O país foi notificado na última terça-feira (27) da denúncia apresentada pelo Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL), pela Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FIDDH), pelo Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo e pelo Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo.
Processo foi aberto pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
País terá cerca de dois meses para apresentar defesa.
O Itamaraty confirmou que a delegação brasileira da OEA em Washington recebeu a denúncia no dia 27 de março. O MRE vai notificar a Secretaria de Direitos Humanos, que será responsável por “coordenar uma possível resposta a ser enviada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (órgão da OEA)”, informou a assessoria da pasta.O jornalista brasileiro Vladimir Herzog foi morto durante a ditadura nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo, em outubro de 1975. A comissão quer saber por que os responsáveis pelo assassinato do brasieliro nunca foram punidos.
Agora, o Brasil deverá ter cerca de dois meses para se defender. Se considerar que essas explicações são insuficientes, a Comissão poderá remeter o processo para a Corte Interamericana de Direitos Humanos, onde o Brasil poderá ser condenado.
O mesmo processo já aconteceu anteriormente: em dezembro de 2010, o Estado brasileiro foi condenado pela Corte por violações de direitos humanos ocorridas na repressão à Guerrilha do Araguaia (1972-1975).
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