanimidade (15 votos a favor e 0 contra), relatório que pede a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres pelo elo com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Para se efetivar, a perda de mandato ainda precisa passar por análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois ser votada no plenário da Casa, onde o voto é secreto.

A maioria dos integrantes do colegiado seguiu o entendimento do relator, Humberto Costa (PT-PE), para quem Demóstenes quebrou o decoro e usou o mandato parlamentar para tentar beneficiar o contraventor, preso no fim de fevereiro na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
Reunião do Conselho de Ética desta segunda (25), em que os integrantes aprovaram, por unanimidade, o parecer do relator Humberto Costa que recomenda a cassação do mandato de Demóstenes Torres (Foto: José Cruz/ABr)Reunião do Conselho de Ética desta segunda (25), em que foi aprovado, por unanimidade, parecer do relator Humberto Costa que recomenda a cassação do mandato de Demóstenes Torres (Foto: José Cruz/ABr)
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que "já esperava" o resultado. "Fizemos exatamente esse pedido, tendo em vista o que aconteceu. O correto é que fosse ao plenário. Conversando com o senador, ele concordava com a tese de que o plenário é quem tinha que decidir", afirmou. Ele disse ainda ter a "expectativa de que o senador será inocentado em plenário.

No parecer, de 79 páginas e lido em aproximadamente três horas, Costa disse que o mandato de Demóstenes foi "corrompido". "Afirmo, sem tergiversar, que o senador Demóstenes Torres teve um comportamento incompatível com o decoro parlamentar: percebeu vantagens indevidas e praticou irregularidades graves no desempenho do mandato", disse o relator.
O relator elencou atividades parlamentares de Demóstenes que, segundo ele, mostram uma atuação em prol da legalização de jogos. "É de se concluir que a vida política do senador Demóstenes, desde 1999, gravita em torno dos interesses de Carlinhos Cachoeira no ramo de jogos de azar", disse.

Ele também disse que Demóstenes mentiu ao afirmar que não sabia das atividades ilícitas de Carlinhos Cachoeira. "É simplesmente inacreditável que o representado [Demóstenes], considerados todos esses prolegômenos, venha sustentar que ignorava tudo sobre os afazeres ocultos de Cachoeira, que tenha respondido que não sabia que Cachoeira era contraventor", disse ainda o relator.
Além de Humberto Costa, votaram a favor da cassação os senadores do PMDB Eunício Oliveira (CE), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Sérgio Souza (PR) e Vital do Rêgo (PB); do PT, Wellington Dias (PI) e José Pimentel (CE); do PSDB, Mário Couto (PA) e Cyro Miranda (GO); além de Gim Argello (PTB-DF), Jayme Campos (DEM-MT), Vicentinho Alves (PR-TO), Ciro Nogueira (PP-PI) e Acyr Gurgacz (PDT-RO).
O advogado Kakay, durante defesa de Demóstenes Torres no Conselho de Ética do Senado (Foto: Pedro França/Agência Senado)O advogado Kakay, em defesa de Demóstenes no
Conselho de Ética (Foto: Pedro França/Ag. Senado)
Defesa
Na sessão, o advogado de Demóstenes disse que o senador foi alvo de um "massacre" e de "vazamento criminoso" das gravações da PF que apontaram uma ligação entre o parlamentar. "Os vazamentos foram um massacre à pessoa de um senador. [...] O vazamento foi criminoso, covarde e foi direcionado", disse Kakay durante o tempo que teve para defender o senador.
Kakay reconheceu que o julgamento no Conselho de Ética é "político", mas lembrou que questionou no Supremo Tribunal Federal (STF) a legalidade das escutas da PF. Ele argumenta que, como tem foro privilegiado, a escuta deveria ter sido autorizada no STF e não pela primeira instância da Justiça Federal, como ocorreu.
"Esse julgamento é político. A decisão é política. Vossas excelências não têm nem mesmo que fundamentar seu voto. Mas o processo há que seguir a Constituição, a resolução."
 
O advogado de Demóstenes ainda desafiou os membros do Conselho a aprovar algum tipo de sanção ao senador -- que vai de advertência à cassação. Ele pediu que o processo disciplinar que apura as relações do bicheiro com o senador vá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e que, em seguida, seja votado pelos senadores no plenário.
"O senador quer ser julgado pela totalidade do Senado federal. Sendo ele um senador eleito de forma absolutamente consagradora em seu estado. [...] O senador entende que deve ir ao plenário. A defesa técnica pede que vossas senhorias encaminhem o processo para o plenário, para que ele decida a sorte desse senador da República."

