sábado, 29 de dezembro de 2012

São Luís bate Nova Iorque em assassinatos

http://www.sistemadifusora.com.br/maranhao/item/20101-são-luís-bate-nova-iorque-em-assassinatos

 o número de assassinatos registrados até a última quarta-feira (26), em São Luís, é 75% superior ao anotado em Nova Iorque, a terceira maior cidade do mundo, com 8,1 milhões de habitantes – na região metropolitana são 18,9 milhões.
Nesta sexta-feira, a prefeitura da cidade norte-americano divulgou os dados até agora anotados em todo o ano. Os homicídios são os menores desde 1963. Foram 414 casos de morte violenta por arma de fogo ou branca.
São Luís registrou até a quarta-feira passada, 692 assassinados. Somente no mês de dezembro, foram 77, segundo estatística do Instituto Médico Legal em São Luís. Esses números são apenas da Grande São Luís, que tem 1,5 milhão de habitantes. A capital maranhense possui 1,1 milhão.
Se for levado em conta todo o estado do Maranhão, a taxa de homicídios é bastante elevada. Não há dados confiáveis, pois a própria Secretaria de Segurança Pública se perde em conceitos e dados em torno das mortes violentas. Em tempo: o Maranhão possui 6,5 milhões de habitantes, bem menor, portanto que a cidade de Nova Iorque.
A diferença do número da população com os casos de assassinatos entre as duas cidades é gigantesca, assim como sua política de segurança pública. Enquanto no Maranhão as autoridades se perdem no gerenciamento da questão, em Nova Iorque a explicação para estas cifras é, segundo a prefeitura, as táticas efetivas da polícia para prevenir o crime e a expansão dos programas sociais em termos de justiça.
Com a queda observada em 2012, a taxa de homicídios em Nova York é de 3,8 por 100.000 habitantes, de longe a mais baixa para uma grande cidade norte-americana, segundo a prefeitura.
Segundo seus dados, se Nova York tivesse a mesma taxa de homicídios que Chicago (norte), registraria mais de 1.400 assassinatos anuais, o triplo da cifra atual. O nível mínimo histórico anual de homicídios era 2009, informou o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, em um ato da polícia nova-iorquina.
Nova York registrava 414 homicídios até 28 de dezembro de 2012 e se transformará, dentro de alguns dias, no ano com menos assassinatos na cidade, após a redução do número de 471 assassinatos registrados em 2009, que era o mínimo até agora.
"Está bastante claro que vamos bater esse recorde e vamos fazer isso com folga", disse Bloomberg em um ato da polícia nova-iorquina. Em 2011 a cidade registrou 515 assassinatos. Um ano antes foram 536.
"Os homicídios caíram este ano 19% em relação ao ano passado. Caíram 35% comparado com 11 anos atrás, quando começou nossa administração", acrescentou o prefeito.
A cidade começou a registrar uma forte redução a partir de 1994, com a chegada à prefeitura de Rudolph Giuliani e seu sistema de "tolerância zero".
Dos 1.946 homicídios registrados em 1993, o número passou a 1.561 no ano seguinte e a 1.177 em 1995. No final do mandato de Giuliani, em 2001, foram contabilizados 649 assassinatos.



Texto de Gilmar Corrêa com agências internacionais.
http://tv.estadao.com.br/videos,OPERACAO-CRACOLANDIA-E-ESCALADA-DE-VIOLENCIA-EM-SP-SAO-DESTAQUES,191511,250,0.htmhttp://tv.estadao.com.br/videos,OPERACAO-CRACOLANDIA-E-ESCALADA-DE-VIOLENCIA-EM-SP-SAO-DESTAQUES,191511,250,0.htm

Diretor do CDP vai depor no 12º DP para explicar fuga dos 4 ‘caixeiros’

 
Inquérito instaurado tentará descobrir se houve facilitação para que os presos saíssem do Centro de Detenção pelo muro da frente
 
 
 
O 12º Distrito Policial (Maracanã) já abriu inquérito para apurar a fuga dos quatro presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas, registrada no início da tarde de domingo (23). Ontem, a Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) confirmou que o diretor da unidade prisional, Ideraldo Gomes, já foi intimado a prestar depoimento segunda-feira (31) sobre o caso.

http://imirante.globo.com/oestadoma/noticias/2012/12/29/pagina236720.asp

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Jogador deixa webcam ligada e sexo com namorada é visto por 200 mil

Homem transmitia partida de 'World of Warcraft' para seguidores.
Gamer só percebeu o incidente no dia seguinte.


Um jogador de “World of Warcraft” apelidado “Murdaralph” transmitiu ao vivo uma partida de “Mists of Pandaria” para diversos de seus seguidores ao redor do mundo. Ao final do jogo, o homem esqueceu de desligar sua webcam, que continuou gravando e transmitindo ao vivo imagens de seu quarto, flagrando o momento em que o jogador fez sexo com sua namorada.

A câmera gravou toda a relação do casal, e o link começou a ser compartilhado por centenas de milhares de pessoas. Murdaralph não percebeu o deslize até a manhã seguinte, quando foi até seu computador e viu que ele ainda fazia a transmissão, de acordo com o jornal dinamarquês “Ekstra Bladet.”.

Jogador esqueceu câmera ligada, que filmou toda a noite do casal (Foto: Reprodução)Jogador esqueceu câmera ligada, que filmou toda a noite do casal (Foto: Reprodução)

Em um post na rede social “Reddit”, Murdaralph afirmou que o ato não foi proposital, e que ele não tinha ideia que a câmera ainda estava ligada. O homem teria enviado uma mensagem à namorada explicando o episódio, e ela teria respondido que "queria matá-lo”. Ao saber que a transmissão tinha sido assistida por mais de 200 mil pessoas, ela teria parado de se corresponder com ele.

O vídeo da transmissão havia sido hospedado em um site de streaming, e já foi removido. Todavia, algumas pessoas conseguiram gravar a transmissão, e a postaram em sites de vídeos pornográficos.

Relação sexual acabou sendo transmitida para mais de 200 mil pessoas (Foto: Reprodução)Relação sexual acabou sendo transmitida para mais de 200 mil pessoas (Foto: Reprodução)


















 

Tatuagem anal vira moda em evento nos EUA

Modalidade foi apresentada em evento que reúne tatuadores, na Flórida.
Participante diz já ter tatuado o nome de dois ex-namorados no ânus.



Uma modalidade de tatuagem pouco conhecida pode se tornar uma nova tendência segundo participantes de um evento sobre o tema realizado no fim de semana em um centro de convenções da Flórida, nos Estados Unidos.

A tatuagem anal chamou a atenção dos visitantes da 17ª edição da South Florida Tatoo Expo, evento que reúne anualmente, além de tatuadores, atrações musicais, carros, shows exóticos.

Uma das participantes do evento contou ao site “New Times”, de Palm Beach, já ter tatuado o nome de dois ex-namorados no ânus e garantiu que tatuar o local é “muito, muito bom”.

