sexta-feira, 20 de julho de 2012

O Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, disse nesta sexta-feira (20) que considera errada a postura do policial militar que pediu desculpas à família do Ricardo Prudente de Aquino, morto na noite de quarta-feira (18) por policiais durante uma abordagem.

O Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, disse nesta sexta-feira (20) que considera errada a postura do policial militar que pediu desculpas à família do Ricardo Prudente de Aquino, morto na noite de quarta-feira (18) por policiais durante uma abordagem. (Veja ao lado vídeo com trecho do pedido de desculpas).
"A questão de desculpa eu acho que ela chega até a ser ridícula, bisonha, né? A família fica até mais indignada, porque parece até uma certa insensibilidade, né? Isso foi um erro. Na minha avaliação foi um erro. Se eu fosse consultado, diria que a gente devia respeitar a dor e o silêncio da família", disse o secretário. Os parentes, porém, mostraram-se receptivos e gratos pela presença do policial.
Horas após o empresário ter sido morto, o tenente da PM Gilberto Evangelista procurou a família da vítima para prestar condolências. A conversa foi gravada e divulgada pelos parentes. Durante conversa com os familiares, o oficial disse que a corporação “está interessada em mudar os seus caminhos”.
A questão de desculpa eu acho que ela chega até a ser ridícula, bisonha, né? A família fica até mais indignada, porque parece até uma certa insensibilidade, né? Isso foi um erro. Na minha avaliação foi um erro, se eu fosse consultado, diria que a gente devia respeitar a dor e o silêncio da família"
Antonio Ferreira Pinto,
secretário de Segurança Pública
“Eu não estou aqui na minha função. Minha função não é essa. Eu que me dispus a vir aqui pessoalmente”, afirmou o tenente Evangelista. “Eu vim aqui porque eu acho que a pessoa merece essa demonstração de que a Polícia Militar está interessada em mudar os seus caminhos, que está interessada em fazer de um jeito melhor e que isso não aconteça mais.”
Alguns dos parentes aproveitaram para desabafar e criticar a ação dos PMs. "Era um casal jovem, planejando ter um filho. Uma vida inteira pela frente e vocês acabaram com isso", disse uma familiar.
Ferreira Pinto concordou, porém, que os policiais que atiraram no empresário agiram de forma reprovável. “Erraram, erraram totalmente no momento em que atiraram, quando eles tinham muito mais condições, pela desproporção numérica, de abordar o rapaz e fazer com que saísse do veículo.”
Os três PMs da Força Tática foram autuados em flagrante por homicídio doloso e levados para o Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte. A polícia aguarda a divulgação dos laudos da perícia para saber de quais armas saíram os disparos.
Alckmin lamenta
Em nota, o governador Geraldo Alckmin lamentou na quinta-feira (19) tanto a morte do empresário na capital quanto a de um jovem que foi baleado e morto por policiais em Santos, no litoral. "Lamento, em nome do Estado, as mortes trágicas e injustificadas do publicitário Ricardo Prudente de Aquino e do estudante Bruno Vicente de Gouveia e Viana. A perda de vidas não pode ser reparada, mas nossa obrigação é apurar detalhadamente os ocorridos e punir com rigor os responsáveis", disse Alckmin.
Maconha
A mãe do empresário afirmou durante o enterro do filho, nesta sexta (20), que a maconha que a Polícia Militar disse ter encontrado no carro dele “foi plantada”. Segundo a corporação, havia 50 gramas da droga no veículo.

“Você sabe que é plantada. Ele era um mergulhador”, afirmou Carmem, ao ser questionada se Aquino era o dono da droga. Após as críticas da família, a PM divulgou nota na qual afirma que investiga o caso. "A Polícia Militar, através de sua Corregedoria, apoia a Polícia Civil e auxilia na investigação do caso. Não corroboramos com qualquer tipo de infração ou irregularidade praticada por nosso efetivo."

O delegado Dejair Rodrigues, da Seccional Oeste, afirmou que o inquérito irá investigar como a droga foi parar dentro do carro e se o celular entregue à família pertencia mesmo ao empresário. “Pressupõe-se que o policial militar fale a verdade, mas o inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias do crime, porque a autoria já está esclarecida”, disse.

