Um sargento e dois soldados da Rota estão detidos desde terça-feira.
Eles participaram de operação que acabou com seis mortos na Penha.
A Justiça decretou, nesta quinta-feira (31), a prisão preventiva dos três policiais da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) suspeitos de executar um homem depois de um confronto na Penha, Zona Leste da capital, na noite de segunda-feira (28). A vítima teria sido executada no acostamento da Rodovia Ayrton Senna.Os policiais militares cujas prisões preventivas foram decretadas pela Justiça já estavam presos desde terça-feira (29). A primeira prova do crime veio de uma câmera usada na fiscalização da estrada. As imagens, que já estão com a polícia, mostram um carro da Rota parado no local onde teria ocorrido a execução. A equipe de reportagem do SPTV teve acesso aos depoimentos dos policiais militares suspeitos e da principal testemunha do caso.
O trecho da estrada fica em frente a uma área residencial. Uma testemunha ligou para o 190 da PM e descreveu o que viu. Depois, repetiu as informações em depoimento. De acordo com informações do SPTV, a testemunha disse que policiais militares estariam agredindo uma pessoa e, após jogá-la no chão, efetuaram disparos de arma de fogo contra o suspeito. Após alvejar a vítima, os policiais militares teriam colocado essa pessoa no carro e deixado o local.
O outro soldado disse à policia que, depois da queda, o suspeito foi recolocado no carro e levado para ser socorrido. Mas, segundo a investigação, a parada dos policiais pode não ter sido tão rápida. O carro dos PMs suspeitos, que voltou ao local do confronto, ficou no acostamento da estrada por 12 minutos.
A Corregedoria investiga também se policiais que estavam em outro carro e passaram pelo veículo parado na estrada se omitiram. Os três policiais da Rota - um sargento e dois soldados - já estão no Presídio Romão Gomes. Na noite desta quinta-feira a Justiça decretou sigilo nas investigações.
Afastamento
Ainda nesta quinta, a Polícia Militar afirmou ter afastado seis integrantes da Rota que participaram da operação. Em nota divulgada nesta noite, a PM informou que eles foram ouvidos pela Corregedoria da corporação e liberados. "Trata-se de dois oficiais, um sargento, um cabo e dois soldados que a partir de agora estarão à disposição do PAAPM (Programa de Acompanhamento e Apoio a Policiais Militares) envolvidos em ocorrência de alto risco", diz a nota.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/05/justica-decreta-prisao-preventiva-de-tres-pms-suspeitos-de-execucao
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