Participante de evento de tatuadores na Flórida se submete à tatuagem anal (Foto: Reprodução / 'New Times')Participante de evento de tatuadores na Flórida se submete à tatuagem anal (Foto: Reprodução / 'New Times')

Quatro bandidos perigosos fogem da Central de Custódia

Sérgio Támer não consegue resolver o problema da superlotação nas celas. Foto: Reprodução
http://www.luiscardoso.com.br/


Antes de encerrar o ano, a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária tentou esconder uma informação nada agradável aos maranhenses.
Há quatro dias fugiram da Central de Custódia quatro perigosos bandidos, que estão soltos e bem próximo de nossos lares. São arrombadores de bancos e até estupradores.
Somente ontem, depois de não conseguir esconder mais o fato, é que a Secretaria comandada pelo advogado Sérgio Támer comunicou a fuga para a Secretaria de Segurança Pública.
Em Imperatriz, a superlotação tem possibilitado novas fugas, a exemplo dos seis detentos que tomaram rumo ignorado, serrando as celas.
A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária tem sido o ponto mais frágil do atual governo. Por diversas vezes Támer andou na corda bomba. E sempre que a lâmina se aproximou do seu pescoço, ele corre para Brasília e se pendura no fardão do senador José Sarney.
As construções de presídios não estão dando resultados, exceto para algumas construtoras que não resistem a uma auditoria nos preços das obras.

os "caixeiros" vazaram do CDP

"Os caixeiros,"  arrombadores de caixas eletrônicos,   a policia os prende , tira -os de circulação, mas eles  se evadem  do sistema penitenciário,   se não der  para sair  por baixo da terra  dá pela porta da frente. Ha alguns  meses atrás      estes  "caixeiros    tentaram  fugir através de um  túnel,   o  serviço de  inteligência da  ssp   , sob  comando de  Laércio  descobriu  e    frustou a fuga,    a  secretaria de justiça  e  ad ministração penitenciária   se  apressou em  divulgar que foi o seu  "serviço de inteligência" quem descobriu  a  fuga, o ssp  por sua vez  afirma  que  foi o serviço de inteligência da SSP quem descobriu.  O fato  é  que os meios de comunicação  , inclusive o repórter Marcial  Lima   divulgou  que  havia    a possibilidade  da fuga,  ou melhor  a tentativa de fuga  ter custado  $ 150.000.00,  o diretor do  CDP  reconheceu  que  os  "caixeiros " eram  articulados. .Passados  quase  3 meses   alguns desses caixeiros    conseguiram o  seu objetivo,  4 deles   evadiram -se do  Mesmo CDP, isso   caros  leitores,  eles  continuaram no Mesmo CDP e fugiram  no último domingo,  a  SSP  SÓ FOI INFORMADA  ONTEM.     O provérbio  que rola  no sistema  agora  é  "ajoelhou tem que rezar".  O      CDP  é uma das unidades da capital onde mais morreram detentos nos últimos  4  anos  e ocorrem muitas fugas,.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Comando da PM irá investigar morte de coletor de lixo em Avaré, SP



Bíblia da vítima foi confundida com arma durante abordagem policial.
PM que fez o disparo está preso e foi transferido para presídio em SP.



Nesta quinta-feira (27), o comando da Polícia Militar de Avaré (SP) informou que irá apurar o assassinato do coletor de lixo Antônio Marcos dos Santos, de 42 anos. O homem foi morto na noite de quarta-feira (26) próximo à casa onde morava, no bairro Bonsucesso, por um policial militar que confundiu a Bíblia que a vítima levava no bolso com uma arma.
De acordo com o major Maurício José Raimundo, o tiro foi disparado por um cabo da PM. Para Raimundo, o caso foi uma tragédia. "O policial envolvido é considerado um bom profissional. Não tem histórico de violência. Infelizmente foi uma fatalidade", comenta.
O policial foi preso e encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, na capital paulista, local onde ficam detidos policiais militares investigados.
A morte é investigada pela Polícia Civil. O inquérito foi instaurado no 2º Distrito Policial. De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima estava a pouco mais de dez metros da casa e seguia para uma igreja levando uma Bíblia. Ele foi abordado pelos PMs e recebeu ordens para levantar os braços por diversas vezes. Quando obedeceu, o policial notou o volume no bolso da vítima e achou que se tratava de um revólver. O cabo da PM atirou contra a vítima que foi atingida no pescoço. O homem foi socorrido pelos próprios policiais ao pronto-socorro da cidade, mas não resistiu o ferimento.
No velório da vítima, emoção e revolta dos familiares. O irmão do funcionário público, José Valdecir Côrrea, conta que Santos nunca teve problemas com a polícia e era uma pessoa dedicada ao trabalho. "Ele saia de casa às 4h30 para trabalhar e voltava ao meio dia. Tomava um banho e ia descansar. Quando dava, ia para a igreja. Nunca fez nada de errado", diz. Com a morte trágica, a família pede providência das autoridades policias. “Precisamos de Justiça. Que o responsável pague pela morte do meu irmão”, diz.
Santos será enterrado nesta sexta-feira (28) no cemitério municipal, às 9h. O velório é realizado em um espaço anexo ao cemitério.
Bóblia que a vítima leva no bolso foi confundida com arma. (Foto: Reprodução TV Tem)Bíblia que a vítima leva no bolso foi confundida com arma. (Foto: Reprodução TV Tem)
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De acordo com o major Maurício José Raimundo, o tiro foi disparado por um cabo da PM. Para Raimundo, o caso foi uma tragédia. "O policial envolvido é considerado um bom profissional. Não tem histórico de violência. Infelizmente foi uma fatalidade", comenta.

O policial foi preso e encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, na capital paulista, local onde ficam detidos policiais militares investigados.

A morte é investigada pela Polícia Civil. O inquérito foi instaurado no 2º Distrito Policial. De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima estava a pouco mais de dez metros da casa e seguia para uma igreja levando uma Bíblia. Ele foi abordado pelos PMs e recebeu ordens para levantar os braços por diversas vezes. Quando obedeceu, o policial notou o volume no bolso da vítima e achou que se tratava de um revólver. O cabo da PM atirou contra a vítima que foi atingida no pescoço. O homem foi socorrido pelos próprios policiais ao pronto-socorro da cidade, mas não resistiu o ferimento.


No velório da vítima, emoção e revolta dos familiares. O irmão do funcionário público, José Valdecir Côrrea, conta que Santos nunca teve problemas com a polícia e era uma pessoa dedicada ao trabalho. "Ele saia de casa às 4h30 para trabalhar e voltava ao meio dia. Tomava um banho e ia descansar. Quando dava, ia para a igreja. Nunca fez nada de errado", diz. Com a morte trágica, a família pede providência das autoridades policias. “Precisamos de Justiça. Que o responsável pague pela morte do meu irmão”, diz.

Santos será enterrado nesta sexta-feira (28) no cemitério municipal, às 9h. O velório é realizado em um espaço anexo ao cemitério.

Bóblia que a vítima leva no bolso foi confundida com arma. (Foto: Reprodução TV Tem)Bíblia que a vítima leva no bolso foi confundida com arma. (Foto: Reprodução TV Tem)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Casamento de argentina com assassino de sua irmã é suspenso



Mãe das jovens diz filha está 'privada de sua razão' e pediu suspensão.
Victor está preso pelo assassinato; a noiva acredita em sua inocência.


O casamento entre uma mulher de 22 anos com um homem preso pelo assassinato de sua irmã gêmea, previsto para esta sexta-feira (21) na província argentina de Santa Cruz (sul), foi suspenso por um pedido formal da mãe das jovens.

A justiça suspendeu a cerimônia depois que a mãe das moças apresentou uma solicitação no Registro Civil da cidade de Pico Truncado.

O argumento da mãe, Marcelina Orellana, é que a jovem "não se encontra no uso correto de suas faculdades, privada de sua razão e com perigo de integridade física e psíquica", disse Fabián Farías, advogado da mulher.

