Raimundo Cutrim apresentou requerimento de pedido de instalação de CPI para investigar agiotagem e disse que está a disposição do Comissão de Ética |
O deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD) recolheu na sessão de ontem da Assembleia Legislativa apenas seis assinaturas, entre os 30 presentes, para o Requerimento em que propõe a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI da Agiotagem. Além disso, Cutrim propõe ser investigado pela Comissão de Ética da Assembleia e acareação com Jhonantan (acusado da morte de Décio Sá), com o secretário de Segurança Pública Aloísio Mendes e a Procuradora Geral de Justiça, Dra. Regina Lúcia.
Os deputados Bira do Pindaré (PT), Cleide Coutinho (PSB), Neto Evangelista (PSDB), Eliziane Gama (MD) e Zé Carlos (PT) assinaram ontem o Requerimento de autoria do deputado Raimundo Cutrim, que pede a criação de uma CPI para apurar as denúncias de crimes de agiotagem praticadas no Maranhão. Caso não haja as 14 assinaturas dos deputados, Cutrim pode pedir que o Requerimento vá para apreciação do Plenário.
Na justificativa do documento, o deputado afirma que a “Comissão Parlamentar de Inquérito detém o poder de investigar, o que possibilita a apuração detalhada das denúncias apontadas”. E que “com a abertura da investigação, com o objetivo de mostrar a verdade, e ainda, possibilitar que os órgãos competentes apurem a responsabilidade civil, criminal e administrativa dos envolvidos, poderemos convocar pessoas, supostamente envolvidas e, ao final, encaminhar ao Ministério Público para que as ações de ressarcimento se forem o caso, seja requerido”.
Em outro Requerimento, o parlamentar pede abertura de sindicância, “e se for o caso, processo disciplinar”, contra ele próprio, fato inédito na Assembleia, para investigar sua suposta relação com o assassinato do jornalista Décio Sá e com a rede de agiotagem no Maranhão. O autor do requerimento pediu ainda uma acareação com o assassino confesso de Décio Sá, Jhonanthan Sousa; o secretário de Segurança Pública do Estado, Aloísio Mendes e a Procuradora Geral de Justiça, Regina Lúcia.
No documento, o autor do Requerimento explica que já usou a tribuna da Casa, falou com a imprensa e produziu Representações pedindo providências ao Ministério Público contra o que chama de “detratores”, destacando o atual secretário de Segurança Pública do Estado e “alguns delegados escolhidos a dedo” pelo secretário.
No Requerimento, Cutrim critica novamente a atuação do MP, a quem já acusou de “engavetamento” da Representação que fez contra Aloísio Mendes e mais três delegados e de quebra de sigilo, conforme destacamos em reportagem anterior em O Imparcial.
“O Ministério Público, antes mesmo de chamá-los formalmente para prestar informações, lhe forneceu cópias de tais Representações, permitindo o ingresso com medida preventiva (habeas corpus), perante o Tribunal de Justiça, para evitar a instauração de qualquer processo contra eles”, afirma o deputado Raimundo Cutrim, que acusa sobre a quebra de sigilo das investigações.
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