sábado, 15 de dezembro de 2012

Continua quente o clima no quartel da Polícia Militar após agressão

Major Brandão é acusado de agredir fisicamente o comandante da PM, coronel Franklin Pacheco, durante uma partida de futebol, na última quinta-feira. 


Ainda, na manhã desta sexta, 14, o clima estava quente no Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, no Calhau. Inquérito Policial Militar (IPM) aberto e a decretação da prisão do major Antônio Ferreira Brandão eram uma das pautas das conversas entre os oficiais e praças no quartel e nas diversas companhias tanto na capital quanto no interior do estado. O major está sendo acusado ter agredido fisicamente o comandante da PM, coronel Franklin Pacheco, durante uma partida de futebol, na última quinta-feira, que ocorreu dentro do quartel.

Segundo informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública, na manhã de ontem, foi aberto um Inquérito Policial Militar para apurar a agressão física ocorrida na partida de futebol e tem como personagens o major Brandão e o coronel Franklin. O trabalho de investigação ficará a cargo da Corregedoria Militar. Até o fechamento desta edição, o major ainda não tinha se apresentado no Comando Geral da PM, pois, está lotado no Comando do Policiamento de Área (CPAI 4), no Calhau.

A assessoria também informou que o major cometeu um crime militar de natureza grave, pois, segundo o Código Penal Militar (COM), no artigo 157 do capítulo III, agredir fisicamente o oficial ou qualquer outro militar é uma transgressão grave e cabe pena e uma delas, a prisão em regime fechado.


Coronel Franklin Pacheco, teria sido agredido por major que comandou greve de policiais (KARLOS GEROMY/OIMP/D.A PRESS)
Coronel Franklin Pacheco, teria sido agredido por major que comandou greve de policiais



Até o momento, o coronel Franklin ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas, a 5º sessão da PM informou que devido à gravidade do fato não há prazo para que a prisão deixe de ser flagrante.

Foco na mídia
A Corregedoria da Polícia Militar informou ontem, à emissora de televisão Difusora, que o IPM foi aberto para apurar a briga entre os oficiais. Ainda informou que o major poderia se apresentar ao comando da PM, na sexta-feira, e chegou a lamentar que fato como esse nunca aconteceu na história da corporação militar. Devido à gravidade do acontecido, o major Brandão pode ser preso dependendo do que for apurado, inclusive, expulso da PM.

Esse major foi um dos líderes do movimento paredista que atingiu praticamente todo o efetivo da Polícia Militar, ou seja, mais de seis mil homens. Também foi frisado que dentro do quartel há um espírito de desânimo, situação comentada pelos próprios oficiais. Pois, a briga entre os dois militares seria apenas a ponta de um grande problema de indisciplina e interferências de toda ordem, inclusive, político-partidária no meio da instituição.

Já na Rádio Educadora AM, o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, disse que apesar da gravidade do fato, uma agressão de um subordinado direto, não é cogitada mudança no comando da PM. Ele apenas frisou que o caso será apurado e a Corregedoria Militar vai tomar todas as medidas para solucionar a problemática.

Jogo de futebol
Na manhã da última quinta-feira, 13, oficiais da PM participavam de jogo de futebol, no Comandado Geral da PM, localizada no Calhau, e estava sendo apitada pelo coronel Ivaldo Barbosa. Em um dos lances da partida, houve um “encontrão” entre o major Brandão e o coronel Franklin. Segundo alguns militares, não identificados, o “empurrão” foi ocasionado pelo coronel e o que foi o suficiente para que o major agredisse fisicamente o comandante. Militares tentaram intervir, no momento, mas, receberam a ordem concedida pelo coronel que não se envolvessem ou apartasse o duelo. Após o fato, o major tomou rumo ignorado e de acordo com alguns comentários dentro da corporação, major Brandão é habilitado em artes marciais.

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