sábado, 28 de abril de 2012

Polícia segue investigações do caso que apura assassinato de jornalista

Execução aconteceu há quase seis dias, na Avenida Litorânea.
Missa em memória do jornalista será celebrada neste domingo (29).

Neste domingo (29), às 10h, na Igreja da Sé, será celebrada a missa de sétimo dia em memória do jornalista Décio Sá. Além do ato religioso, na terça-feira, 1º de maio, a partir das 9h, familiares e amigos do jornalista vão realizar uma caminhada em sinal de protesto, pedindo a elucidação desse crime e de outros considerados de encomenda no Maranhão.
Enquanto os familiares se mobilizam e cobram a rápida solução do caso, há cinco dias a Polícia segue as investigações do crime, realizado na segunda-feira (23), por volta das 22h40, em um bar da Avenida Litorânea.
O crime ganhou repercussão nacional e até internacional. Entidades ligadas ao jornalismo chegaram a publicar notas e manifestos, repudiando a ação, entre elas a comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
[Na sexta-feira (27) o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, decretou sigilo nas investigações, segundo ele, para não atrapalhar as investigações. “A polícia compreende a grande vontade dos profissionais da imprensa na busca de informações sobre o caso, mas só iremos divulgar alguma informação assim que tivermos algo concreto. Qualquer informação desencontrada pode atrapalhar a nossa investigação. Quem executou o jornalista Décio Sá é arquivo vivo. O mandante do crime sabe que, quanto mais nos aproximamos do executor, mais perto estaremos dele. Nossa preocupação não é esconder informações da imprensa, mas sim, garantir a integridade deste que pode nos levar ao mandante deste crime bárbaro”, enfatizou o secretário.
 Antes desta decisão, dois homens foram presos por suspeitas de participarem da execução. Eles foram interrogados por 12 horas e estavam na na Vila Pirâmide. A polícia chegou até eles através de informações do disque-denúncia e acredita que pelo menos um deles tenha partido da ação tenha ajudado na fuga do assassino. Por esta razão a Polícia Civil solicitou a prisão de ambos, medida posteriormente acatada pela Justiça.
Durante o inquérito, a força-tarefa formada por três policiais da Superintendência de Investigações Criminais (Seic) e outros peritos designados para acompanhar o caso tentarão encontrar elementos que provem a participação dos suspeitos, principalmente através do trabalho de perícia, que analisou um cartucho de pistola encontrado próximo ao local do crime e imagens de circuitos internos de casas e comércios nas adjacências da Avenida Litorânea.
Arte Décio Sá (Foto: Reprodução)
A principal tese trabalhada nas investigações é de que o assassinato tenha sido um crime de encomenda e realizado por profissionais.
Entenda o caso
O jornalista Décio Sá foi morto a tiros por volta de 22h30, em um bar da Avenida Litorânea. De acordo com testemunhas, os suspeitos chegaram em uma motocicleta, executaram o jornalista e fugiram do local.
Em menos de duas horas, a polícia encontrou o cartucho da arma que teria sido utilizada no crime. A peça passou nesta quarta-feira (25) por uma análise química, que permitirá um resultado mais preciso sobre as impressões digitais do assassino do jornalista Décio Sá.
Qualquer informação sobre os assassinos do jornalista, pode ser passada ao Disque-Denúncia, pelos telefones 3223-5800, na capital, e 0300 313 5800, no interior do Estado. Não é necessário se identificar.

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