Em dez das 27 capitais, a última semana de campanha vai ser usada pelos candidatos para evitar que os primeiros...
Em dez das 27 capitais, a última semana de campanha vai ser usada pelos candidatos para evitar que os primeiros colocados nas pesquisas de intenção de votos não vençam já no primeiro turno. Carreatas, visitas porta a porta nas casas dos eleitores indecisos e debates eleitorais são consideradas as armas finais nos últimos seis dias de campanha.
A disputa em Boa Vista é uma das mais discrepantes - Teresa Surita (PMDB) tem 54% na intenção de voto segundo a última pesquisa Ibope, enquanto o segundo colocado, Mecias de Jesus (PRB), conta com apenas 19%. Aracaju tem situação semelhante: 51% para João Alves Filho (DEM) e 20% para Valadares Filho (PSB), de acordo com o Ibope. Capitais consideradas "chaves" para os grandes partidos, como Porto Alegre e Belo Horizonte, também assistem a uma corrida cada vez mais acirrada pelos votos que podem selar o certame.
Na capital gaúcha, uma eleição que se pronunciava muito acirrada se transformou em corrida desenfreada dos adversários para evitar que o prefeito José Fortunati (PDT) conquiste o segundo mandato já no próximo domingo. O candidato trabalhista partiu de situação de empate técnico com Manuela D'Ávila (PC do B) no início da campanha para pontuações que lhe autorizam a sonhar com vitória no primeiro turno. Tanto que a concorrente mais próxima passou a pedir, em sua propaganda e também nos debates, que o eleitor a leve para um novo debate, no segundo turno, com tempos iguais na televisão.
Na mais recente, do Ibope, realidade entre os dias 25 e 27, Fortunati, que tinha 38% em 20 de julho, estava com 47%, e liquidaria a eleição por ter 56% dos votos válidos. Ao mesmo tempo, Manuela caia de 30% na largada para 24%.
A uma semana da eleição, os candidatos que lideram a disputa em Belo Horizonte deram início a uma corrida pelas regionais da capital em busca de objetivos opostos, com várias carreatas e visita na casa dos eleitores indecisos. O ex-ministro Patrus Ananias (PT) - com 32% segundo o último Datafolha - busca tirar votos do prefeito Marcio Lacerda (PSB) - que tem 45% e disputa a reeleição - para tentar forçar um segundo turno, enquanto o chefe do Executivo procura consolidar a liderança apontada nas pesquisas de intenção de votos na esperança de liquidar a fatura já no próximo dia 7. E, para alcançar os objetivos, as campanhas indicam uma intensificação de atos classificados como "eleitoreiros" por ambos os lados.
No fim de semana, o petista já partiu para o ataque contra as nomeações de 632 profissionais de Saúde, publicadas no Diário Oficial do município do último anteontem. Segundo Patrus, o ato "é uma prática que remete ao coronelismo, o uso da máquina na reta final". Para Lacerda, a acusação do adversário é que foi "eleitoreira". "Foi um concurso que fizemos no fim do ano passado. A prefeitura não para no período eleitoral. Não iremos ser regulados no nosso ritmo de trabalho por esse tipo de crítica", disse.
Em São Paulo, apesar de a disputa na capital caminhar para um segundo turno, grandes cidades do interior também podem ter a disputa encerrada já no próximo domingo. Em Campinas, por exemplo, para tentar convencer o eleitor a votar em Márcio Pochmann e levar a disputa para o segundo turno, o PT vai intensificar o uso do apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente, Dilma Rousseff, de olho nos votos do candidato do PSB, o deputado federal Jonas Donizette, que tem chances de vitória no primeiro turno. Os últimos ataques parecem ter funcionado. De acordo com a última pesquisa Ibope divulgada na sexta-feira, Jonas Donizette (PSB) foi de 50% para 42%, Marcio Pochmann (PT) de 8% para 18% e Pedro Serafim Jr. (PDT) de 12% para 15%.
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