Em agosto daquele ano, criminosos lançaram uma granada contra a casa do policial. O artefato explodiu e por pouco não causou a morte da mãe de Paulo, que estava na sala da residência. Os criminosos ainda dispararam vários tiros contra os carros que estavam na frente da casa.
Oliveira, que trabalhou 11 anos com o colega morto, não acredita em assalto. Segundo ele, o amigo era destemido e fazia investigações inteligentes. "Não acredito que foi assalto. Tomar três tiros e não ter nada roubado. Ele nem chegou a sacar a arma, por que os bandidos iriam atirar?", questionou.
O delegado de Ribeirão Preto conta que o amigo era de uma família de policiais e gostava da profissão. Ele deixou duas filhas, uma de 18 e outra de 8 anos.
Mapa morte de delegado (Foto: Arte/G1)
ImagensA polícia vai analisar as imagens registradas pelas câmeras de segurança de uma loja de materiais de construção para tentar identificar os suspeitos de matar o Paulo, de 49 anos. O objetivo dos policiais, como mostrou o Bom Dia São Paulo desta segunda-feira (6), é saber se quatro suspeitos que entraram na loja próxima à Ponte do Limão, minutos depois do ataque, tem alguma relação com o crime.
Segundo uma testemunha, o delegado foi abordado por quatro criminosos em duas motos enquanto trafegava com sua motocicleta de 1.000 cilindradas, uma CB 1000R preta, no sentido Rodovia Ayrton Senna da Marginal Tietê.
Os assaltantes não levaram a moto e também deixaram a carteira do delegado, que foi localizada pela perícia no bolso da calça dele, e a arma, que estava na jaqueta. Paulo foi atingido por dois tiros - um no rosto e outro no abdômen.
Ele chegou a receber atendimento de uma médica que estava em uma ambulância particular que passava pelo local, mas morreu. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Inicialmente, a polícia suspeita que Paula tenha sido vítima de uma tentativa de roubo.
Ele foi enterrado na tarde deste domingo (5) no Cemitério de Bonfim Paulista, em Ribeirão Preto. Paulo Pereira de Paula trabalhava na Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise), de Guarulhos, na região metropolitana. Ele desmontou uma das principais quadrilhas de roubo a caixas eletrônicos que atuava na Grande São Paulo e no litoral.
Fonte: g1
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