sexta-feira, 12 de abril de 2013

Questão de Gerenciamento -sistema penitenciário

Com os  recentes casos de morte no sistema penitenciário, 5 de um só vez,  em uma CCPJ, recebi  algumas reflexões de agentes penitenciários, de forma reservada, por  partirem de  agentes  que considero idôneos  divido-os com os leitores, de forma resumida.

  Segundo este   agente,  os diretores das unidades pouco vão as unidades, embora recebam vários privilégios, carro, gasolina, celular, gratificação  e  diárias, talvez para não se envolver com a rotina da unidade, assim  a unidade fica nas mãos de chefe de segurança, que também possuem privilégios idênticos,  final de  semana então  é o caos.

  O  diretor de segurança  fica  uma parte da manhã e  some. Ai  a unidade  fica nas mãos dos chefes de plantão..

 Segundo o informante, entram crianças   sem nenhuma identificação, não há  as  revistas nas celas , tão necessárias,  para evitar mortes com espadas construídas na própia cela, chulços,    o tal monitoramento eletrônico, que custa uma fortuna não funciona.

  Segundo o  servidor não há nenhum tipo de acompanhamento da unidade prisional. os integrantes da unidade  podem fazer o que quiserem.

  Ao que se sabe  a direção do sistema prisional entende que não há  pessoal para assumir  as direções, um absurdo, um afirmativa sem pé nem  cabeça, pois tanto há  dentro do sistema quanto fora dele. 

O  sistema de escolha de diretores tem  que mudar, pra ser dirigente  de unidade, não pode nem deve ser   conhecido, ou amigo do  secretário, deve ser estabelecido critérios de escolha claros  e   definidos , além de um levantamento inteligente sobre o  perfil do agente público, a quem deve ser apresentado um plano de trabalho, ele  se compromete   segui-lo ou não,  assume um compromisso ou não assume.

  A secretaria deve ter um banco de dados com o histórico do agente público,  dentro e fora do sistema,  métodos de acompanhamento da gestão, que deve ser acompanhada  o seu funcionamento em lócus,  por  equipes multi disciplinares, com força de lei. 

 Um dirigente do sistema penitenciário não  deve sucumbir  a caprichos corporativos, mas  para isso deve ter força moral, não pode  ter     medo de  se expor  e  de convocar  a sociedade par apoiá-lo em uma missão  sincera e urgente, não pode  ter entre  seus assistentes  acusados de   tortura, de malversação de dinheiro público, e não pode  aceitar  que práticas expureas de   ad ministrações anteriores   permaneçam na ad ministração atual.

   O  "sistema prisional "sabe fazer  a leitura dos ventos , sabe perfeitamente quando há uma decisão política em coibir abusos, malversações, torturas  e desvios, ou quando   são emitidos tendência  a manter tudo do mesmo jeito


Acredito que os gestores das unidades podem e devem ser profissionais  oriundos do próprio sistema ,ou não, o importante são os critérios de escolha  e os métodos de acompanhamento da gestão, que como disse antes deve ser   instantâneo, na própria unidade, para isso devemos cortar na própria carne, dar a cara  a tapa, expor para  a sociedade  a realidade do sistema prisional.

 Abrir o sistema  a  sociedade, seguir o modus operandi do  CNJ

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