Por Valquíria Ferreira (JP)
A morte de Uchoa teria sido encomendada por Júnior do Mojó e Elias Nunes, pelo valor de R$ 150 mil
O Serviço de Inteligência da Polícia Civil, por meio de interceptações telefônicas, descobriu a existência de um plano para executar o superintendente de Polícia Civil da Capital, delegado Sebastião Uchoa. De acordo com as investigações, o crime deveria custar R$ 150 mil e teria sido encomendado pelo corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho, de 57 anos, e pelo vereador de Paço do Lumiar, Edson Arouche Júnior, o ‘Júnior do Mojó’, 42.
Segundo Sebastião Uchoa, a motivação para a trama seria o fato de ele estar conduzindo as investigações que apuram o assassinato que teve como vítima o empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, de 45 anos, ocorrida no dia 14 de outubro (sexta-feira), deste ano; tendo sido enterrado em uma cova rasa, num terreno de sua propriedade, no Bairro do Araçagi. Marggion Lanyere foi assassinado pelo seu caseiro, Roubert Sousa dos Santos, o ‘Louro’, 19; pelo ex-presidiário Alex Nascimento de Sousa, 23, e por um adolescente de 15 anos.
Roubert dos Santos e o adolescente foram presos no mesmo dia em que o corpo do empresário foi localizado, dia 15 de outubro (sábado). E Alex Nascimento no dia 24, do mesmo mês, escondido em uma quitinete, no Bairro do São Raimundo.
Após ser preso, o trio de acusados confessou o crime e revelou os nomes dos mandantes, Elias Nunes e Júnior do Mojó. O corretor chegou a ser preso, mas foi solto por ordem da Justiça; os dois estão com prisão preventiva decretada e continuam foragidos.
Investigações – Sebastião Uchoa informou que as investigações a respeito da trama para sua execução, iniciadas logo após a descoberta do plano, no dia 1º do mês passado, estão sendo feitas pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), com a colaboração da Justiça, da Polícia Judiciária do Maranhão e apoio da Polícia Federal. O delegado disse que tudo corre sob sigilo e que algumas intercepções telefônicas foram concedidas pela Justiça na tentativa de confirmar a existência do plano, além de descobrir os possíveis autores e mandantes.
De acordo com Uchoa, a motivação para a encomenda de sua morte seria o fato de ele estar presidindo o inquérito que apura a morte do empresário Marggion Lanyere, que concluiu como mandantes o vereador ‘Júnior do Mojó’ e o corretor Elias Nunes Filho. Além de concluir que os dois estariam envolvidos num esquema milionário de grilagem de terras nos municípios de Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar.
Sebastião Uchoa ainda contou que as investigações apontam que sua morte poderia ter como autores três ex-policias militares, sendo um aposentado; outro expulso e um que pediu desligamento da PM. ‘Um teria se recusado a executar, mas os outros dois militares, de nomes Washington e Pretocó, segundo as investigações, teriam pedido tempo para pensar e que precisariam agenciar um militar de outro Estado. Um dos PMs não teria aceitado, afirmando que na morte do delegado Stênio Mendonça havia tido um grande estrago e que não queria se prejudicar’, disse Uchoa.
O superintendente afirmou que as investigações continuam para descobrir o paradeiro dos dois acusados. E que, de acordo com os levantamentos, Júnior do Mojó estaria em um país próximo ao Brasil; e Elias poderia estar escondido no Maranhão.
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