Em Araçatuba (SP)
Os policiais militares do Estado de São Paulo
estão sendo obrigados a fazer um "rodízio" no uso de coletes à prova de balas no
horário de serviço. Isso ocorre porque o equipamento de proteção individual está
em falta e o comando da PM ainda não conseguiu fazer a reposição das peças. Uma
licitação em andamento prevê a entrega de 35 mil peças --60% na região de
Araçatuba (a 527 km da capital paulista).
Até o ano passado, cada PM tinha um colete
exclusivo, de uso individual. Mas recentemente eles foram retirados dos soldados
porque muitos estavam com data de validade vencida e a quantidade que sobrou não
era suficiente para atender toda a tropa.
Outro problema foi uma determinação do comando
da PM que obrigou a tropa a usar colete com capa azul por baixo da farda. Mas o
uso foi rejeitado porque causava imobilidade, desconforto e até micose. O
comando revogou a medida, mas já tinha retirado da corporação as capas de cor
marrom e, como é proibido usar colete com capas da mesma cor da farda, a falta
do equipamento se agravou mais ainda.
Para evitar que homens ficassem sem a proteção,
os comandos da PM então recolheram os coletes dos militares, adotando a chamada
"operação arma-desarma". Com isso, os coletes passaram a ficar nos quartéis, com
o militar usando o equipamento somente no horário de serviço. "O problema mais
grave é que deixamos de usar esses coletes na ida ou vinda do trabalho, que
também são momentos de risco. E também porque muitas vezes pegamos alguns com
tamanho maior ou menor, que não se encaixam corretamente no nosso corpo",
declarou um PM que trabalha em Araçatuba. A reclamação é a mesma em outras
regiões. O PM recebe o colete quando entra em serviço e o entrega para outro
colega quando sai.
PM
Em nota, a corporação confirmou o problema
ocorrido na licitação, mas não deu detalhes. A assessoria da PM não informou
quantos comandos no Estado estão enfrentando a falta do equipamento, mas a
informação de um oficial, que pediu para não ser identificado, é de que apenas
um lote, dos três da licitação, seria entregue em 16 de outubro para o Comando
de Policiamento Metropolitano Leste (CPAM-4) e ao Comando de Policiamento do
Interior/Litoral (CPI-6).
Os outros comandos receberiam os equipamentos
em outros dois lotes, marcados para ontem (2) e para 2 de dezembro. As
informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
FONTE: UOL NOTÍCIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário