http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/pais/2012/09/17/interna_pais,123007/julgamento-de-garoto-de-13-anos-gera-polemica-nos-estado-unidos.
O julgamento de um garoto de 13 anos, acusado de ter matado o irmão de dois anos, está provocando uma discussão sobre como a justiça deve encarar os crimes cometidos por jovens. Cristian Fernandes tinha 12 anos quando esmagou a cabeça do irmão mais novo com uma estande do quarto que dividiam. Segundo o jornal Daily Mail, ele é o mais jovem a responder por um crime como adulto no estado da Flórida, nos Estados Unidos
A mãe não estava em casa na hora quando ocorreu o incidente e não chamou a emergência quando viu os ferimentos do garoto. David estava com uma fratura no crânio e um hematoma no olho esquerdo. Mesmo assim ela passou quatro horas na internet antes de chamar por socorro.
Com a morte de David, Fernandes e a mãe Biannela Susana, então com 24 anos, foram acusados pelo crime. Susana respondeu por homicídio agravado e se admitiu culpada. Mas quando a justiça começou a levantar informações sobre Fernandes, acusado de homicídio em primeiro grau, veio a tona a infância difícil pela qual o jovem tinha passado.
De acordo com o Daily Mail, Susana tinha 12 anos quando o filho nasceu, fruto de um estupro pelo qual o pai de Fernandes foi condenado a 10 anos de prisão. Com dois anos ele foi encaminhado ao Departamento da Infância e da Família depois de ser encontrado na rua, nu e sujo, durante a madrugada. Ao chegarem ao apartamento onde ele morava encontraram a avó do menino cercada por cocaína. Com oito anos ele havia sido molestado sexualmente por um primo mais velho.
Em 2010, enquanto morava com a mãe, passou a ser espancado pelo padastro e chegou a ter uma lesão no olho causada por um soco. O homem se matou com um tiro no peito algum tempo depois.
O jovem apresentava comportamento violento e chegou a ser acusado de abusar sexualmente o irmão do meio.
Se for considerado culpado, Fernandes pode pegar prisão perpétua , uma pena pesada para um caso tão complexo. A discussão em torno do caso pode vir a mudar a forma como a Flórida encara crimes de assassinato envolvendo réus juvenis. Um tema que já causou polêmicas em outros estados americanos que também possuem legislações duras mesmo em caso de crimes cometidos por menores de idade.
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