Com o indicativo de dar continuidade à greve dos educadores da rede estadual de ensino, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) conclama todos os profissionais de educação para participar da assembléia regional de São Luís, que será realizada nesta terça-feira (19), às 15h, no auditório da Fetiema, em frente à Praça da Bíblia.
Na reunião realizada nesta segunda-feira (18), no auditório da Federação do Comércio, os trabalhadores avaliaram a greve, onde vieram à tona novas denúncias de atitudes repressoras do governo do Estado, com o objetivo de sufocar o movimento, sem negociar a pauta de reivindicação dos trabalhadores e ainda baixando punições, as quais, segundo a direção do sindicato, lembram os feitos da ditadura militar contra movimentos de trabalhadores, como corte de ponto, judicialização da greve, ameaças verbais aos trabalhadores que tentam aderir ao movimento, ameaças de devolução e exoneração sem processo administrativo, entre outras.
Professores que lecionam em escolas estaduais da Cidade Operária denunciaram que estão passando por constrangimento. Quando chegam nas escolas são barrados por gestores que sugerem para os educadores, em tom de ameaças, que voltem para o sindicato: “lá é lugar de vocês”. Os coordenadores do movimento avaliaram as denúncias dos professores da Cidade Operária como mais uma estratégia do governo de enfraquecer o movimento grevista, colocando a categoria contra o sindicato.
Publicidade enganosa
O Sinproesemma também recebeu denúncias que desmentem a publicidade oficial do governo, com relação ao retorno de professores à sala de aula. Segundo a professora Mônica Dias, que leciona na escola de ensino médio Lara Ribas, as aulas só estão acontecendo nos três primeiros horários e grande parte dos alunos da escola não está freqüentando as aulas, como o governo anuncia em publicidade.
Na escola, que só funciona no turno da manhã, o horário deveria ser de 7h20 às 12h30, mas os professores que estão indo à escola, com receio das ameaças do governo, só dão aulas até às 10h. Segundo a professora, muitos pais de alunos já foram até o colégio reclamar, indignados com a situação, onde o governo anuncia que as aulas estão acontecendo normalmente, mas a realidade é outra. A educadora alerta que a mesma situação ocorre na escola Barjonas.
Além da questão das aulas irregulares, a professora também denuncia que a Lara Ribas está com problemas na sua estrutura física. Os tetos da cantina e da sala dos professores da escola desabaram por falta de manutenção.
O Ministério Público já enviou ao Sinproesemma, a pedido da direção, o relatório contendo um levantamento recente da situação das escolas públicas municipais e estaduais de São Luís, no qual foram diagnosticados diversos problemas nas escolas visitadas pela Promotoria da Educação.
Fonte : sinproesemma
Nenhum comentário:
Postar um comentário