O secretário de Estado de Segurança Pública, Aluísio Mendes, revelou, hoje (13), em entrevista coletiva, o que já se suspeitava: no bojo das investigações sobre a morte do jornalista e blogueiro Décio Sá, a Polícia Civil descobriu a existência de uma quadrilha que “sangrava” os cofres públicos com agiotagem.
“Essa quadrilha era um verdadeiro câncer que sangrava os cofres do nosso estado e cometia várias barbaridades no Maranhão”, revelou, referindo-se à atuação dos empresários José de Alencar Miranda, o “Miranda”, e seu filho Glaucio Alencar, acusados pelo secretário de praticar agiotagem.
“Eles praticavam agiotagem. Inúmeros documentos de prefeituras foram encontrados na casa dos dois agiotas, como formulários bancários, cheques assinados e notas de empenho”, disse. A autação da quadrilha era tão ampla que há casos de crimes federais cometidos pelos acusados.
“Em alguns casos, nós achamos até que a competência da investigação não será nossa e nós repassaremos aos órgãos competentes”, completou Aluísio.
Lista
O delegado Jeffren Furtado revelou, ainda, que a quadrilha presa nesta quarta tinha em mãos uma lista com mais seis pessoas que deveriam ser mortas nos próximos dias.
Segundo ele, a elucidação do crime acabou por salvar a vida de Junior Bolinha. “Ele estava marcado para morrer no último domingo [dia 10], mas a prisão do exectuor evitou a morte dele”, disse.
Calote
Ainda de aocordo com o secretário Aluísio Mendes, foi um calote aplicado por Junior Bolinha no executor do crime, Jhonatan de Sousa, que facilitou as investigações.
O executor deveria receber R$ 100 mil pelo assassinato de Décio Sá. Miranda repassou o dinheiro a Bolinha, que só entregou R$ 20 mil a Jhonatan.
O pistoleiro já havia saído do estado, mas acabou retornando para cobrar o pagamento do restante do que foi acordado. Foi isso o que possibilitou sua prisão, aqui mesmo em São Luís.
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