terça-feira, 12 de abril de 2011

Deputado repudia decisões do governo sobre greve de professores

O deputado Bira do Pindaré utilizou o pequeno expediente da Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (11), para registrar sua viagem a Imperatriz no fim de semana. Na oportunidade ele participou de uma assembleia com os professores da rede estadual de ensino que estão em greve há mais de 40 dias.

O parlamentar repudiou algumas decisões do diretor regional de educação na região tocantina, Agostinho Noleto. Bira lamentou que o diretor tenha criado artifícios para prejudicar o movimento, prometendo demissões de professores engajados na greve e corte dos pontos dos faltosos.

“Eu participei de vários movimentos grevistas, tenho experiência. Posso afirmar que greve é igual massa de pão quanto mais batem nela, mais ela incha. Esse problema só será resolvido com o diálogo entre a secretaria e o sindicato. A Secretária tem que entender que os jovens estão sofrendo pela falta de aula”, declarou Bira.

De acordo com o parlamentar a proposta da Secretaria de Educação é absurda. “Ela sugeriu aos professores e professoras que primeiro suspendessem a greve, para depois negociar. Nunca vi isso, nunca vi isso. O que é possível nesse momento, mais de 30 dias, 45 dias praticamente de greve é que haja um gesto por parte do Governo, uma sinalização”, afirmou.

Bira condenou as tentativas de desprestigiar a greve, transformando-a em política. “Disseram que a data de deflagração da greve foi precipitada, no entanto, já se negociava, desde 2009, com o governo, desde que a governadora assumiu”, argumentou.

Para concluir o pronunciamento, o deputado lembrou a decisão do STF, que legaliza a aplicação do Piso Nacional na Categoria dos professores. “O piso da tabela é inferior a tabela nacional ao mínimo condicional dos professores, como também os milhares de contratados do Estado, que nós sabemos que agora mesmo renovamos essa autorização de maneira inconsequente, eu diria, esse direito do Governo de contratar de maneira provisória. Esses também não recebem o piso salarial, portanto nós temos para mais de 14 mil profissionais recebendo menos que o piso salarial”.

Fonte : ag. assembléia

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