SÃO PAULO - O número de homicídios na cidade de São Paulo cresceu 95,65% em setembro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foram 135 ocorrências no mês passado ante as 69 registradas em setembro de 2011. As estatísticas criminais fazem parte do balanço divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
O registro de crimes desse tipo vem crescendo na capital nos últimos três meses. Houve um amento de 46,7% no número de homicídios na comparação entre julho (92 casos) e setembro deste ano (135). Em agosto, que registrou 106 casos do tipo, na comparação com julho, o índice havia crescido 15,2%.A cidade de São Paulo também teve considerado aumento no número de latrocínios, o roubo seguido de morte. Foram quatro ocorrências em agosto contra 13 em setembro deste ano, uma elevação de 225%. Em setembro do ano passado também foram registrados quatro casos de latrocínio.
Em todo o estado, os latrocínios cresceram 14,78% nos primeiros nove meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2011. Foram registradas 264 ocorrências desse tipo de crime em 2012, ante as 230 no ano passado. Os homicídios dolosos no estado, no mesmo período, subiram de 3.069 no ano passado para 3.329 este ano, um crescimento de 8,47%.
A divulgação do aumento da violência em todo o estado ocorre numa semana em que a Grande São Paulo registrou pelo menos 14 assassinatos, sete deles somente nesta madrugada - um contra um PM. Além de mortes nas zonas Leste, Norte e Sul da capital, foi registrado de quarta para quinta-feira também um assassinato em Itaquaquecetuba, na região metropolitana. Um PM reagiu e matou um suspeito que o perseguia. Outras onze pessoas ficaram feridas a tiros nesta madrugada.
Do início do ano até agora, 85 PMs foram mortos em todo o estado; 64 estavam de folga. A última morte de um PM aconteceu em Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, nesta madrugada. A vítima, que estava de folga, foi assassinada por dois homens que chegaram disparando em uma moto, no momento em que parou em um bar para tomar um refrigerante.
- Você tem momentos de maior tensão, de enfrentamento. O que o governo não vai fazer é omissão. Tem reação, vamos enfrentar a reação - disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que acrescentou que a polícia prendeu 117 suspeitos de ataque contra alvos policiais.
Alckmin tentou, ainda, explicar a escalada da violência e disse que a política é de "tolerância zero".
- Você tem casos de briga de quadrilhas, você tem acertos de contas, briga por ponto de droga. O governo investiga. Tolerância zero, não há nenhuma hipótese de tolerância com desvio de conduta - disse.
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