Edith pretende se casar com Víctor Cingolani, um homem que está preso, condenado a 13 anos, pelo assassinato, em 2010, de Johana Casas, irmã gêmea de Edith.

"Ele é do tipo que não machuca ninguém; ele não a matou, vai sair livre e vamos ser felizes", disse Edith à imprensa sobre seu namorado há alguns dias, acrescentando que "a justiça agiu mal e vamos comprovar isso".

O casal agora aguarda decisão da justiça sobre o assunto

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mensalão: Barbosa não descarta tese sobre prisão imediata

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse hoje (20) em entrevista coletiva que a execução imediata das sentenças da Ação Penal 470, o processo do mensalão, não pode ser comparada com a tradição de julgamentos anteriores da Corte. Até hoje, o STF tem entendido que as prisões só podem ser decretadas quando não há mais possibilidade de recurso. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, reforçou ontem (19) pedido para prisão imediata dos condenados, que será julgado amanhã (21) por Barbosa.

Segundo o presidente, o STF sempre analisou pedidos de prisão em processos que corriam em outras instâncias, e não no próprio STF. "É a primeira vez que o STF tem que se debruçar em pedido de execução de pena decretado por ele mesmo, o STF, porque acima não há qualquer Tribunal", explicou o ministro, descartando a vinculação automática a decisões anteriores do Supremo.

O fato de o STF ser a última instância de julgamento é o principal argumento usado por Gurgel para justificar a execução imediata das sentenças do mensalão. O procurador-geral apresentou a questão na defesa oral em agosto, no início do processo, e reforçou o pedido ontem por meio de nova petição. Como o STF já está de recesso de fim de ano, a questão será julgada individualmente por Barbosa.

Em petições protocoladas nesta semana, advogados dos condenados alegam que a questão não é urgente e pode esperar a volta do plenário em fevereiro. Também argumentam que a decisão não pode ser executada enquanto todos os recursos não forem apreciados, porque em tese, ainda há chance de alteração no resultado do julgamento.

Perguntado se a prisão preventiva pode ser justificada pelo risco de fuga dos réus, Barbosa disse não vislumbrar algo que possa atrapalhar o andamento da ação penal. "Com o recolhimento dos passaportes acho que diminuiu significativamente". O ministro ainda lembrou que o pedido de prisão preventiva já foi formulado pelo Ministério Público no início do processo, o que foi negado por ele, mas que agora "o momento é outro".

Como ministro plantonista, Barbosa pode decidir sobre o pedido do Ministério Público de várias formas: rejeitando o pedido do procurador-geral, adiando para análise do plenário em fevereiro, acatando parcialmente ou totalmente. "Nós exercemos essa função correndo todos os riscos. Ministros de Suprema Corte têm que exercer seu trabalho com total responsabilidade. Devem sopesar efeitos e responsabilidades de suas decisões. E cada um assume o risco que acha necessário e possível assumir", analisou Barbosa.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Especialistas divergem sobre eficácia do modelo


  • Atualizado:
    
Operário trabalha na fase final de acabamento do primeiro pavilhão do presídio construído por uma PPP em Minas Gerais
Foto: Pedro Silveira / Agência O Globo
    Operário trabalha na fase final de acabamento do primeiro pavilhão do presídio construído por uma PPP em Minas Gerais


    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/especialistas-divergem-sobre-eficacia-do-modelo-7063354#ixzz2FeBX3l5d
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  • Brasil já tem 26 prisões administradas por empresas privadas

  • SÃO PAULO - A inauguração das duas primeiras Parcerias Público-Privadas (PPPs) de presídios no Brasil reacendeu o debate sobre os limites da participação da iniciativa privada no sistema penitenciário, o que já é uma realidade no país. Há hoje no Brasil 26 prisões em seis estados — Bahia, Sergipe, Santa Catarina, Espírito Santo, Tocantins e Amazonas — que são administradas por sete empresas privadas em contratos de cogestão. Com a entrada em funcionamento das PPPs, serão 19.428 presos cujas rotinas estarão sob o cuidado de empresas como Reviver Administração Penitenciária, Instituto Nacional de Administração Prisional (Inap), Montesinos, Auxílio, Socializa, Horizonte e Humanizari, além dos consórcios vencedores de contratos de PPP em Minas e Pernambuco. Todos empregam cerca de cinco mil pessoas.
    — Sou contra a prática, apesar do estado lastimável dos presídios públicos no Brasil — diz Carlos Weis, coordenador do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública de São Paulo e ex-membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. — Vejo um potencial grande de corrupção, como políticos que são cooptados por indústrias de armamentos e que podem ser cooptados por empresas de administração de presídios. Além disso, quando o sistema prisional vira um negócio, há uma tendência de endurecimento da legislação para aumentar a população carcerária, o que vai no sentido contrário do que estão fazendo países mais desenvolvidos, de estabelecer punições alternativas ao encarceramento.
    — Há uma ideia firmada de que o Estado não sabe administrar nada, o que é uma falácia. A prerrogativa da garantia da segurança é do Estado pela Constituição, então, não se pode colocar o sistema prisional, que faz parte disto, em mãos privadas — diz Alessandra Teixeira, presidente da Comissão de Sistema Prisional do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.
    — Não há indicadores que provem que os índices de ressocialização no país sejam maiores entre presos que vêm de presídios administrados pela iniciativa privada. — afirma a socióloga Julita Lemgruber, ex-diretora do Departamento do Sistema Penitenciário. — A privatização aumenta a sensação de que o problema do crime está sendo resolvido e diminui o ímpeto das autoridades de pensarem alternativas para melhorar o sistema de ressocialização e prevenção do crime.
    — Há registros de torturas e maus-tratos de presos em unidades administradas pela iniciativa privada. Em alguns, pela lógica de maximizar o lucro, presos possuem dois minutos para tomar banho, já que a ideia é economizar água o máximo possível — diz o advogado José de Jesus Filho, assessor jurídico da Pastoral Carcerária.
    Custo alto em presídios federais
    Os argumentos a favor da privatização também são muitos. Em primeiro lugar, ponderam os defensores, o estado lastimável das prisões brasileiras, superlotadas e palco de abusos variados contra os direitos humanos mais básicos, evidenciam a incapacidade do Estado de lidar com o problema. E o cenário só tende a piorar com a pressão da sociedade por penas mais severas — incluindo o encarceramento — para crimes de todos os tipos.
    — O custo dos presos nas penitenciárias administradas pela iniciativa privada varia em torno de R$ 3 mil, enquanto os presídios federais gastam entre R$ 4 mil e R$ 7 mil por preso, incluindo o custo da construção dos presídios. Os índices de reincidência no crime, entre presos advindos das penitenciárias públicas, é em torno de 60%, enquanto entre as penitenciárias administradas pela iniciativa privada a taxa cai para cerca de 15% — diz Odair Conceição, sócio da Reviver e presidente da Associação Brasileira das Empresas Especializadas na Prestação de Serviços a Presídios.
    — O sistema prisional se tornou um desastre na recuperação de presos no Brasil. No mundo, os indicadores são relativos, mas os melhores casos são vistos em presídios administrados pela iniciativa privada. A resistência ao modelo é basicamente ideológica, mas a gente não pode esquecer que o Estado está no controle da execução e fiscaliza o agente penitenciário privado — diz Luiz Flávio D'Urso, presidente da seção paulista da Ordem dos Advogados (OAB-SP).