Voto secreto
Após a apresentação do relatório, o senador Mário Couto (PSDB-PA) criticou a fala do advogado de Demóstenes, que pediu que o caso Demóstenes seja encaminhado para o plenário do Senado, onde a votação do processo será secreta. Ele defendeu o voto aberto.
"Jamais vi na minha vida uma defesa pedir a condenação. O que é isso? O que estamos vendo? A defesa pedir a condenação da pessoa que defende. Peço meu desligamento antecipado desse Conselho de Ética se o plenário do Senado inocentar o senador Demóstenes Torres com todas as provas. Traga o caixão do Senado Federal, enterre o Senado Federal. Sepulte de uma vez."

O último senador a ter a cassação aprovada pelo Conselho de Ética foi Renan Calheiros (PMDB-AL), em 2007, após acusação de ter recebido recursos de uma construtora para pagar despesas pessoais da jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha. O plenário do Senado, no entanto, rejeitou a cassação.

Polícia prende mais um envolvido na morte do jornalista Décio Sá


Uma equipe composta por um promotor de Justiça, três delegados e um escrivão da polícia do Maranhão, foi até à cidade de Divinópolis, localizada no estado de Minas Gerais, na manhã desta segunda-feira (25), com a missão de interrogar o possível comparsa de Jhonatan de Sousa Silva, principal suspeito de executar o jornalista Décio Sá.

Segundo informações, um homem identificado como Elker Farias Veloso, de 26 anos, foi preso pela polícia mineira, por haver três mandados de prisão em aberto contra ele. O mineiro, natural de Itabira (MG) teve o nome citado por Jhonatan em depoimento prestado à polícia maranhense.

O assassino de Décio Sá teria revelado, em depoimento, que uma pessoa conhecida como "Diego" teria pilotado a moto na fuga após o crime. Diego seria apenas um apelido, pois o nome verdadeiro dele é Elker Farias Veloso.

Além da execução de Décio, Élker teria dado cobertura a Jhonatan, em pelo menos mais dois assassinatos, sempre transportando o pistoleiro de moto, após as execuções, inclusive a de Fábio Brasil, na cidade de Teresina, capital do Piauí.

Caso a equipe que foi a Divinópolis confirme que Éleker é mesmo o comparsa de Jhonatan na morte de Décio Sá, ele será transferido para São Luís, onde se juntará aos outros sete presos sob suspeita de envolvimento na morte do jornalista maranhense.

Com a prisão de Elker Farias Veloso, são oito pessoas detidas por suspeitas no envolvimento na execução de Sá, são eles:
Jhonatan de Sousa Silva (pistoleiro)
Glaucio de Miranda Carvalho (mandante)
José de Alencar Miranda Carvalho (mandante)
Airton Martins Monroe (Mandante)
José Raimundo Sales Chaves Júnior, "Júnior Bolinha"(articulador)
Fábio Aurélio do Lago e Silva, "Buchecha" (articulador) 
Fábio Saraiva Silv, "Capitão Fábio"(cedeu a arma)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mães e vítimas de abusos de professor relatam o que acontecia na escoal de reforço

http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/06/24/interna_urbano,117791/maes-e-vitimas-de-abusos-de-professor-relatam-o-que-acontecia-na-escoal-de-reforco´

O professor Chico Branco, dono de uma escola de reforço para alunos do ensino fundamental, no São Francisco, foi preso por estupro de vulnerável.

Ele dizia para eu sentar no colo dele, beijava a minha boca e depois passava as mãos nas minhas pernas e no meu bumbum. Foi mais de 10 vezes que seu Chico Branco fez isso comigo e ainda dizia para eu não contar nada para minha mãe porque gente grande não acredita em criança”, disse uma das vítimas de apenas 9 anos e ex-aluna do professor Francisco de Assis, conhecido no São Francisco como tio “Chico Branco”, de 55 anos.

Ainda nesta próxima eleição, almejava uma vaga na Câmara Municipal, como vereador. Ele foi preso pela equipe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) na última quarta-feira, 20, e vai responder por estupro de vulnerável na forma tentada.

No começo da tarde de sexta-feira, 22, a equipe de O Imparcial foi até a residência de uma das vítimas de Chico Branco, localizada no São Francisco. Logo na chegada da equipe, a menina Carla* estava chorando muito e com ar de assustada, somente após alguns minutos é que a mãe dela, Vanessa*, conseguiu acalma-la.

Sentada no canto do sofá da sala e grudada com o seu ursinho, ela começou a relatar o que passou nas mãos do ex-professor há mais de seis meses. Segundo a vítima, no começo desse ano, o acusado pedia sempre para que ficasse ainda na sala de aula para ajudar os outros alunos a limpar o local. Mas, no decorrer dos meses, ela começou a ficar sozinha com ele e, nesse momento, se aproveitava dela.

Chorando e muito nervosa, Carla falou que Chico Branco passava as mãos nas suas nádegas e ainda chupava os seios. No final do abuso, dava alguns trocados ou presentes e não deixava de afirmar que ela não poderia contar para ninguém, pois, adultos não acreditam em histórias de crianças.

