Do G1, em Brasília
Antonio Carlos Valadares tomou posse nesta terça (10) como presidente.
Demóstenes Torres terá 10 dias úteis para apresentar defesa ao conselho.
O novo presidente do Conselho de Ética, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), aceitou na tarde desta terça-feira (10) a representação do PSOL contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e abriu processo para verificar se houve quebra de decoro parlamentar.O PSOL pediu a abertura de processo no conselho após denúncias de que Demóstenes usou seu mandato parlamentar para beneficiar o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob suspeita de chefiar uma quadrilha de jogo ilegal. Devido às denúncias, Demóstenes anunciou sua desfiliação do DEM.
"Acato a presente representação. Determinando seu registro e a notificação do representado para que no prazo de 10 dias úteis contados da intimação pessoal ou por intermédio do seu gabinete apresente sua defesa prévia", disse o presidente do conselho.
Valadares afirmou que fez uma coisa "importante" ao aceitar o pedido. "Eu já fiz a coisa mais importante, aceitar a representação. O processo tem início aqui", disse o novo presidente.
A abertura da representação ocorreu pouco após a posse de Valadares como presidente do Conselho de Ética do Senado. Ele assumiu o cargo por ser o mais idoso integrante do conselho. A vaga pertencia, regimentalmente, ao PMDB, que não conseguiu indicar um integrante do partido para a presidência - o nome de Vital do Rêgo foi discutido, mas ele não aceitou abrir mão do posto de corregedor da Casa.
Ao assumir a presidência, Valadares afirmou que a comissão irá trabalhar no requerimento do PSOL, sem que haja impedimentos.
"Não haverá qualquer tentativa de impedir a tramitação conforme o padrão desta comissão e da minha vida pública", afirmou Valadares.
O líder do PSOL no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), um dos autores da representação, parabenizou Valadares e pediu empenho na análise da representação. "Este é um momento difícil para qualquer um de nós senadores, mas este é o dever da função pública", disse Randolfe.
O líder do PSDB, Álvaro Dias (PSDB-PR), afirmou que o partido espera apuração "rigorosa" dos fatos. "O nosso partido espera que o rito seja o mais rápido possível para que este conselho consiga propor o julgamento político da forma mais rigorosa que este processo exige
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