    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/especialistas-divergem-sobre-eficacia-do-modelo-7063354#ixzz2FeAfW8SO
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    A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), divulgou nota na tarde desta quarta-feira (19), com informações sobre o estado de saúde do secretário Aluísio Mendes.

    http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/12/19/interna_urbano,127285/com-problemas-de-calculo-renal-aluisio-mendes-segue-internado-ate-esta-quinta-feira.shtml

    A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), divulgou nota na tarde desta quarta-feira (19), com informações sobre o estado de saúde do secretário Aluísio Mendes.

    A nota informa que, por volta das 9h da manhã desta quarta-feira, o secretário sentiu fortes dores abdominais, tendo recebido atendimento médico no UDI Hospital, no bairro do Jaracaty.

    Na unidade de saúde, o titular da Segurança Pública, passou por uma bateria de exames, em que foi diagnosticado um problema de cálculo renal. Aluísio Mendes deve permanecer internado até esta quinta-feira (20) no UDI Hospital, onde está sendo submetido a procedimentos médicos.

    Internado às pressas

    Aluísio Mendes foi levado às pressas para o hospital, após se sentir mal, quando estava aguardando a imprensa para conceder entrevista coletiva a respeito das últimas acusações que tem sido alvo por parte do deputado Raimundo Cutrim.

    terça-feira, 18 de dezembro de 2012

    Vândalos colocam fogo em escola na Vila Janaína, em São Luís

    http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/12/vandalos-colocam-fogo-em-escola-na-vila-janaina-em-sao-luis.html

    Escola Roseno de Jesus Mendes teve três salas destruídas.
    Segundo a polícia, o incêndio teria sido provocado por vândalos.


    Na madrugada desta terça-feira (18) uma escola municipal, na Vila Janaína, foi incendiada por vândalos. A escola Roseno de Jesus Mendes teve duas salas de aula destruídas pelo fogo além de uma sala de informática.
    Segundo a polícia, o incêndio teria sido provocado por vândalos, que ainda deixaram mensagens ameaçadoras nas paredes da unidade de ensino. O Corpo de Bombeiros foi chamado e o fogo foi controlado. Não houve feridos. A escola não tem vigia e já foi alvo de arrombamentos.
    Nove computadores, armários com livros, ar condicionado, mais de 230 quites de material escolar, com roupa, calçados e bolsas que seriam entregues aos alunos foram queimados. Mais de 200 pacotes de leite em pó que seriam distribuídos as crianças também foram consumidos pelo fogo.
    A escola vai ficar fechada e os professores afirmam que só vão retornar para as salas de aula com uma garantia de segurança.

    Sala ficou completamente destruída após incêndio. (Foto: Douglas Pinto)Sala ficou completamente destruída após incêndio. (Foto: Douglas Pinto)

    segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

    Superintendente fala sobre caso do operário vítima de violência policial

    • Matéria foi exibida no Fantástico nesse domingo (16).
      Operário foi considerado pela Justiça como autor das agressões.

    • Em entrevista ao Bom Dia Mirante desta segunda-feira (17), o superintendente da Polícia Civil, Sebastião Uchôa, falou sobre a matéria divulgada nesse domingo (16), no Fantástico, que mostrou o caso de agressão policial que ocorreu no dia 15 de julho do ano passado.



    http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/12/superintendente-fala-sobre-apreensoes-caca-niqueis-em-sao-luis.
    Um operário de uma companhia de água foi agredido por policiais. Ele acabou tendo que indenizar um dos agressores. As imagens da agressão foram gravadas. Nas imagens, é possível ver que o policial aponta uma arma. O delegado abriu um processo contra o operário, se dizendo vítima de agressão. Na versão de Alberto Castelo Branco, o operário teria jogado uma mangueira nele. A Justiça determinou que o operário pagasse multa de R$ 200 e o processo foi encerrado.
    "O fato concreto é que o processo administrativo ainda não se findou, uma vez que não há uma decisão sobre esse caso. Inclusive ele foi distribuído recentemente para mim, que sou membro e relator do Conselho de Polícia. Existem duas exposições de motivos, recomendando pelo arquivamento e o relator acata se quiser, em termos de interpretação. O que existe de maneira concreta é uma decisão judicial em razão do delegado Castelo Branco ter ingressado primeiramente contra o operário, e ali ter feito uma transação penal. Automaticamente, a polícia juduciária instaurou um TCO, em desfavor ao delegado, de forma que foi remetido à Justiça por crime de abuso de autoridade. Quem vai interpretar a parte administrativa é o relator, eu não posso é antecipar meu voto, ainda mais diante da imprensa, isso deve levar ainda uns dois meses. Me parece que não existe laudo constando lesão corporal à pessoa do conduzido, mas sim,

    Região do São Raimundo vira uma verdadeira terra sem lei




    Região do Conjunto São Raimundo, virou uma verdadeira terra sem lei. Em dez meses, foram registrados 136 assassinatos


    Bairro do São Raimundo, região com alto índice de violência,é comandada por traficantes que cobram pedágio e ameaçam as pessoas (Gilson Teixeira/OIMP/D.A Press)


    As comunidades encravadas na região circundante da reserva florestal,da Força Aérea Brasileira se constituem num verdadeiro território sem lei, onde homens cruéis se revelam também sem alma. Esta região é da circunscrição da 15ª Delegacia Distrital (Conjunto São Raimundo), uma unidade do sistema de Segurança Pública que desprovida de recursos humano e técnico, se torna incapaz de atender às necessidades das comunidades atingidas por elevado índice de criminalidade e extremada violência.

    Trata-se de uma região dominada pelo narcotráfico, cujos chefes , motivados pela impunidade, se julgam senhores de tudo, acima do bem e do mal, com capacidade de julgar e executar seus antagonistas ou qualquer um do povo que contrarie suas vontades.

    Um jovem viciado foi executado somente porque o traficante estava desejoso de matar uma pessoa naquele dia. Outro foi seqüestrado e está desaparecido porque estava reformando sua casa, tornando-a mais bonita, sendo morador novo no bairro.

    Sua casa e de uma irmã foram saqueadas pelos traficantes que levaram tudo inclusive o vaso sanitário e a pia da cozinha. Diante de tanta violência e acinte, a população vive autêntica síndrome do medo, recusando-se a fazer qualquer comentário sobre os atos criminosos que testemunha no seu cotidiano.

    Vontade de matar

    Na manhã do último dia 3 de dezembro, Mabio Alves de Sousa, 23 anos, saiu do sítio de sua tia Maria do Carmo Alves Carvalho, onde trabalhava e foi até à Rua do Cajueiro, na Vila Romário, como habitualmente fazia e foi surpreendido por Augusto César Viana dos Santos, que sem qualquer discussão ou motivo aparente, sacou de um revólver e fez um disparo contra a cabeça da vítima. Mabio morreu no local.

    Antes de fugir, Augusto César, que seria traficante, entregou a arma usada no crime para um homem conhecido como "Louro", que seria ligado ao tráfico de drogas na região. Sabe-se que momentos antes de cometer o crime, Augusto César teria dito que naquele dia tinha que matar um. O fato foi comunicado na 15ª Delegacia Distrital e os investigadores realizaram diligências, porém não encontraram o acusado. Um inquérito foi instaurado para apurar responsabilidades.