“Se contar alguma coisa para sua mãe ainda vai apanhar lá e também aqui”, disse Carla.

Como também falou que só teve coragem em contar para sua genitora quando chegou em casa com os lábios mordidos e inchados depois que foi beijada de forma forçada pelo Chico Branco.

De frente com a realidade


Revoltada e deprimida. Estas foram às palavras ditas pela mãe de Carla. Vanessa afirmou que, no momento, o seu desejo é que Chico Branco pague pelo crime que fez e continue na cadeia. Ela falou que Chico Branco roubou a inocência de toda a família, pois, o conhecia desde criança e todos os seus parentes sempre foram os seus amigos.

Ela ainda relatou que teve a coragem de colocar duas filhas, uma de 7 anos e outra de 9 para o acusado educar, e em vez disso, o pedófilo estava se aproveitando de forma sexual da mais velha. Também chegou a pagar uma quantia de R$ 25 por cada uma mensalmente para que pudesse ter aulas com esse professor.

Vanessa disse que começou a desconfiar que a filha estava sendo abusada pelo professor, após as filhas chegarem em casa sempre com presentinhos nas mãos e também lanches, como bolo, biscoito e até mesmo dinheiro, em valores pequenos, como R$ 5 ou 10.

Na última terça-feira, 19, a filha além de chegar com pedaços de bolo em casa, a mais velha estava nervosa e com os lábios inchados. Ao ser indagada, falou que tio Chico Branco tinha beijado e acariciado o corpo dela.

“Não pensei duas vezes, fui até a DPCA e falei tudo à delegada e, no dia seguinte, a polícia prendeu esse pedófilo”.

Ela também disse que a filha, agora, não quer ir mais a escola onde é estudante do 4º ano fundamental como ainda não almeja brincar com outras crianças da mesma idade.

“Tenho medo da minha filha ficar com alguma seqüela emotiva, após esse ato criminoso feito por esse bicho. Como esse homem quer ser vereador de São Luís desse jeito?”, indagou revoltada.

Mais vítimas

“A minha irmã estudou com ele por um período de seis meses e durante todo esse tempo foi abusada por esse monstro”, disse Almada*. Segundo ela, a irmã, de 11 anos, mora na Ilhinha e por volta das 6h da manhã já estava na sala do professor Chico Branco, localizada no São Francisco, mas, sempre quando saia de casa estava nervosa e quando chegava, na maioria das vezes, chorava.

Ainda afirmou que além da irmã ser violentada sexualmente pelo professor ainda sofria bullying, pois, era chamada por ele sempre de “Cricrizinha”.

Clara*, afirmou que Chico Branco convidou a sua sobrinha, de apenas 14 anos, para ir ao motel. Ainda dizia que era uma bela mulher e devia ser apreciada por ele. “Esse homem deve continuar na cadeia, pois, as crianças do São Francisco e da Ilhinha devem ser felizes e pararem de ser abusada por esse monstro”.

Segundo informações de parentes de vítimas, somente essa semana, várias denúncias foram feitas contra Chico Branco, no 9º Distrito Policial, no São Francisco, e também na DPCA, na Beira-Mar.


MEMÓRIA

Francisco de Assis, “Chico Branco”, 55 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira (20), acusado de aliciar uma aluna de apenas oito anos. O crime aconteceu dentro de uma escola de reforço, localizada no bairro São Francisco, por volta das 16h.

Ele improvisou uma escola em sua própria casa e ministrava diariamente aulas particulares de Matemática nos turnos manhã, tarde e noite.

A escola era freqüentada por várias crianças que moram no bairro. Além de ministrar aulas, Chico Branco organizava festas em datas comemorativas com sorteios de brindes, e frequentemente organizava atividades de lazer, como idas às praias da capital.

Segundo a polícia, o crime foi descoberto após a mãe da vítima notar diversas mudanças no comportamento da filha. Diariamente, a garota permanecia na escola até mais tarde e sempre aparecia com dinheiro. Após muita insistência da mãe, ela contou que o professor a beijava e passava as mãos em seu corpo.

De acordo com o acusado, a menina ficava até mais tarde em sua casa, ajudando na arrumação e limpeza da sala de aula, uma vez que, segundo ele, a família não tinha condições de pagar a mensalidade.

Para comprovar o abuso a mãe deixou que a filha continuasse na casa do acusado após as aulas, como já era de costume. No entanto, ela instruiu a menina que no momento em que Francisco de Assis iniciasse as investidas, ela deveria dar um sinal, o qual foi sinalizado através de um grito.

