Latin America Corruption Survey, foi coordenado pelas bancas Miller & Chevalier e Matteson Ellis Law.
A pesquisa contou com a ajuda de 439 participantes. O escritório que representou o Brasil foi o Koury Lopes Advogados. O ponto alto do trabalho, divulgado nesta semana, é tentar responder uma questão que preocupa os investidores: até que ponto a corrupção é capaz de interferir nos negócios? A resposta é que atrapalham, e quem sofre, em geral, fica calado.
Metade dos participantes acredita ter perdido oportunidades em virtude de pagamentos ilegais feitos nas regiões pesquisadas. Além disso, 44% afirmam: a corrupção é, sim, um obstáculo significante a ser transposto.
Mesmo assim, as vítimas de corrupção preferem o silêncio, já que 87% dos afetados não informaram as autoridades competentes sobre o ocorrido. No Brasil, só 7% dos prejudicados tomaram alguma atitude nesse sentido. Já a Colômbia alcançou um índice de reação de 38% em relação aos casos sofridos.
Se a autoridades competentes estão desacreditadas, as leis contra a corrupção não ficam atrás. Dos entrevistados, apenas 28% disseram acreditar que as normas em vigor são eficientes no combate ao problema. Um terço duvida que o criminoso seja, de fato, investigado. No Brasil, só 17% creem que as leis que regulam o assunto são apropriadas e 75% acreditam que o criminoso será mesmo investigado.
Chile (76%) e Estados Unidos (70%) são vistos como os países que possuem as mais eficazes leis anticorrupção pelos pesquisados. Já o Paraguai (0%) e a Guatemala (2%) receberam as pontuações mais baixas relacionadas a eficácia das normas.
Em 2008, um relatório semelhante foi elaborado pela Miller & Chevalier. De lá pra cá, a percepção sobre a possibilidade de punição mudou. Naquele ano, só 18% dos entrevistados disseram acreditar na eficácia dessas leis.
As empresas dos Estados Unidos que atuam na América Latina estão priorizando o cumprimento das leis, aponta a pesquisa. Dessas, 92% dizem ter desenvolvido políticas anticorrupção, 90% implementaram treinamento anticorrupção e 90% estabeleceram procedimentos relativos a presentes, viagens e entretenimento para os funcionários.
Clique aqui para ler o relatório (em inglês).
Colômbia, México, Brasil, Bolívia, Argentina, Equador, Paraguai, Guatemala e Venezuela têm algo em comum além de pertencerem à América Latina. Todos foram citados como locais de alto índice de corrupção em relatório elaborado por 14 escritórios de advocacia, cada um de um país das Américas. O trabalho, intitulado A pesquisa contou com a ajuda de 439 participantes. O escritório que representou o Brasil foi o Koury Lopes Advogados. O ponto alto do trabalho, divulgado nesta semana, é tentar responder uma questão que preocupa os investidores: até que ponto a corrupção é capaz de interferir nos negócios? A resposta é que atrapalham, e quem sofre, em geral, fica calado.
Metade dos participantes acredita ter perdido oportunidades em virtude de pagamentos ilegais feitos nas regiões pesquisadas. Além disso, 44% afirmam: a corrupção é, sim, um obstáculo significante a ser transposto.
Mesmo assim, as vítimas de corrupção preferem o silêncio, já que 87% dos afetados não informaram as autoridades competentes sobre o ocorrido. No Brasil, só 7% dos prejudicados tomaram alguma atitude nesse sentido. Já a Colômbia alcançou um índice de reação de 38% em relação aos casos sofridos.
Se a autoridades competentes estão desacreditadas, as leis contra a corrupção não ficam atrás. Dos entrevistados, apenas 28% disseram acreditar que as normas em vigor são eficientes no combate ao problema. Um terço duvida que o criminoso seja, de fato, investigado. No Brasil, só 17% creem que as leis que regulam o assunto são apropriadas e 75% acreditam que o criminoso será mesmo investigado.
Chile (76%) e Estados Unidos (70%) são vistos como os países que possuem as mais eficazes leis anticorrupção pelos pesquisados. Já o Paraguai (0%) e a Guatemala (2%) receberam as pontuações mais baixas relacionadas a eficácia das normas.
Em 2008, um relatório semelhante foi elaborado pela Miller & Chevalier. De lá pra cá, a percepção sobre a possibilidade de punição mudou. Naquele ano, só 18% dos entrevistados disseram acreditar na eficácia dessas leis.
As empresas dos Estados Unidos que atuam na América Latina estão priorizando o cumprimento das leis, aponta a pesquisa. Dessas, 92% dizem ter desenvolvido políticas anticorrupção, 90% implementaram treinamento anticorrupção e 90% estabeleceram procedimentos relativos a presentes, viagens e entretenimento para os funcionários.
Clique aqui para ler o relatório (em inglês).
Marília Scriboni é repórter
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