Umran Jum'ah Sha'Ban havia sido atingido por disparos aparentemente feitos por simpatizantes do ex-ditador morto.
Imagem tirada de vídeo amador mostra o ex-ditador
líbio Muammar Kadhafi, ferido, logo após sua
captura (Foto: Reuters)
O combatente rebelde líbio a quem é atribuída a captura do coronel Muammar Kadhafi morreu em um hospital em Paris, informaram nesta terça-feira (25) autoridades do país norte-africano.líbio Muammar Kadhafi, ferido, logo após sua
captura (Foto: Reuters)
Umran Jum'ah Sha'Ban fora, também de acordo com autoridades, atingido há dois meses por tiros supostamente disparados por simpatizantes de Kadhafi na cidade de Bani Walid, um antigo bastião do coronel na Líbia.
Kadhafi, que governou a Líbia durante 42 anos, foi morto em outubro de 2011, na cidade de Sirte, em meio aos protestos da Primavera Árabe.
Sha'Ban teria sido o primeiro a deter Kadhafi, que estava escondido em Sirte, em 20 de outubro do ano passado. Imagens amadoras divulgadas naquele dia mostraram o corpo do coronel sendo arrastado pelas ruas e agredido. Kadhafi morreu de ferimentos a bala antes de ser levado ao hospital.
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Sua morte foi anunciada ao vivo pela TV Nacional Líbia (alinhada com o governo interino do país) e ele foi descrito como 'herói e mártir' por 'pertencer ao grupo que capturou o amaldiçoado (Kadhafi)'.- '
Nesta terça, autoridades líbias afirmaram que Sha'Ban - que fora levado a Paris para ser tratado - não resistiu aos ferimentos do ataque que sofreu há dois meses.
Em comunicado, as autoridades interinas afirmaram que os acusados pela morte de Sha'Ban serão punidos.
Quase um ano após a queda de Kadhafi, a Líbia realizou há poucos meses a primeira eleição livre de sua história, mas ainda vive um clima de incerteza quanto ao futuro da recém-criada democracia, diante da falta de controle estatal sobre todo o território e da existência de milícias.
Nesta semana, o governo interino do país disse que todas as milícias ilegais seriam dissolvidas, após uma série de enfrentamentos e protestos populares contra milicianos.
Os protestos foram desencadeados pela ação atribuída a uma milícia fundamentalista islâmica, a Ansar al-Sharia, em 11 de setembro deste ano, quando o consulado americano em Benghazi foi atacado e incendiado. O ataque matou quatro pessoas, entre elas o embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Chris Stevens.
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