Assim, foi constatado o flagrante, a polícia foi acionada, em seguida o professor foi preso e levado para a DPCA onde vai lavrado o flagrante. Em seguida, foi transferido para o Centro de Triagem de Pedrinhas.

domingo, 24 de junho de 2012

INSS pode modificar pensão por morte

Valor Econômico - 22/06/2012
Autor(es): Por João Villaverde, Thiago Resende e Lucas Marchesini | De Brasília

O governo tem um projeto pronto para reformar as regras das pensões por morte pagas pela Previdência Social. O objetivo do governo é fechar um gargalo que consome 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano, cerca de R$ 60 bilhões. A principal mudança pretendida é estabelecer um período mínimo, ou carência, de 12 meses de contribuição para que a pessoa tenha o direito de deixar uma pensão por morte ao dependente. Atualmente, esse prazo não existe - basta recolher um mês, apenas, ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) para que a viúva ou os dependentes do falecido recebam, por toda a vida, uma pensão.
Outra mudança em estudo envolve a limitação da pensão por morte, que não mais seria vitalícia. A ideia é exigir do beneficiado (viúvas ou dependentes) comprovações periódicas de que as pensões devem permanecer. As mudanças, no entanto, só funcionariam para concessões de benefícios que ocorrerem após a entrada em vigor da reforma, e, portanto, não atingiriam quem já recebe pensão por morte.
O projeto, preparado pelo Ministério da Previdência Social, já foi apresentado aos especialistas dos ministérios da Fazenda e da Casa Civil. Se efetivamente levar à frente o projeto, o governo Dilma Rousseff terá concluído reforma represada nos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva. "Há um ambiente muito favorável, no governo e na sociedade, para implementar uma reforma nas regras para a pensão por morte", afirmou ao Valor o ministro de Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, ontem, de Natal (RN). Antes, pela manhã, ainda em Brasília, o ministro afirmara que as pensões por morte "são disponibilizadas de uma maneira injusta".
O INSS concede mais pensões por morte do que benefícios de aposentadoria por tempo de serviço. Nos 12 meses terminados em abril, a União emitiu quase 400 mil pensões por morte, ante pouco menos de 300 mil aposentadorias por tempo de contribuição. Do estoque total de benefícios, em abril de 2012, existiam 2,1 milhões de pensões por morte a mais do que aposentadorias por tempo de contribuição. As pensões por morte representam 23,4% do total dos benefícios emitido pelo INSS, ante 16,1% da aposentadoria por tempo de contribuição.
Em relação aos critérios de concessão de pensão por morte, a legislação brasileira é considerada "bondosa" pelos próprios técnicos do governo. "Mesmo que uma pessoa venha a falecer hoje, se alguém fizer uma contribuição em nome dela até o fim do mês, o dependente do falecido terá direito ao benefício", explicou Leonardo Rolim, secretário de Políticas de Previdência Social do ministério.
Para uma pessoa obter uma pensão por morte equivalente ao teto do INSS, hoje em R$ 3.916 por mês, ela precisa contribuir ao menos com 80% do teto (ou R$ 3.132) por mês, ao longo de 35 anos. A lei brasileira, entretanto, permite que a pessoa que contribuiu com o teto do INSS por apenas um mês, por exemplo, deixe uma pensão integral aos seus dependentes. "Isso é muito injusto, e o governo deve fazer alguma coisa. A hora é agora", disse o ministro Garibaldi Alves.
Segundo estudos do Ministério da Previdência, a França gastou 1,6% do PIB em 2010 com esse tipo de benefício. Na Alemanha, essa despesa chegou a 0,8% do PIB no mesmo ano. Existem modelos previdenciários semelhantes ao brasileiro apenas em países como a Índia, que, no entanto, gasta menos com as pensões do que o governo brasileiro. Em países como México e Portugal, as pensões por morte só são pagas após contribuições de no mínimo três anos. Na Suíça, a pessoa precisa contribuir dos 21 anos de idade até a morte para garantir ao dependente uma pensão integral.
Segundo o economista Marcelo Abi-Ramia Caetano, especialista em assuntos previdenciários do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o governo deveria, adicionalmente, restringir a acumulação de benefícios. "Nos Estados Unidos, o americano tem direito a apenas um benefício, e deve escolher qual deseja na eventualidade de um segundo", explicou. No Brasil, o beneficiário de uma pensão por morte também recebe aposentadoria no momento em que deixa o mercado de trabalho. "O governo paga duas vezes para a mesma pessoa", afirma Caetano.
Além disso, o especialista do Ipea afirma que o governo deveria impor regras mais rígidas às pensões por morte para filhos de militares, e também tornar a legislação previdenciária de servidores em lei ordinária - hoje, as regras para os servidores necessitam de emenda constitucional para serem alteradas. "Qualquer pequena reforma, natural num período longo de tempo, precisa ser feita na Constituição, algo muito complicado no Congresso", avalia Caetano.
A reforma pretendida pelo Ministério da Previdência Social deve ser feita por meio de projeto de lei, para alterações nas regras do INSS, e, caso contemplem servidores públicos, devem ser feitas por meio de emenda constitucional.

