domingo, 24 de março de 2013

Gulag

Este sistema funcionou de 25 de Abril de 1930 até 1960[6]. Foram aprisionadas milhões de pessoas, muitas delas vítimas das perseguições de Stalin, as consideradas "pessoas infames", para a chamada "Pátria Mãe" (a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), e que deveriam passar por "trabalhos forçados educacionais" e merecerem viver na chamada "Pátria Mãe".[7]
O Gulag tornou-se um símbolo da repressão da ditadura de Stalin. Na verdade, as condições de trabalho nos campos eram bastante penosas e incluíam fome, frio, trabalho intensivo de características próprias da escravatura (por exemplo, horário de trabalho excessivo) e guardiões desumanos.[7] Floresceram durante o regime chamados pelos historiadores de stalinista da URSS, estendendo-se a regiões como a Sibéria e a Ucrânia, por exemplo, e destinavam-se, na verdade, a silenciar e torturar opositores ao regime.[7][8]
Embora muitas vezes comparado aos campos de concentração nazistas, (ver: lista dos campos de concentração nazistas) os motivos que presidiram à construção de ambos são bastante diferentes: para os gulags, as motivações eram tanto a punição por crimes comuns e não de guerra, como ideologias contrárias ao comunismo, delitos de opinião, roubo, estupro, imoralidade, vadiagem, etc., como também aos adversários políticos do comunismo, enquanto para os campos de concentração a motivação era predominantemente racial[carece de fontes?] (bastante controvertido entre os historiadores, pois o "racial" tinha conotação de ideologia.
A Coreia do Norte, considerada um dos os últimos Estados comunistas, ainda mantém disfarçados "campos de trabalhos forçados" muito semelhantes no sentido de tratamento "educacional" e "adoecimento (pela loucura) e outras pestes", muitas vezes chamados também de gulags.[9]

[editar] Número de prisioneiros

A evolução do número de presos no Gulag (1930-1953)
O número de presos cresceu gradualmente a partir de 1930 (176.000) para 1934 (510.307), quando cresceu mais rapidamente subir para cima de 1938 relacionado com a expurgos (1.881.570), e, em seguida, diminuiu durante a Segunda Guerra Mundial por causa de recrutamento para o Exército (1.179.819 em 1944). Em 1945 voltou a crescer até 1950, atingindo um valor máximo (cerca de 2.500.000), que se manteve praticamente constante até 1953.
Número de prisioneiros pelos documentos do NKVD e MGB[10]
1930179.00019361.296.49419421.777.04319482.199.535
1931212.00019371.196.36919431.484.18219492.356.685
1932268.70019381.881.57019441.179.81919502.561.351
1933334.30019391.672.43819451.460.67719512.525.146
1934510.30719401.659.99219461.703.09519522.504.514
1935965.74219411.929.72919471.721.54319532.468.524
Os fluxos de entrada e saida dos campos era muito substancial, o número total de detentos entre 1929 e 1953 é de cerca de 18 milhões. Como parte do mais amplo "trabalho duro", se deve adicionar cerca de 4 milhões de prisioneiros de guerra, e pelo menos 6 milhões de "especiais", ou seja, de camponeses que foram deportados durante a coletivização , para um total de 28.000.000[11]
O número de mortes ainda está sob investigação, um valor provisório é de 2.749.163.[11] Este número não leva em conta as execuções relacionadas com o sistema judicial (as execuções apenas por razões políticas são de 786.098).[11]
Segundo dados soviéticos morreram no gulag 1 053 829 pessoas entre 1934 e 1953, excluindo mortos em colónias de trabalho.[12]
Segundo Werh Nicolas, um historiador francês do Centre National de la Recherche Scientifique, em Paris, no livro "História da Rússia no século XX" nas páginas 318-9 se lê textualmente: "As estimativas do número de presos no Gulag no final dos anos trinta variam entre 3.000.000 (Timasheff, Bergson, Wheatcroft) e de 9 a 10.000.000 (Dallin, Conquest, Avtorkhanov, Rosefielde, Solzhenitsyn). Os arquivos do Gulag, confirmados pelos dados dos censos de 1937 e 1939, em documentos dos Ministérios da Justiça, do Interior e da Procuradoria Geral, dão um valor de cerca de 2.000.000 prisioneiros em 1940 (cerca de 300.000 em 1932, e de 1.200.000, no início de 1937).
O número acumulado de entradas no Gulag durante os anos 30 tendo em conta a alta rotatividade dos detentos é cerca de 6.000.000 pessoas. "No mesmo livro na página 416, lemos: "Como evidenciado pelos arquivos do Gulag, recentemente exumados, nos anos 1945-53 houve um forte aumento no número de prisioneiros nos campos de trabalho Gulag (passando de 1.200. 000 para 2.500.000 entre 1944 e 1953 ) e o número de deportados "especiais" de 1.700.000 em 1943, para 2.700.000 em 1953.
Localização dos campos do gulag na União Soviética e países satélites

[editar] Imagens

Prisioneiros trabalhando na construção do Canal do Mar Branco.
Ruínas de um gulag na Sibéria.

 

Um comentário:

  1. No Brasil não será diferente quando for implantada totalmente a Nova Ordem Mundial. A Revolução Cultural Marxista a décadas nos contamina. Desde da queda aparente do Socialismo na URSS o Brasil e no mundo está cada vez mais evidente as marcas da revolução Cultural Socialista. Ex: Divide-se o povo, casamento gay,cotas para negros,feminismo,alteração de códigos reguladores, PNDH legalizando o Aborto e coisas contaditorias.A mídia trabalhando a favor para mudança comportamental da sociedade. E muuitas outras coisas que poderiaamos discutir...

    Glauber, um grande abraço.
    Servidor penitenciario

    ResponderExcluir