    Morte e mistério

    Outro crime que está envolto em denso mistério é a morte do servente Celso Araújo Lopes, morador do Tibiri. Ele foi visto com vida pela última vez, por volta das 22 horas do dia 15 de agosto. Seu cadáver foi encontrado na noite do dia 17 do mesmo mês, no velho prédio do curtume desativado, no Tibiri. Celso era viciado em maconha e crack e teria saído na companhia do namorado de sua irmã Marinildes Lopes, identificado como Elson Santos Farias, conhecido como "Farinha" e o irmão deste, Manoel Santos Farias.

    Não retornou para casa de sua irmã Marinildes, onde morava, e seus acompanhantes negaram ter ficado com ele além das 20 horas, quando a vítima teria saído da casa de Manoel, após os três terem consumido drogas. Celso Araújo Lopes foi morto a facadas e seu corpo, já em estado de putrefação, foi encontrado dois dias depois, no interior do prédio do velho curtume. Um inquérito tem andamento na 15ª Delegacia Distrital ( São Raimundo) para apurar o crime.

    Sequestro e vandalismo

    Há seis meses o jovem Thailson Lopes Alves, 19 anos, recebeu uma casa que lhe foi presenteada pelo pai, o aposentado Isanil Alves, na Vila Cutia. No final da tarde do último dia primeiro dezembro, ele desapareceu e até agora não foi localizado. Teria saído para comprar alguns metros de piso. Há suspeitas de que Thailson foi seqüestrado pelo grupo do traficante conhecido como Maurinho, que aterroriza na
    Vila Cutia.

    Depois de receber a casa presenteada pelo pai, Thailson foi morar ali na casa 77 da Rua 31 com sua então companheira Larissa, de quem separou após saber que ele havia emprestado um revólver de sua propriedade para um morador daquele bairro, que seria um jovem com
    problemas de conduta.

    Conforme Isanil Alves, seu filho Thailson Alves ficou morando só e, mesmo estando desempregado, trabalhava como servente de pedreiro e
    aplicava o dinheiro que ganhava na melhoria da estrutura de sua casa. Comprou TV LCD de 40 polegadas, geladeira, aparelho de som, tendo colocado piso de cerâmica, pia de inox e revestimentos e pretendia construir uma piscina no quintal da casa. "Se tratava de uma moradia fora dos padrões do bairro e isto despertou inveja do traficante Maurinho", disse.

    Veja reportagem completa na edição impressa de hoje de O Imparcial

    Operário vítima de violência policial é considerado agressor pela Justiça

    http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2012/12/operario-vitima-de-violencia-policial-e-considerado-agressor-pela-justica.html

    Dia 15 de julho de 2011. Policiais descem do carro em uma rua interditada ao tráfego por funcionários da companhia de água, que estavam trabalhando no local. O carro de polícia tenta avançar. A rua não pode ser liberada e o delegado Alberto Castelo Branco e dois investigadores decidem levar o operário José Raimundo Ribeiro Pires preso por desacato.

    Pires leva um chute de um policial. O outro policial saca uma arma, aponta para o trabalhador e depois ameaça dar uma coronhada. O operário é posto no carro da polícia com muita violência. O celular dele cai e é chutado para longe pelo delegado.

    Quase um ano e meio depois do que aconteceu, nem o delegado e nem os investigadores envolvidos no caso receberam qualquer punição. Pelo contrário: no relatório interno da Polícia Civil, a conduta deles chega a ser elogiada e colocada como exemplo de atuação. E mais: quem aparece como agressor é o funcionário da companhia de água.

    A sindicância diz que as imagens "mostram o empenho dos investigadores de polícia, sob o olhar e auxílio do delegado agredido em sua integridade física e atacado em sua autoridade" e pede o arquivamento do caso.

    A atual delegada Geral do Maranhão, Maria Cristiana Menezes, que na época era da Corregedoria, é quem assina o relatório.

    "Os exames de corpo de delito do Seu Pires não comprovaram nenhuma agressão, nenhuma lesão. A minha preocupação é que a sociedade entenda que houve um ato de força proporcional, moderado e necessário naquele momento”, sustenta a delegada, apesar de as imagens contradizerem suas palavras.


    Um caso de agressão policial terminou de forma muito estranha. Uma vítima foi condenada a pagar multa para o agressor. O episódio aconteceu com um operário em São Luís do Maranhão.
    Dia 15 de julho de 2011. Policiais descem do carro em uma rua interditada ao tráfego por funcionários da companhia de água, que estavam trabalhando no local. O carro de polícia tenta avançar. A rua não pode ser liberada e o delegado Alberto Castelo Branco e dois investigadores decidem levar o operário José Raimundo Ribeiro Pires preso por desacato.

    Pires leva um chute de um policial. O outro policial saca uma arma, aponta para o trabalhador e depois ameaça dar uma coronhada. O operário é posto no carro da polícia com muita violência. O celular dele cai e é chutado para longe pelo delegado.

    Quase um ano e meio depois do que aconteceu, nem o delegado e nem os investigadores envolvidos no caso receberam qualquer punição. Pelo contrário: no relatório interno da Polícia Civil, a conduta deles chega a ser elogiada e colocada como exemplo de atuação. E mais: quem aparece como agressor é o funcionário da companhia de água.

    A sindicância diz que as imagens "mostram o empenho dos investigadores de polícia, sob o olhar e auxílio do delegado agredido em sua integridade física e atacado em sua autoridade" e pede o arquivamento do caso.

    A atual delegada Geral do Maranhão, Maria Cristiana Menezes, que na época era da Corregedoria, é quem assina o relatório.

    "Os exames de corpo de delito do Seu Pires não comprovaram nenhuma agressão, nenhuma lesão. A minha preocupação é que a sociedade entenda que houve um ato de força proporcional, moderado e necessário naquele momento”, sustenta a delegada, apesar de as imagens contradizerem suas palavras.
    Perguntada se seria normal o fato de um dos policiais ter sacado a arma e apontado para o operário, a delegada responde: “Nas imagens não consta isso. Consta que o policial - único que está armado - segura a arma no coldre. Analisando as imagens, verificamos que não houve arma apontada". Nas imagens, é possível ver que o policial aponta uma arma.
    O caso também foi parar na Justiça. O delegado abriu um processo contra o operário, se dizendo vítima de agressão. Na versão de Alberto Castelo Branco, o operário teria jogado uma mangueira nele. A Justiça determinou que o operário pagasse multa de R$ 200 e o processo foi encerrado.
    “Eu paguei por ter apanhado. É o que os meus colegas dizem", lamenta o operário José Raimundo Ribeiro Pires.

    "O que nos preocupa com relação a essa decisão é ela servir como uma espécie de carta em branco para que outros atos de violência pela polícia sejam cometidos", alerta Rafael Silva, representante de Direitos Humanos da OAB do Maranhão

    O delegado Alberto Castelo Branco não quis gravar entrevista, nem falar por telefone. "Não tenho nada a me manifestar. E não me ligue mais. Tchau", disse ele à equipe do Fantástico.
    “Não fui eu que entrei na área de trabalho dele, ele que entrou na minha área”, afirmou o operário.

    O delegado responde ainda a outros dois processos na ouvidoria da polícia por abuso de autoridade.

    "Neste caso específico, há uma falência múltipla dos órgãos, que levaram um caso flagrante desse a se voltar contra a vítima”, diz José de Araújo e Silva, ouvidor de segurança pública do Maranhão.

    domingo, 16 de dezembro de 2012

    Só no Maranhão


    Lembram daquela agressão  do   delegado castelo Branco ao  funcionário da  CAEMA?  Pois  bem   a    corregedoria da policia  elogiou a iniciativa dos  policiais e d o  delegadoCastelo Branco     de  quem ja   há   outras  reclamações na ouvidoria de segurança p´ublica,  a delegada geral disse   ao fantastico que   os policiais  usaram de  força necessária e moderada,  a justiça  arquivou o caso  e  ainda aplicou multa no funcionário,Maranhão terra de murro  baixo.