Deputado Raimundo Cutrim será ouvido pela polícia, diz delegado

http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/06/23/interna_urbano,117776/deputado-raimundo-cutrim-sera-ouvido-pela-policia-diz-delegado.
O deputado Raimundo Cutrim vai ser ouvido pela equipe que investiga o caso Décio Sá. Porém, o momento do interrogatório ainda não foi discutido pelo grupo de delegados. A informação foi repassada pelo titular da Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), delegado Augusto Barros.

Segundo ele, diante da repercussão da notícia de envolvimento do deputado e das informações prestadas pelo próprio na tribuna da Assembléia Legislativa na última quinta-feira, não há como descartar um interrogatório. "Há uma equipe no caso e ainda não decidimos quanto ao interrogatório. Precisamos falar com ele, mas, neste momento, temos muitas oitivas em andamento e vamos concluí-las", explicou Barros.

O delegado Augusto Barros esteve reunido com o subdelegado geral de Polícia Civil, Marcos Afonso Junior, na sede da Seic, na tarde de ontem, para tratar do andamento das investigações. Barros ponderou quanto à apuração dos diversos nomes citados como envolvidos no caso Décio Sá. "É verdade que apenas esse depoimento não representa toda a verdade. Por isso, temos tido o cuidado em não divulgar os passos da investigação antes da certeza das informações", ressaltou o delegado.

Quanto à quebra dos sigilos bancários e telefônicos, deixados à disposição pelo próprio deputado, o delegado diz que é preciso aguardar. Segundo o delegado, quebrar sigilo bancário é muito mais invasivo que o depoimento. Barros ressalta que não basta apenas a pessoa dizer que podem ser quebrados, pois a decisão depende de uma determinação judicial para que a instituição bancária ou a operadora de telefonia disponibilizem o material. "A menos que a própria pessoa entregue todo o material em mãos, o que não sabemos se ele irá fazer", relatou o delegado Augusto Barros. E reiterou: "estamos trabalhando com cautela para evitar expor pessoas inadvertidamente".

Sigilo continua
A reportagem procurou o sub-delegado geral Marcos Afonso Junior para obter informações sobre a perícia do material recolhido em operação de busca e apreensão. São cheques, computadores e documentos que ligam prefeituras ao esquema de agiotagem supostamente praticado por Glaúcio Alencar - apontado pelo executor como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá.

Alegando sigilo da investigação, Afonso Junior disse apenas que as perícias prosseguem e que em outro momento, quando surgissem fatos novos confirmados, poderia falar sobre o crime. O delegado Augusto Barros informou que o fato de Glaúcio conceder empréstimos à prefeituras cobrando juros, já configura crime, pois ele não é instituição bancária autorizada para tal negociação.


Envolvimento
A possível ligação do deputado Raimundo Cutrim virou notícia após mais um vazamento de depoimento do caso. A polícia não soube explicar como, mas o depoimento do assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva foi divulgado em um blog, na íntegra. No texto, o executor cita o nome Cutrim e quando questionado sobre quem seria ele refere-se ao deputado estadual. O executor aponta Raimundo Cutrim como principal mandante do crime, mas não diz se o conhecia. Jhonatan revela ainda que o deputado seria amigo de infância de Raimundo Sales Chaves Junior, o Junior Bolinha. Este último ficou encarregado de pagar o executor, mas teria repassado apenas 20% do valor combinado. Ainda segundo o depoimento de Jhonatan, o deputado teria encomendado a morte do jornalista por que este "falava muito e prejudicava muita gente".

Afastamento
A Secretaria de Segurança do Estado (SSP) afastou dos cargos dois policiais civis identificados como Alcides e Jorge Durans. Os policiais atuavam na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e segundo a SSP, foi comprovada a ligação deles com Junior Bolinha. O afastamento não significa que os policiais estejam envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá, mas, por terem amizade com Junior Bolinha - um dos suspeitos de serem mandante - a secretaria achou melhor afastá-los temporariamente das funções. Não foi informado se os policiais serão interrogados.

Execução
O jornalista Décio Sá foi morto na noite do dia 23 de abril, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, Praia de São Marcos, por volta das 22 horas. Décio foi atingido por seis tiros, sendo quatro na cabeça e dois nas costas. O executor confesso é Jhonatan de Sousa e os mandantes apontados como sendo os empresários que praticariam agiotagem, cujo grupo tem como integrantes José de Alencar e Gláucio Alencar (pai e filho) e Júnior 'Bolinha'. Depois de atirar, Jhonatan saiu caminhando e fugiu em uma moto, que o aguardava do outro lado da pista. Para praticar o crime ele receberia R$ 100 mil, mas apenas R$ 20 mil foi pago e Jhonatan denunciou os envolvidos.