Rodrigues informou que a polícia busca eventuais testemunhas da abordagem e do percurso percorrido pelo carro do empresário durante a perseguição policial. A Polícia Civil investigará também a suspeita de que o telefone entregue à família não pertencia ao empresário
O Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, disse nesta sexta-feira (20) que considera errada a postura do policial militar que pediu desculpas à família do Ricardo Prudente de Aquino, morto na noite de quarta-feira (18) por policiais durante uma abordagem. (Veja ao lado vídeo com trecho do pedido de desculpas).
"A questão de desculpa eu acho que ela chega até a ser ridícula, bisonha, né? A família fica até mais indignada, porque parece até uma certa insensibilidade, né? Isso foi um erro. Na minha avaliação foi um erro. Se eu fosse consultado, diria que a gente devia respeitar a dor e o silêncio da família", disse o secretário. Os parentes, porém, mostraram-se receptivos e gratos pela presença do policial.
Horas após o empresário ter sido morto, o tenente da PM Gilberto Evangelista procurou a família da vítima para prestar condolências. A conversa foi gravada e divulgada pelos parentes. Durante conversa com os familiares, o oficial disse que a corporação “está interessada em mudar os seus caminhos”.
A questão de desculpa eu acho que ela chega até a ser ridícula, bisonha, né? A família fica até mais indignada, porque parece até uma certa insensibilidade, né? Isso foi um erro. Na minha avaliação foi um erro, se eu fosse consultado, diria que a gente devia respeitar a dor e o silêncio da família"
Antonio Ferreira Pinto,
secretário de Segurança Pública
“Eu não estou aqui na minha função. Minha função não é essa. Eu que me dispus a vir aqui pessoalmente”, afirmou o tenente Evangelista. “Eu vim aqui porque eu acho que a pessoa merece essa demonstração de que a Polícia Militar está interessada em mudar os seus caminhos, que está interessada em fazer de um jeito melhor e que isso não aconteça mais.”
Alguns dos parentes aproveitaram para desabafar e criticar a ação dos PMs. "Era um casal jovem, planejando ter um filho. Uma vida inteira pela frente e vocês acabaram com isso", disse uma familiar.
Ferreira Pinto concordou, porém, que os policiais que atiraram no empresário agiram de forma reprovável. “Erraram, erraram totalmente no momento em que atiraram, quando eles tinham muito mais condições, pela desproporção numérica, de abordar o rapaz e fazer com que saísse do veículo.”
Os três PMs da Força Tática foram autuados em flagrante por homicídio doloso e levados para o Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte. A polícia aguarda a divulgação dos laudos da perícia para saber de quais armas saíram os disparos.
Alckmin lamenta
Em nota, o governador Geraldo Alckmin lamentou na quinta-feira (19) tanto a morte do empresário na capital quanto a de um jovem que foi baleado e morto por policiais em Santos, no litoral. "Lamento, em nome do Estado, as mortes trágicas e injustificadas do publicitário Ricardo Prudente de Aquino e do estudante Bruno Vicente de Gouveia e Viana. A perda de vidas não pode ser reparada, mas nossa obrigação é apurar detalhadamente os ocorridos e punir com rigor os responsáveis", disse Alckmin.
Maconha
A mãe do empresário afirmou durante o enterro do filho, nesta sexta (20), que a maconha que a Polícia Militar disse ter encontrado no carro dele “foi plantada”. Segundo a corporação, havia 50 gramas da droga no veículo.

“Você sabe que é plantada. Ele era um mergulhador”, afirmou Carmem, ao ser questionada se Aquino era o dono da droga. Após as críticas da família, a PM divulgou nota na qual afirma que investiga o caso. "A Polícia Militar, através de sua Corregedoria, apoia a Polícia Civil e auxilia na investigação do caso. Não corroboramos com qualquer tipo de infração ou irregularidade praticada por nosso efetivo."

O delegado Dejair Rodrigues, da Seccional Oeste, afirmou que o inquérito irá investigar como a droga foi parar dentro do carro e se o celular entregue à família pertencia mesmo ao empresário. “Pressupõe-se que o policial militar fale a verdade, mas o inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias do crime, porque a autoria já está esclarecida”, disse.

Rodrigues informou que a polícia busca eventuais testemunhas da abordagem e do percurso percorrido pelo carro do empresário durante a perseguição policial. A Polícia Civil investigará também a suspeita de que o telefone entregue à família não pertencia ao empresário

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