    União deve pagar $30.000 por danos morais a escrivã

    A Justiça Federal em Varginha julgou procedente o pedido feito pela escrivã de Polícia Federal Márcia Valéria de Campos Nery Brito, lotada em Varginha/MG, condenando a União ao pagamento de R$ 30 mil, a título de danos morais, decorrentes da conduta indevida de instauração de inquérito policial para apurar suposto crime de falsidade ideológica na apresentação de atestado médico. A ação foi elaborada pelos advogados do Sindicato dos Policiais Federais em Minas Gerais (Sinpef/MG).

    Na decisão, publicada no último dia 3, o juiz federal Luiz Antonio Ribeiro da Cruz classificou como “exagero” a conduta do delegado Sebastião Augusto de Camargo Pujol, que à época respondia interinamente pela chefia da PF em Varginha, ao mandar que fossem feitas investigações preliminares informais, para apurar os fatos. Os detalhes sobre o caso foram revelados em matéria publicada, em 2010, no site da Fenapef.

    “Verifica-se que foram tomadas diversas medidas especulativas para apurar, injustificadamente, a falsidade das alegações constantes no laudo médico apresentado pela autora”, fundamentou o juiz. De acordo com a decisão, a inobservância do procedimento legal e as medidas tomadas pela autoridade policial, foram ilegais e caracterizaram “abuso de poder”. O inquérito policial foi instaurado em 2005 e arquivado, em 2010, a pedido do Ministério Público Federal.

    O juiz concluiu que os depoimentos de testemunhas e documentos juntados aos autos demonstraram que a instauração do inquérito policial contra a servidora

    repercutiu dentro e fora dos limites do DPF e causou-lhe “grande constrangimento” perante seus colegas e a sociedade.
    “Após quase sete anos de sofrimento pessoal e familiar, a justiça está sendo feita e me sinto com a honra lavada, ainda que seja uma decisão de primeira instância e ação não tenha terminado”, comemora a escrivã Márcia Brito.

    Se a decisão judicial for confirmada pelos tribunais superiores, a condenação vai acarretar prejuízos à União, por atos abusivos de dirigentes da Polícia Federal. Não se tem notícias de ações regressivas promovidas pela Advocacia Geral da União (AGU), contra os servidores que deram causa a prejuízos aos cofres públicos, em casos similares, no âmbito da PF.

    A Agência Fenapef entrou em contato, por telefone, com a unidade da PF em Campinas/SP, onde o delegado Sebastião Pujol atualmente é chefe, mas ele não quis comentar a decisão judicial.

    Saiba quem são as vítimas do massacre na escola Sandy Hook

     

    Veja fotos e o perfil de algumas das crianças e adultos mortos nos EUA.
    Atirador invadiu escola e matou 26 pessoas - incluindo 20 crianças.

    Do G1, com agências internacionais



    O massacre na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, matou 26 pessoas – 20 crianças com idades entre 6 e 7 anos e seis adultos – na sexta-feira (14). Um atirador, identificado pela imprensa dos Estados Unidos como Adam Lanza, entrou armado na escola e disparou contra os alunos, professores e funcionários. O suspeito foi encontrado morto dentro do prédio.
    Desde sexta, familiares, amigos e boa parte da população de Newtown permanece em vigília pelas vítimas, enquanto o mundo tenta entender os motivos para o ataque. A polícia ainda não confirmou a identidade do atirador, mas informou que a mãe dele foi encontrada morta em sua casa, e seria sua 27ª vítima.
    As 26 vítimas do massacre foram todas atingidas mais de uma vez, informou neste sábado (15) o chefe do departamento de medicina legal, o médico Wayne Carve.
    Abaixo, saiba quem são as vítimas da tragédia e conheça um pouco mais sobre elas.

    Olivia Engel (Foto: Arquivo Pessoal/AP)Olivia Engel (Foto: Arquivo Pessoal/AP)
    Olivia Engel, 6 anos
    Olivia era uma criança alegre e sorridente. “Ela adorava atenção. Tinha maneiras perfeitas, era muito educada, se portava muito bem à mesa. Ela era obediente, sempre a líder”, disse Dan Merton, amigo de longa data da família. Ele contou que na sexta a menina estava empolgada para voltar para casa depois da escola e fazer uma casa de doces para o natal. “Seu único crime foi ser uma sorridente criança de 6 anos”, disse o amigo.

    Emilie Parker (Foto: Arquivo Pessoal/AP)Emilie Parker (Foto: Arquivo Pessoal/AP)
    Emilie Parker, 6 anos
    Segundo seu pai, o americano Robbie Parker, Emilie era o tipo de criança que iluminava tudo por onde passava. Ela era a filha mais velha de Robbie, e foi descrita como uma menina “inteligente, criativa e muito amorosa". Segundo a BBC, a última conversa entre pai e filha foi em português. Emilie tinha duas irmãs mais novas, de 3 e 4 anos. A família é natural do estado americano de Utah.

    Grace McDonnell (Foto: Arquivo Pessoal/AP)Grace McDonnell (Foto: Arquivo Pessoal/AP)
    Grace McDonnell, 7 anos
    Grace foi descrita por vizinhos e amigos da família como “altamente adorável” e “cheia de vida”, segundo o jornal “Daily Mail”. Por seus olhos azuis e cabelos loiros, era frequentemente descrita como uma boneca. Grace vivia com seus pais em uma casa que ficava a apenas uma rua de distância de onde vivia o suposto atirador, Adam Lanza. Ela tinha um irmão de 11 anos, que está bem.


    Noah Pozner (Foto: Arquivo Pessoal/AP)Noah Pozner (Foto: Arquivo Pessoal/AP)
    Noah Pozner, 6 anos
    Noah é a vítima mais nova do massacre – ele havia completado 6 anos em novembro. Ele tinha uma irmã gêmea, que sobreviveu, além de outra irmã de 8 anos que também estudava na escola e passa bem, segundo o jornal Newsday. Arthur Pozner, tio do menino, disse que ele era bastante maduro para a idade. “Era uma criança muito bem criada, extremamente inteligente”, afirmou.


    Dawn Hochsprung, diretora da escola Sandy Hook, em foto de 2010 (Foto: AP)Dawn Hochsprung (Foto: AP)
    Dawn Hocksprung, 47 anos
    Diretora da escola Sandy Hook, Dawn foi descrita por amigos como uma apaixonada por seu trabalho e pelas crianças. Ela estava no cargo desde 2010, e havia implementado medidas de segurança recentemente, como a instalação de câmeras. “Ela era muito legal e divertida, mas também uma mulher muito rígida com as coisas sérias”, disse o amigo Tom Prunty à CNN. Dawn vivia em Woodbury, Connecticut, com seu marido, duas filhas e três enteados. Acredita-se que a diretora tenha sido a responsável por acionar o sistema de auto-falantes, alertando os alunos sobre o perigo dentro da escola.

    Lauren Rousseau (Foto: Arquivo Pessoal/AP)Lauren Rousseau (Foto: Arquivo Pessoal/AP)
    Lauren Rousseau, 30 anos
    Lauren era professora substituta permanente na escola. Segundo um comunicado divulgado por sua mãe, ela “queria ser professora desde antes de ir para o jardim de infância. Vamos sentir terrivelmente sua falta, e tentar nos confortar com o fato de que ela conseguiu alcançar seu sonho”, disse Teresa Rousseau. Lauren se formou na Universidade de Connecticut e fez pós-graduação em Bridgeport.