Deputado Raimundo Cutrim será ouvido pela polícia, diz delegado

http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/06/23/interna_urbano,117776/deputado-raimundo-cutrim-sera-ouvido-pela-policia-diz-delegado.
O deputado Raimundo Cutrim vai ser ouvido pela equipe que investiga o caso Décio Sá. Porém, o momento do interrogatório ainda não foi discutido pelo grupo de delegados. A informação foi repassada pelo titular da Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), delegado Augusto Barros.

Segundo ele, diante da repercussão da notícia de envolvimento do deputado e das informações prestadas pelo próprio na tribuna da Assembléia Legislativa na última quinta-feira, não há como descartar um interrogatório. "Há uma equipe no caso e ainda não decidimos quanto ao interrogatório. Precisamos falar com ele, mas, neste momento, temos muitas oitivas em andamento e vamos concluí-las", explicou Barros.

O delegado Augusto Barros esteve reunido com o subdelegado geral de Polícia Civil, Marcos Afonso Junior, na sede da Seic, na tarde de ontem, para tratar do andamento das investigações. Barros ponderou quanto à apuração dos diversos nomes citados como envolvidos no caso Décio Sá. "É verdade que apenas esse depoimento não representa toda a verdade. Por isso, temos tido o cuidado em não divulgar os passos da investigação antes da certeza das informações", ressaltou o delegado.

Quanto à quebra dos sigilos bancários e telefônicos, deixados à disposição pelo próprio deputado, o delegado diz que é preciso aguardar. Segundo o delegado, quebrar sigilo bancário é muito mais invasivo que o depoimento. Barros ressalta que não basta apenas a pessoa dizer que podem ser quebrados, pois a decisão depende de uma determinação judicial para que a instituição bancária ou a operadora de telefonia disponibilizem o material. "A menos que a própria pessoa entregue todo o material em mãos, o que não sabemos se ele irá fazer", relatou o delegado Augusto Barros. E reiterou: "estamos trabalhando com cautela para evitar expor pessoas inadvertidamente".

Sigilo continua
A reportagem procurou o sub-delegado geral Marcos Afonso Junior para obter informações sobre a perícia do material recolhido em operação de busca e apreensão. São cheques, computadores e documentos que ligam prefeituras ao esquema de agiotagem supostamente praticado por Glaúcio Alencar - apontado pelo executor como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá.

Alegando sigilo da investigação, Afonso Junior disse apenas que as perícias prosseguem e que em outro momento, quando surgissem fatos novos confirmados, poderia falar sobre o crime. O delegado Augusto Barros informou que o fato de Glaúcio conceder empréstimos à prefeituras cobrando juros, já configura crime, pois ele não é instituição bancária autorizada para tal negociação.


Envolvimento
A possível ligação do deputado Raimundo Cutrim virou notícia após mais um vazamento de depoimento do caso. A polícia não soube explicar como, mas o depoimento do assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva foi divulgado em um blog, na íntegra. No texto, o executor cita o nome Cutrim e quando questionado sobre quem seria ele refere-se ao deputado estadual. O executor aponta Raimundo Cutrim como principal mandante do crime, mas não diz se o conhecia. Jhonatan revela ainda que o deputado seria amigo de infância de Raimundo Sales Chaves Junior, o Junior Bolinha. Este último ficou encarregado de pagar o executor, mas teria repassado apenas 20% do valor combinado. Ainda segundo o depoimento de Jhonatan, o deputado teria encomendado a morte do jornalista por que este "falava muito e prejudicava muita gente".

Afastamento
A Secretaria de Segurança do Estado (SSP) afastou dos cargos dois policiais civis identificados como Alcides e Jorge Durans. Os policiais atuavam na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e segundo a SSP, foi comprovada a ligação deles com Junior Bolinha. O afastamento não significa que os policiais estejam envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá, mas, por terem amizade com Junior Bolinha - um dos suspeitos de serem mandante - a secretaria achou melhor afastá-los temporariamente das funções. Não foi informado se os policiais serão interrogados.

Execução
O jornalista Décio Sá foi morto na noite do dia 23 de abril, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, Praia de São Marcos, por volta das 22 horas. Décio foi atingido por seis tiros, sendo quatro na cabeça e dois nas costas. O executor confesso é Jhonatan de Sousa e os mandantes apontados como sendo os empresários que praticariam agiotagem, cujo grupo tem como integrantes José de Alencar e Gláucio Alencar (pai e filho) e Júnior 'Bolinha'. Depois de atirar, Jhonatan saiu caminhando e fugiu em uma moto, que o aguardava do outro lado da pista. Para praticar o crime ele receberia R$ 100 mil, mas apenas R$ 20 mil foi pago e Jhonatan denunciou os envolvidos.

