O deputado Neto Evangelista (PSDB) ocupou a tribuna da Assembeia Legislativa nesta segunda-feira (18) para externar sua indignação com o sistema de saúde pública do Maranhão. Segundo ele, pessoas estão morrendo por falta do atendimento oncológico, suspenso porque o governo não renovou convênio com o Hospital Aldenora Bello, o único especializado no tratamento do câncer no Maranhão.
O parlamentar relatou que tentou conseguir atendimento para um jovem de 36 anos, do município de Viana, vítima de um tumor na cabeça, e precisava ser operado urgentemente na rede pública de saúde da capital.
“Internei o jovem no Socorrão 2, que não pode operá-lo. Percorri todas as unidades de saúde conveniadas com a Secretaria de Estado da Saúde, mas não consegui o atendimento, por pura omissão do governo com a saúde da população”, afirmou.
Neto contou que entrou na justiça e consegui liminar, expedida pela juíza Luzia Madeira, que determinou a realização da cirurgia no Hospital Presidente Dutra, que alegou não ter o equipamento adequado para realizar o procedimento.
“Com a liminar em mãos, tentei conseguir a operação no São Domingos. A direção do hospital disse que não iria fazer a cirurgia porque o governo do Estado não pagava. Até agora o jovem agoniza no Socorrão II”, afirmou.
O parlamentar lamentou a suspensão, por parte do governo, do atendimento parcial no Hospital do Ipem, no PAM Diamante e no PAM Cidade Operária. “E ainda alardeiam que o governo está construindo 72 hospitais para o povo”, disse.
CONVÊNIO SUSPENSO
O deputado Bira do Pindaré (PT) elogiou o posicionamento de Evangelista. O petista disse considerar a principal causa do problema a suspensão do convênio do governo do Estado com o Hospital Aldenora Bello.
“O único hospital do Maranhão de referência no tratamento do câncer teve sua unidade de emergência fechada. Temos que fazer um esforço concentrado, para saber onde vão construir os tais 72 hospitais. A saúde pública do Maranhão está na UTI disse Bira.
Fonte : ag. assembléia
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