terça-feira, 18 de setembro de 2012

Executiva do PT pede à militância que defenda Lula

Declarações atribuídas a Marcos Valério são vistas como eleitoreiras


SÃO PAULO - A Comissão Executiva Nacional do PT divulgou nota nesta segunda-feira conclamando a militância a defender o partido, o ex-presidente Lula e o legado dos governos petistas. A nota é divulgada dois dias depois da publicação pela revista "Veja" de matéria com supostas declarações de Marcos Valério a interlocutores, atribuindo ao ex-presidente Lula papel central no mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
"A mobilização geral de nossa força militante é a condição fundamental para nosso sucesso nos dias 7 e 28 de outubro. Pois é a militância consciente quem desfaz as mentiras, demarca o campo, afirma nosso projeto, construindo vitórias não apenas eleitorais mas também políticas", escreveram os dirigentes do partido.
Ao fim do encontro, ao ser perguntado sobre que mentiras deveriam ser desfeitas, o presidente do PT Rui Falcão preferiu não dizer.
- São mentiras que ocorrem nas campanhas eleitorais, sempre. Não tem qualquer menção em especial - desconversou o dirigente, que negou que a reportagem da revista tivesse sido objeto de debate no encontro.
Presente em parte da reunião, apesar de não ser integrante da Executiva, o ex-líder do governo na Câmara dos Deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) disse duvidar das declarações atribuídas a Valério.
- É uma manifestação política e ideológica, a "Veja" tentando interferir no processo eleitoral, mas sem muito impacto, porque parece que o povo não dá muito crédito - disse o deputado.
Nos bastidores, petistas preferem não entrar no mérito das acusações, por se tratar de declarações feitas a interlocutores de Marcos Valério, e não por ele próprio à revista. Dirigentes argumentam, inclusive, que declarações nesses mesmos termos teriam ocorrido em 2005, mas não foram levadas adiante.
- É uma matéria mentirosa e acho que tem objetivos eleitoreiros. É um ataque violento ao Lula. O próprio (ministro) Joaquim Barbosa, que está atacando todo mundo, não botou o nome do Lula no meio. O Ministério Público não colocou. Cabe ao Lula, como pessoa física que foi atacada, resolver o que vai fazer - afirmou Vaccarezza.

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