sábado, 23 de junho de 2012

Caso Bertim será reaberto

Vejo  na globosfera a noticia deque o caso Bertim será reaberto.Bertim era prefeito do interior do Maranhão,em presidente Vargas.  Foi morto em uma emboscada, a testemunha,Pedro Pote, fingiu-se de morto, para  poder  escapar,teve  o   rosto deformado.A policia civil elucidou o caso prendeu os assassinos  policiais militares,concluiu que oCoronel Uchôa,comandante metropolitano á época   estava envolvido e que houve um consórcio para realizar tal assassinato.
 O  vice prefeito  ,Gonzaga  assumiu,   o cantor brega Gonzaga    é irmão    do   empresário do  ramo de auto peças conhecido como Coqueiro,fornecedor da secretaria de segurança     e   segundo   dizem na  cidade financiador da campanha   do  Deputado   Cutrim,  chegou  inclusive  a ser preso mas  sempre conseguiu se safar  .   O     caso  foi dado    como elucidado   ,o     MP      aceitou  a denuncia   e   encaminhou       ao judiciário.Eis que    o comando da secretaria de segurança mudou   e o novo secretário  reabriu ocaso    e tentou  dar novo     rumo      ao crime. A Testemunha,PedroPote    passou  a  ser acusado,    os   supostos novos assassinos    foram   sendo  mortos aos   poucos.   Tentaram   imputar  o mandado  do crime a um pequeno empresário do ramo  de madeiras. O  certo  é que se sabe   que  o crime tem a ver com       agiotagem, chantagens  pessoais e institucionais e agora o caso será reaberto uma boa noticia,sinal que a cúpula da secretaria tá  a fim de encarar    os  quadrilheiros.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Mulher é detida quando tentava entrar com dois chips de celular no presídio São Luís

http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/06/21/interna_urbano,117658/mulher-e-detida-quando-tentava-entrar-com-dois-chips-de-celular-no-presidio-sao-luis.
Agentes penitenciários do presídio São Luís II encontraram, na manhã desta quinta-feira (21), dois chips de celulares dentro de um frango que seria levado para o detento Jouberth Pereira Abreu, o "Madeira". Alimento foi levado pela esposa do interno, Ane Fabiane Santana, de 23 anos. O material foi apreendido durante dia de visita na unidade.

Os dois chips foram achados logo após a revista realizada no alimento. Fabiane Santana, que ficou nervosa quando viu os agentes abrindo o papel que enrolava o frango, levantou suspeita de que algo poderia estar errado. "Ela passou a mão na cabeça e aparentou estar com medo. Nós já conhecemos quando a pessoa quer esconder algo", comentou o agente penitenciário Will Dettson Costa Peixoto.

Após a constatação dos chips no interior do frango, os agentes conduziram Ane Santana até uma sala para prestar esclarecimentos. Lá, ela disse que os produtos seriam para o marido. No entanto, a jovem confessou que a iniciativa partiu dela. "Não foi meu marido quem pediu, eu trouxe por que quis", revelou.

O agente penitenciário disse que nesses casos dois procedimentos podem ser tomados: o administrativo ou penal. O primeiro, pode proibir que durante um mês Fabiane Santana visite o esposo. Já o segundo, prevê que a mesma seja conduzida para uma delegacia onde será autuada. "Vamos analisar a situação e ver o que cabe fazer", comentou.

Jouberth, que seria a pessoa a quem os chips estariam endereçados, está preso na cela 10, do bloco D, no presídio São Luís II. Detido por inúmeros furtos e natural do município de Bequimão, ele está na unidade há um ano.