    Mary Sherlach (Foto: Arquivo Pessoal/AP)Mary Sherlach ao lado do marido, Mark (Foto:
    Arquivo Pessoal/AP)
    Mary Sherlach, 56 anos
    Mary era a psicóloga da escola, e estava com a diretora Dawn Hocksprung quando o atirador invadiu Sandy Hook. Ela foi baleada após ir até o corredor para ver o que acontecia. Ela havia trabalhado em outras três escolas de Connecticut antes de ir para Sandy Hook em 1994, segundo a CNN. Ela era casada e vivia em Trumbull, Connecticut, com o marido. O casal tinha duas filhas já adultas.



    Victoria Soto (Foto: Reuters)Victoria Soto (Foto: Reuters)
    Victoria Soto, 27 anos
    Victoria era professora da primeira série na escola, e tentou proteger seus alunos quando ouviu os disparos, segundo o pai de um dos alunos. Os estudantes ficaram escondidos atrás dela em um dos cantos da sala de aula. Quando o atirador invadiu a sala, ela se pôs na frente das crianças, segundo informações de um primo de Victoria, Jim Wiltsie, feitas ao site ABC News. Ela não tinha filhos e vivia com seu cão, Roxie.


    Ana M. Marquez-Greene, 6 anos, era filha do saxofonista Jimmy Greene (Foto: Reuters)Ana M. Marquez-Greene, 6 anos, era filha do
    saxofonista Jimmy Greene (Foto: Reuters)
    Ana M. Marquez-Greene, 6 anos
    Ana era filha do saxofonista Jimmy Greene, que escreveu em sua página do Facebook que estava tentando “superar este pesadelo”, segundo a agência AP. “Por mais que ela seja necessária e eu, sua mãe e seu irmão sentirmos muito sua falta, Ana nos deixou para ir para o paraíso. Te amo, doce menina”, escreveu. A família se mudou para Newtown ano passado – antes, eles viviam no Canadá. A mudança para a pequena cidade ocorreu, em parte, devido à boa reputação da escola Sandy Hook. Segundo a família, o irmão de 9 anos de Ana também estava na escola, mas escapou do massacre. No Natal do ano passado, a família havia viajado para Porto Rico, onde possuem parentes - o irmão de uma avó de Ana é prefeito de uma cidade do país.

    Catherine V. Hubbard, 6 anos
    Os pais de Catherine não falaram sobre a filha, mas em um comunicado, agradeceram o trabalho da polícia e o suporte da comunidade. “Estamos profundamente tristes pela morte de nossa linda filha, Catherine Violet, e nossos pensamentos e rezas estão com as outras famílias que também foram afetadas por essa tragédia. Pedimos que a comunidade continue a rezar por nós e pelas famílias que tiveram perdas nessa tragédia”, disseram Jennifer e Matthew Hubbard. A menina é sobrinha de um funcionário da rede de TV americana ABC.

    Chase Kowalski, 7 anos
    Chase era um garoto que sempre estava brincando do lado de fora de sua casa, no jardim, e adorava andar de bicicleta. Vizinho da família Kevin Grimes disse à AP que o menino havia ganhado há uma semana seu primeiro mini-triatlo. “Não consigo pensar em uma criança melhor”, afirmou. Outro vizinho, Keeley Baumann, disse ao jornal Newstimes que o menino havia pedido dois dentes da frente como presente de Natal.

    Jesse Lewis, 6 anos, uma das 20 crianças vítimas do massacre na escola Sandy Hook (Foto: Reuters)Jesse Lewis, 6 anos (Foto: Reuters)
    Jesse Lewis, 6 anos
    Segundo Barbara McSperrin, amiga da família de Jesse, ele era “o típico menino de 6 anos, cheio de vida”. A família de Jesse possuía alguns animais, e ele estava aprendendo a andar a cavalo. Na manhã do massacre, Jesse foi até a lanchonete favorita da família e tomou chocolate quente com seu sanduíche favorito – com salsicha, ovos e queijo – segundo o dono do local, Angel Salazar, disse o “Wall Street Journal”. “Ele era sempre simpático, sempre gostava de conversar.” Seu pai, Neil Heslin, disse ao jornal “The New York Post” que o filho era aluno da professora Victoria Soto, que também morreu no massacre. “Ele era um garoto alegre, era ótimo com animais, ia bem na escola.”

    Anne Marie Murphy, 52 anos
    Anne era professor especializada em educação para crianças especiais. Ela foi criada em Katonah, e tinha seis irmãos. Seus pais a descreveram como uma mulher artística, uma pintora apaixonada e uma pessoa esforçada. Anne era casada e tinha quatro filhos. Autoridades disseram aos pais de Anne que a professora foi uma heroína, ajudando algumas das crianças a escaparem das balas. Segundo seu pai, Hugh McGowan, a polícia informou que o corpo de Anne foi encontrado em uma das salas de aula, protegendo um grupo de crianças que também morreu na tragédia.

    Charlotte Bacon, 6 anos
    Charlotte era uma menina de cabelos cacheados e ruivos, e segundo seu tio, John Hagen, iluminava qualquer lugar por onde passasse, segundo o jornal Newsday. A mãe dela havia comprado roupas novas para o fim do ano, mas a menina, ansiosa, pediu para usá-las antes. A mãe deixou, e a menina foi para a escola na sexta usando um vestido rosa e botas novas, além de um penteado especial no cabelo. “Foi bom ela ter usado as roupas novas”, disse o tio. O irmão mais velho de Charlotte também estava na escola, mas sobreviveu.

    Dylan Hockley, 6 anos
    Dylan nasceu no Reino Unido e se mudou recentemente com a família para os Estados Unidos. A mãe dele, Nicole Hockley, disse em um blog que escrevia quando morava no Reino Unido que a decisão de mudar foi feita de forma muito feliz, e descreveu seu filho, então com 2 anos, como “meu querido amor” – segundo informações do jornal “Daily Mail”. Dylan tinha um irmão, de 7 anos, que morava na mesma escola, mas sobreviveu.

    Benjamin Wheeler, 6 anos
    Benjamin era um menino muito espirituoso, segundo o rabino Shaul Praver. O menino e seus pais, David e Francine, não eram membros da sinagoga, mas costumavam participar da celebração do Hanukkah, segundo o jornal “Washington Post”. “Eram pessoas muito agradáveis”, afirmou o rabino.


    Caroline Previdi, 6 anos, tinha o apelido de 'Boo', segundo o jornal 'Washington Post' (Foto: Reuters)Caroline Previdi, 6 anos (Foto: Reuters)
    Caroline Previdi, 6 anos
    Segundo amigos da família, que não foram identificados pelo jornal “Washington Post”, a menina tinha o apelido de “Boo”, por ser parecida com a personagem de mesmo nome do filme “Monstros S.A.”. “Era uma gracinha, adorável”, afirmou a mulher. Outra amiga da família disse que a menina adorava ginástica, e era muito ativa.


    Daniel Barden, 7 anos
    Daniel estava na primeira série e era o mais novo e três irmãos. Segundo amigos e vizinhos da família, os pais incentivavam as crianças a serem muito ativas – Daniel fazia natação e outras atividades. “Era uma família amorosa. As crianças eram do tipo que pais querem ter por perto: amorosas e doces”, disse um colega de trabalho de Jackie Barden, mãe de Daniel.

