quinta-feira, 7 de março de 2013

Em novo depoimento, Bruno diz que "sabia e imaginava" que Eliza seria morta

 
Ricardo Galhardo e Carolina Garcia - enviados a Contagem (MG) | - Atualizada às

Renata Caldeira / TJMG
Bruno admitiu na manhã desta quinta-feira que sabia que Eliza Samudio seria assassinada

O goleiro Bruno Fernandes admitiu na manhã desta quinta-feira que sabia de antemão que Eliza Samudio seria assassinada. A nova versão abre caminho para que o ex-goleiro do Flamengo tenha a pena reduzida. “Sabia e imaginava. Pelas brigas constantes, pelo fato de ter entregue o dinheiro ao Macarrão”, disse ele.
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O objetivo do novo depoimento foi ajustar o discurso da defesa para a fase dos debates, que começou por volta das 11h30. Os advogados vão alegar que Bruno se omitiu diante do plano de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, de assassinar Eliza.
“Percebi na imprensa hoje que havia dúvida sobre a omissão do Bruno. Faltou dizer que ele sabia? Então ele disse que sabia”, afirmou o advogado Lucio Adolfo.
Adolfo e o promotor Henry Vasconcelos bateram boca no plenário sobre a possibilidade de que tenha havido um acordo para que Bruno tivesse a pena reduzida e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues, acusada de ter sequestrado o filho de Eliza, fosse absolvida.
“Não faça cena diante do júri porque nunca houve acordo”, disse o promotor.
Ex-mulher de Bruno afirma ter medo de Zezé. Dayanne Rodrigues foi novamente interrogada nesta quinta-feira (7). Foto: Cristiane Mattos/Futura Press
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Apesar da negativa, informações sobre um possível acerto em torno da absolvição de Dayanne circulam há pelo menos dois dias. Na terça-feira fontes do Ministério Público e da defesa disseram ao iG que havia uma negociação para que Dayanne entregasse o ex-policial José Lauriano, o Zezé, em troca da absolvição.
Zezé é objeto de um inquérito por supostamente ter participado do crime. Ele e Macarrão trocaram dezenas de telefonemas às vésperas do assassinato.
Segundo fontes do MP e da defesa, caberá ao advogado José Arteiro, assistentes de acusação por parte da mãe de Eliza, Sonia de Moura, pedir a absolvição da ex-mulher de Bruno. A defesa de Dayanne vai usar a tese da “coação moral irresistível”, ou seja, que ela foi ameaçada por Zezé a ficar com o filho de Eliza em vez de entrega-lo à Justiça.

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