http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2011/12/24/interna_urbano,104953/impedindo-novos-golpes-na-cidade-de-sao-jose-de-ribamar.shtml
Sandra Viana
Publicação: 24/12/2011 08:03
Policiais conduzem dos Santos (d) e Roubert Nascimento, acusados de assassinato do empresário Marggion Andrade
A Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) irá planejar uma estratégia de investigação para coibir novos golpes envolvendo venda irregular de terrenos no bairro Araçagi. Na última quinta-feira, três homens foram presos por tentar aplicar o golpe. A vítima denunciou o caso á polícia ao constatar em terreno de sua propriedade uma placa de venda.
A partir deste flagrante, a polícia trabalha para fazer o levantamento dos títulos dos imóveis do cartório em São José de Ribamar. Imobiliárias envolvidas e outras suspeitas também serão fiscalizadas. "Nosso planejamento será estratégico e operacional. Ir aos cartórios é uma das etapas. Vamos trabalhar para impedir que essas fraudes prossigam", ressaltou a superintendente interina da SPCC, delegada Edilúcia Trindade.
A equipe que investigará o caso de grilagem de terras é formada pelo pelos delegados Augusto Barros, da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic); e Roberto Larrat, chefe do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO). Eles foram integrados à equipe para dar reforço à comissão da força-tarefa. A suspeita é que a imobiliária esteja envolvida junto com outras num esquema de fraude e venda ilegal de terrenos na região metropolitana de São Luís. Segundo a polícia, mais de duas mil pessoas já foram enganadas pela quadrilha.
O corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho, 57 anos, e o vereador de Paço do Lumiar, Edson Arouche Junior, o Júnior do Mojó, 42 anos, são os principais suspeitos de comandar o esquema. Durante as investigações foi cogitada ainda a ligação do esquema com o caso de ameaça de morte ao superintendente da SPCC, delegado Sebastião Uchoa. O corretor e o vereador são foragidos da Justiça desde novembro, quando foi concluída a investigação do caso de assassinato do empresário Marggion Lanyere Andrade, 45 anos.
MEMÓRIA
Assassinato
Após a morte de Marggion Lanyere, o corretor de Elias Orlando Filho e o vereador Júnior do Mojó foram apontados como principais suspeitos da grilagem na área do Araçagy. Três pessoas foram presas, segundo as investigações, teriam sido contratadas para matar o empresário por este ter descoberto a venda ilegal de seu terreno. O corpo foi encontrado com um tiro na nuca, em 15 de outubro, enterrado em uma cova rasa no seu próprio terreno, no bairro Araçagi. O valor pela morte do empresário teria sido acertado por R$ 150 mil.
MEMÓRIA II
Seis tiros
Na última quarta-feira (21), o ex-policial militar Washington Luís Caires, de 52 anos, foi vítima de uma tentativa de homicídio, na região da Macaúba, Centro. Quatro homens em um veículo Fiat Palio, de cor preta, começaram a disparar contra ele, que foi atingido por seis tiros e passou por cirurgia no Socorrão I. A informação foi registrada no Plantão Central da Beira-Mar, pelo sargento PM reformado José Ribamar Costa, 45 anos, o qual também denunciou estar ele próprio sofrendo ameaças de se tornar vítima do mesmo crime, pois os desconhecidos já estariam seguindo José Ribamar, desde o dia anterior. No início de novembro, Caires e Costa chegaram a ser apontados como envolvidos em um suposto plano de assassinar o delegado titular da Superintendência da Polícia Civil da Capital (SPCC), Sebastião Uchoa, pelo que receberiam a quantia de R$ 150 mil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário