Com os recentes casos de morte no sistema penitenciário, 5 de um só vez, em uma CCPJ, recebi algumas reflexões de agentes penitenciários, de forma reservada, por partirem de agentes que considero idôneos divido-os com os leitores, de forma resumida.
Segundo este agente, os diretores das unidades pouco vão as unidades, embora recebam vários privilégios, carro, gasolina, celular, gratificação e diárias, talvez para não se envolver com a rotina da unidade, assim a unidade fica nas mãos de chefe de segurança, que também possuem privilégios idênticos, final de semana então é o caos.
O diretor de segurança fica uma parte da manhã e some. Ai a unidade fica nas mãos dos chefes de plantão..
Segundo o informante, entram crianças sem nenhuma identificação, não há as revistas nas celas , tão necessárias, para evitar mortes com espadas construídas na própia cela, chulços, o tal monitoramento eletrônico, que custa uma fortuna não funciona.
Segundo o servidor não há nenhum tipo de acompanhamento da unidade prisional. os integrantes da unidade podem fazer o que quiserem.
Ao que se sabe a direção do sistema prisional entende que não há pessoal para assumir as direções, um absurdo, um afirmativa sem pé nem cabeça, pois tanto há dentro do sistema quanto fora dele.
O sistema de escolha de diretores tem que mudar, pra ser dirigente de unidade, não pode nem deve ser conhecido, ou amigo do secretário, deve ser estabelecido critérios de escolha claros e definidos , além de um levantamento inteligente sobre o perfil do agente público, a quem deve ser apresentado um plano de trabalho, ele se compromete segui-lo ou não, assume um compromisso ou não assume.
A secretaria deve ter um banco de dados com o histórico do agente público, dentro e fora do sistema, métodos de acompanhamento da gestão, que deve ser acompanhada o seu funcionamento em lócus, por equipes multi disciplinares, com força de lei.
Um dirigente do sistema penitenciário não deve sucumbir a caprichos corporativos, mas para isso deve ter força moral, não pode ter medo de se expor e de convocar a sociedade par apoiá-lo em uma missão sincera e urgente, não pode ter entre seus assistentes acusados de tortura, de malversação de dinheiro público, e não pode aceitar que práticas expureas de ad ministrações anteriores permaneçam na ad ministração atual.
O "sistema prisional "sabe fazer a leitura dos ventos , sabe perfeitamente quando há uma decisão política em coibir abusos, malversações, torturas e desvios, ou quando são emitidos tendência a manter tudo do mesmo jeito
Acredito que os gestores das unidades podem e devem ser profissionais oriundos do próprio sistema ,ou não, o importante são os critérios de escolha e os métodos de acompanhamento da gestão, que como disse antes deve ser instantâneo, na própria unidade, para isso devemos cortar na própria carne, dar a cara a tapa, expor para a sociedade a realidade do sistema prisional.
Abrir o sistema a sociedade, seguir o modus operandi do CNJ
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