quinta-feira, 11 de abril de 2013

Agentes e direção de presídio podem ser indiciados por chacina

 
O assassinato dos cinco detentos está sendo investigado no 12º Distrito Policial, no Maracanã.
 
SÃO LUÍS - Dois agentes penitenciários e um diretor da Penitenciária de Pedrinhas podem ser indiciados por crime culposo em decorrência da chacina de cinco detentos na madrugada desta terça-feira (9), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A informação foi dada pelo repórter Domingos Ribeiro, na edição desta quinta-feira (11), do programa Ponto Final, na rádio Mirante AM. Na conversa com o radialista Domingos Ribeiro, o delegado Cristiano Farias, do 12º DP (Maracanã) está investigando os assassinatos dos detentos e o inquérito será concluído dentro do prazo de 30 dias. Ele garantiu que, se for constatada a participação direta dos monitores e da direção do presídio, serão indiciados. Vinte e quatro presos prestaram depoimento durante todo o dia de ontem (10), e todos eles foram autuados em flagrante pela barbárie na Penitenciária de Pedrinhas.

Em depoimento ao delegado Cristiano Farias, um dos presos, identificado apenas por Elenilson afirmou que teria ouvido presos anunciarem que iriam matar os companheiros de cela na noite em que ocorreu a chacina. Apavorado, pois tinha chegado do interior do Estado, ele pediu para que fosse retirado da cela do bloco C. O que também está chamando atenção nas investigações polícia é o fato da transferência dos presos para unidade em que aconteceram os homicídios. Há informações que eles teriam feito o pedido de transferência à direção do presídio, sendo concedido.

Chacina

Os cinco detentos foram assassinados no Pavilhão C do Centro de Custódia de Presos de Pedrinhas (CCPJ). A chacina, segundo a Secretaria de Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap), vitimou três irmãos e dois cúmplices, suspeitos de participação em crimes de assaltos, homicídios e tráfico de drogas na Vila Isabel Cafeteira, onde todos foram presos na sexta-feira (5), em operação da Polícia Militar.

Rogério Moreira Maranhão, de 33 anos, Lindembergue Moreira Maranhão, conhecido como Guel, de 26 anos, Vagner Moreira Maranhão, o Ratinho, de 30 anos, Roberto Costa Ferreira, o Neguinho, de 33 anos, e Silas dos Santos Mendes, o Silas Preto, de 30 anos, segundo a Sejap, foram trucidados com várias chuçadas, em uma das celas da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ). O crime foi praticado por volta das 5h. Os corpos foram encontrados no bloco C da unidade.

Silas dos Santos Mendes, ainda de acordo com a Sejap, chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital. O local foi periciado pelo Instituto de Criminalística (Icrim) e os corpos, removidos para o Instituto Médico Legal (IML) para os exames cadavéricos. O caso foi comunicado ao 12º Distrito Policial (Maracanã), onde será investigado em 30 dias pela equipe do delegado Cristiano Farias.

Por enquanto, as investigações preliminares apontam para uma chacina motivada por um provável acerto de contas, pelo envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas na região Metropolitana.

FONTE ; IMIRANTE.COM

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