    Jessica Rekos, 6 anos, uma das 20 vítimas do massacre na escola Sandy Hook (Foto: Reuters)Jessica Rekos, 6 anos (Foto: Reuters)
    Jessica Rekos, 6 anos
    Imagem da estudante foi divulgada em página de homenagem às vítimas do massacre, criada do Faacebbok.





    As outras vítimas da tragédia são:
    Rachel Davino, 29 anos
    Josephine Gay, 7 anos
    Madeleine F. Hsu, 6 anos
    James Mattioli, 6 anos
    Grace McDonnell, 7 anos
    Jack Pinto, 6 anos
    Avielle Richman, 6 anos
    Allison N. Wyatt, 6 anos

    Único morador ficou em cidade-fantasma japonesa para cuidar de animais

    Com a explosão da usina atômica de Fukushima, os moradores deixaram Tomioka para se protegerem da radiação.






    Naoto Matsumura é o último sobrevivente do acidente nuclear de Fukushima, que deixou 20 mil mortos. O repórter Roberto Kovalick foi até essa terra proibida, condenada pela radiação.
    Na sexta-feira, a mesma região do Japão foi atingida mais uma vez por um forte terremoto.
    Uma terra abandonada, onde as marcas do terremoto do ano passado ainda estão por toda a parte. Nem um sinal de vida. Tomioka é uma cidade fantasma, por causa do medo da radiação. Ela fica numa área proibida, que pouca gente tem autorização para visitar.
    A cidade foi esvaziada quando a usina atômica de Fukushima explodiu, logo depois do terremoto e do Tsunami.
    O governo estabeleceu zonas de exclusão, onde ninguém poderia ficar. Hoje, a proibição total permanece para um raio de 20 quilômetros em volta da usina.
    Nós conseguimos autorização para entrar e seguimos pela estrada que costeia o mar até Tomioka, que fica a 12 quilômetros da central nuclear.
    Tivemos que tomar algumas precauções. A roupa protege contra poeira e outras substâncias contaminadas. É importante proteger os sapatos, já que a radiação se concentra no solo.
    A partir de um ponto só podemos permanecer por algumas horas. Na barreira, os policiais são rigorosos.
    Seguimos por uma estrada quase vazia. Os únicos carros e caminhões são usados para transportar funcionários e equipamentos até a usina atômica, que já está bem perto.
    Na rua principal de Tomioka, a imagem da cidade vazia impressiona, assim como o silêncio total. Parece cenário de um filme, um daqueles filmes de ficção em que o personagem principal acorda um dia e descobre que o resto da humanidade desapareceu. Ele foi o único que sobrou.
    Mas não é filme! Esse homem existe. Naoto Matsumura, de 53 anos, o único morador da zona de exclusão. Nós o encontramos trabalhando e sem roupas de proteção.
    “Deixei de me preocupar com a radiação”, diz ele.
    O medidor de radiação informa que o nível está 20% acima do permitido para áreas habitáveis.
    É proibido morar aqui, mas as autoridades não têm como tirá-lo à força.
    Naoto, que é separado da mulher e tem dois filhos, nos leva para mostrar o motivo por que arrisca a vida. Ele morava com os pais, que criavam javalis. Os animais morreriam se fossem deixados para trás. Por isso, decidiu ficar. E acabou cuidando também dos bichos de estimação dos antigos moradores de Tomioka. Eles foram abandonados quando todos fugiram da contaminação. Na época, milhares de animais foram sacrificados pelo governo japonês - assim não levariam a radiação para outros lugares.
    Foi Naoto que salvou esses bois e vacas, que vagavam pelo meio da cidade. Agora eles são alimentados diariamente, mas nem o leite nem a carne podem ser consumidos por causa da radiação. Naoto diz que vai cuidar deles até que morram de causas naturais.
    “Vou tomar conta deles porque são sobreviventes do acidente como eu. Somos companheiros da tragédia. Quero mantê-los vivos como uma forma de protesto contra a energia nuclear”, diz Naoto.
    Naoto encontra bichos perdidos até hoje. Este assustado cachorrinho apareceu uma semana antes da nossa entrevista. E também animais bem exóticos, como avestruzes que pertenciam a um criador, que vendia a pele e a carne.
    Naoto conta que eles estavam perdidos perto da estação de trem.
    “Peguei os dois no colo e trouxe dentro da minha caminhonete. Claro que levei muitas bicadas e o carro ficou cheio de marcas”, conta Naoto.
    Não é fácil viver tão isolado. A água vem de uma fonte das montanhas que, segundo Naoto, foi testada e não está contaminada. Ele, porém, não se arrisca a plantar ou colher nada. Dentro de casa, há caixas e mais caixas de comida desidratada e industrializada, tudo que ele come há quase dois anos.
    “Não aguento mais comer isso”, diz ele.
    Naoto vive de doações que recebe de organizações de proteção aos animais do Japão e até do exterior.
    “No começo eu tinha medo da radiação, uma ameaça invisível. Mas não quero deixar o lugar onde nasci e fui criado. Se isso acontecer, será o meu destino”, diz Naoto.
    Se o nível de contaminação seguir caindo, há planos para repovoar Tomioka em cinco ou seis anos. Até lá, Naoto enfrentará o risco da radiação. Tendo os animais que salvou como únicas companhias.

    Presídios do Maranhão apresentam superlotação recorde

    Número de presos ultrapassa o dobro da capacidade dos presídios.
    Dados são do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias

    Do G1 MA com informações da TV Mirante
     

     

    Dados coletados em junho pelo Sistema Integrado de Informações Penitenciárias indicam que, em todo o Estado, a lotação é superior ao dobro da capacidade. Com 5.263 presos para 2.111 vagas, as penitenciárias alegam não ter mais condições de receber presos. Os condenados pela Justiça têm que cumprir penas nas delegacias, o que é proibido por lei. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Amon Jessen, mostrou cinco presos abrigados na cela do Plantão Central da Beira Mar, a Refesa, em São Luís. Segundo ele, os detentos são condenados pela Justiça e deveriam cumprir as penas em penitenciárias, mas as Centrais de Custódia de Presos da Justiça (CCPJ) e o Centro de Detenção Provisória, o "Cadeião", estão se recusando a receber novos presos por causa da superlotação. "A obrigação de cuidar de preso de Justiça é do sistema prisional, não é da Polícia Judiciária", reclamou o presidente.
    Em Timon, o único presídio da cidade abriga 302 presos quando a capacidade não chega à metado do número. No Plantão Central de Imperatriz, não cabem mais que 49 presos, mas 96 estão no local. O Ministério Público e a Vara de Execuções Penais têm cobrado do Estado melhorias no sistema carcerário.
    O secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) João Bispo Serejo admite que o problema existe e é grave. "Desde o final de semana passado, nós tivemos uma superlotação das unidades da capital. Nós comunicamos o Judiciário, estamos fazendo um levantamento de todos aqueles internos que já estão com processos atrasados para que o Judiciário nos ajude", disse.
    João Bispo disse ainda que a situação deve melhorar ano que vem. "Nós temos três unidades em fase de licitação com recursos assegurados pelo governo federal. Vai ser construída uma penitenciária em Pinheiro, outra em Santa Inês e outra em Bacabal. Essas unidades, juntas, vão ter uma capacidade de mais de mil vagas. Isso tudo para 2013", avisou.