Pelo segundo dia, PM é executado e base atacada em SP

SÃO PAULO - Um policial militar foi executado na zona sul de São Paulo e uma base da PM atacada na zona leste, nesta noite de quinta-feira, 21, e madrugada desta sexta-feira, 22. O policial estava à paisana em um supermercado no bairro Jardim Comercial, quando três criminosos dispararam contra ele, que revidou e matou um dos bandidos. Já os quatro homens que atacaram a base no bairro de Itaquera foram encontrados por uma viatura. Houve tiroteio e um dos bandidos morreu. Durante esta madrugada, a reportagem do estadão.com.br passou em companhias da PM e viu policiais em alerta. Na quarta-feira, 20, dois policiais militares também foram mortos e uma base atacada em São Paulo.
Reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta sexta-feira, 22, afirma que a Corregedoria da Polícia Militar e o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, investigam a suspeita de que as recentes mortes de policiais militares tenham sido retaliação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra a operação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, da PM, que matou seis homens em maio, na zona leste de São Paulo. Nesta quarta-feira, 21, o secretária de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, rechaçou a hipótese. Ele afirmou que o ataque à base da PM e as execuções de policiais são fatos isolados e não ações orquestradas por facções criminosas.
De acordo com a Polícia Civil, eram 20h quando três criminosos abordaram o soldado Paulo César Lopes Carvalho, lotado no 37º Batalhão, dentro de um mercado no número 191 da rua Henrique San Mindlin. Eles chegaram a chamá-lo pelo nome para ter a certeza de sua identidade. Houve tiroteio e o soldado conseguiu atingir um dos assaltantes, mas acabou baleado na cabeça. O criminoso morreu no pronto-socorro do Campo Limpo e o policial no Hospital M' Boi Mirim. Os outros dois bandidos fugiram em uma moto.
Ataque à base. A base da 4ª Companhia do 39º Batalhão, localizada no número 301 da rua Joapitanga, foi atacada à 1h30 por quatro criminosos em um carro roubado pouco antes. De acordo com o major André Luiz Ferreira, comandante operacional do 39º Batalhão, o carro subiu a rua e os criminosos dispararam, de dentro do veículo, cerca de dez tiros contra a base. Dois policiais estavam no local e ninguém se feriu.
Uma viatura da Força Tática do 39º Batalhão encontrou o veículo roubado na avenida José Pinheiro Borges. Houve perseguição e os criminosos bateram o carro em um poste, próximo ao Shopping Itaquera. Os quatro bandidos trocaram tiros com os dois soldados que estavam na viatura. Um dos criminosos foi baleado e morreu. Um dos policiais levou um tiro no peito, mas usava colete à prova de balas e sofreu apenas escoriações. Os outros três suspeitos fugiram a pé.
Onda de violência. O policial Vaner Dias, de 44 anos, da Cavalaria, foi moto na noite de quarta-feira, quando dava aula de jiu-jítsu em uma academia na avenida Caneiro Ribeiro, na Vila Formosa. Três homens entraram dizendo que estavam interessados em conhecer a academia e executaram Dias a tiros.
Na madrugada desta quinta-feira, a base da 4ª Companhia do 38º Batalhão, na Avenida Luís Pires de Minas, em São Mateus, foi atacada a tiros por um homem em uma moto e quatro em um Pálio. Ninguém se feriu no ataque.

Polícia realiza buscas em sítio de empresário envolvido no Caso Décio

Advogado do empresário Júnior Bolinha não quis falar sobre o caso.
Três cães e dois animais silvestres foram encontrados na propriedade.

Do G1 MA com informações da TV Mirante

A polícia cumpriu nessa quinta-feira (21) um mandado de busca e apreensão em um sítio de propriedade do empresário Júnior Bolinha, suspeito de ter contratado o pistoleiro que executou o jornalista Décio Sá em abril deste ano. O repórter David Peres mostrou o sítio do empresário em reportagem do JMTV 2ª Edição dessa quinta-feira (21).
O acesso da equipe de reportagem não foi permitido pelos policiais da Superintendência Especial de Investigações Criminais (SEIC), que também não quiseram gravar entrevista. Eles cumpriam um mandado de busca e apreensão. A casa de dois pavimentos fica em um local discreto, de difícil acesso, no loteamento Verde Mar, município de Raposa, a 28 quilômetros de São Luís.
Não havia ninguém no sítio onde Júnior Bolinha passava a maior parte do dia. Havia só três cães e o Ibama foi acionado também, porque lá dentro estavam também dois animais silvestres: um macaco prego e uma arara.
Sítio do empresário Júnior Bolinha foi vistoriado hoje pela polícia (Foto: Reprodução/TV Mirante)Sítio do empresário Júnior Bolinha foi vistoriado hoje pela polícia (Foto: Reprodução/TV Mirante)
O sítio é cercado de verde. Piscina com cascata. Também foram encontrados um triciclo no pátio, além de uma empilhadeira. O advogado de Júnior Bolinha também esteve no local, mas não quiseram falar com os jornalistas.
O mandado de busca e apreensão tinha o objetivo de localizar qualquer objeto, documento, computadores, que possam ligar Júnior Bolinha aos crimes dos quais ele é suspeito. Mas, segundo os policiais, nada foi encontrado.
Raimundo Sales Charles Junior, o Júnior Bolinha, é um dos principais suspeitos do assassinato do jornalista Décio Sá. Ele teria contratado o pistoleiro Jhonatan Sousa, juntamente com o agiota Gláucio Alencar, por R$ 100 mil, para matar o jornalista.
DesdobramentosEm um de seus depoimentos à polícia, que vazou em um blog na internet, o pistoleiro diz que o serviço tinha partido de Raimundo Cutrim. Perguntado pela polícia quem era Raimundo Cutrim, se era o deputado, Johnatan disse que sim, que era pra ele o serviço e que tinha ligação direta com o capitão, o policial militar conhecido como Fábio Capita, que também está preso.
O pistoleiro afirma ainda que Cutrim é citado pelo Júnior Bolinha como sendo o principal mandante da morte do Decio Sá. Depois da sessão na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Raimundo Cutrim comentou o depoimento. Admitiu conhecer alguns dos principais envolvidos no crime e disse que se surpreendeu de ser citado, negando qualquer envolvimento no crime.
Em Imperatriz, a governadora Roseana Sarney falou que vem acompanhando as investigações e que não acredita na participação do deputado Cutrim no assassino do jornalista Décio Sá.