Publicado em 12 de dezembro de 2011 por John Cutrim
Por Wellington Rabello (JP)
O Jornal Pequeno foi procurado, na tarde do último sábado (10), pelo terceiro sargento PM aposentado José Ribamar Costa, conhecido como “Pretocó”, de 45 anos; e o ex-policial militar Washington Luís Caires, 52, que foram apontados como supostos contratados para executar o superintendente de Polícia Civil da Capital, delegado Sebastião Uchoa. Os dois homens negaram, de forma enfática, qualquer envolvimento no plano para assassinar o delegado e informaram que nunca foram procurados pelos suspeitos de serem os mandantes do crime, o corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho, de 57 anos; e o vereador de Paço do Lumiar, Edson Arouche Júnior, o “Júnior do Mojó”.
Os militares disseram trabalhar juntos, fazendo vigilância de residências e que possuem endereço fixo, não havendo necessidade para o envolvimento dos dois com a “bandidagem”. Eles fizeram questão de revelar o local onde moram, José Ribamar na Rua Araripe Júnior, nº 116 – Lira; e Washington Luís na Rua Guimarães Passos, nº 81 – Belira.
Pretocó afirmou que ele e Washington foram chamados por Sebastião Uchoa, na Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC); e que, lá, o delegado disse ter sido informado por uma pessoa, que não teve a identidade revelada, sobre a contratação dos dois homens para executar o superintendente. “Isso nunca aconteceu. Apesar de conhecermos Elias Nunes e Júnior do Mojó, eles jamais nos procuraram para planejar a execução de Sebastião Uchoa. Queremos é que os dois suspeitos sejam presos e tudo fique esclarecido”, declarou José Ribamar.
Prejuízos – Os dois militares se dizem prejudicados pelas denúncias de que fariam parte do plano para assassinar Uchoa, pois trabalhariam com pessoas importantes e “direitas”. Ribamar e Washington informaram que seus familiares ficaram abalados com a notícia, que a mãe de Pretocó adoeceu ao tomar conhecimento das acusações sobre a participação de seu filho na trama para um assassinato.
Eles afirmaram que não irão sair de suas casas, pois não têm medo de nada e que estão à disposição para falar com qualquer pessoa da Secretaria de Segurança sobre o assunto, tanto que deixaram cópias de suas carteiras de identidade, endereço e números de telefones na SPCC. José Ribamar falou que ambos são conhecidos da equipe do delegado Sebastião Uchoa, e que os investigadores saberiam do não envolvimento deles com esse tipo de “serviço”.
Plano para matar Uchoa – De acordo com informações da SPCC, o plano para executar o delegado Sebastião Uchoa teria sido descoberto pelo Serviço de Inteligência da Polícia Civil, no início do mês passado, por meio de interceptações telefônicas. De acordo com as investigações, o crime deveria custar R$ 150 mil e teria sido encomendado pelo corretor Elias Orlando e pelo vereador Júnior do Mojó, 42.
Segundo o superintendente Sebastião Uchoa, a motivação para a trama seria o fato de ele estar conduzindo as investigações que apuram o assassinato que teve como vítima o empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, de 45 anos, ocorrido no dia 14 de outubro (sexta-feira), deste ano. Marggion foi morto pelo seu caseiro, Roubert Sousa dos Santos, o “Louro”, 19; pelo ex-presidiário Alex Nascimento de Sousa, 23, e por um adolescente de 15 anos. Eles foram presos e apontaram o corretor e o vereador como sendo os mandantes do crime.
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