quarta-feira, 1 de maio de 2013

Os 20 países menos violentos do mundo

Segundo levantamento realizado pelo o Instituto Avante Brasil, Palau é o país menos violento do mundo.


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LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista, diretor-presidente do Instituto Avante Brasil e coeditor do portal atualidadesdodireito.com.br. Estou no bloglfg.com.br*
Levantamento realizado pelo Instituto Avante Brasil, por longos meses, analisou os 187 países incluídos Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da ONU, comparando o Índice de Desenvolvimento Humano e os homicídios, o que possibilitou a elaboração de um ranking entre os países com as maiores e as menores taxas de violência do mundo.
De acordo com a lista consolidada em 2012, os vinte países com as menores taxas de homicídio estão em sua maioria na Europa e na Ásia: Palau, Hong Kong, Cingapura, Islândia, Japão, Brunei Darrusalam, Noruega, Áustria e Eslovênia, Omã, Suíça, Emirados Árabes, Espanha, Alemanha, Estados Federados da Micronésia, Vanuatu, Qatar, Nova Zelândia, Dinamarca, respectivamente.
Veja a tabela abaixo:
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Entre os países menos violentos Palau manteve a primeira posição. Brunei e Noruega também não alteraram a colocação. Já Hong Kong, que era o 185º do ranking em 2011, subiu uma posição, passando a ser o 186º. Cingapura subiu duas posições e passou de 183º para o 185º colocado. A Islândia deixou de ser o segundo colocado, passando do 186º lugar para o 184º.  O Japão caiu do 184º lugar para 183º e Bahrein, que era o 178º cresceu três posições e em 2012 foi sétimo do ranking, na 181º posição. A Áustria que tinha ficado em 179º, em 2011, subiu duas posições e passou para o 179º lugar, enquanto que a Eslovênia caiu uma posição, passando de 179º para 178º colocado.
Omã e Suíça inverteram posições e agora são 177º e 176º, respectivamente, no ranking dos países menos violentos. Os Emirados Árabes Unidos mantiveram a 175º posição, enquanto a Espanha que esteve na 170º posição em 2011, em 2012 melhorou sua colocação em quatro posições (a mudança mais considerável entre os 20 países, e passou a ser 174º no ranking).
A Alemanha, ao contrário, caiu uma posição, passando do 174º para o 173º lugar. A Micronésia (Estados Federados da Micronésia) melhorou sua colocação em uma posição passando de 171º para 172º, cedendo lugar para Vanuatu, que caiu da 173º posição para a 171º. O Qatar que em 2011 esteve na 168º, hoje é o 170º e a Dinamarca caiu de 169º para 168º.
A Nova Zelândia, que não aparecia entre os vinte países com melhores índices, em 2011, na comparação atual é o expoente da 169º posição. A República Checa, que na pesquisa anterior estava na 172º colocação, nesse levantamento não aprece entre os vinte melhores.
A República do Palau, país com a melhor posição no ranking mundial de homicídios, no ano de 2008, segundo dados da UNODC (Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes), não registrou nenhum homicídio doloso. Localizado no Oceano Pacífico, e com uma forte influência norte-americana, é um pequeno país insular da Micronésia e, segundo o Censo de 2005, possui 19,907 habitantes, com uma faixa etária média de 32 anos, dos quais 54% são homens e 46% mulheres. O país, que em 2012 foi o 52º colocado no Índice de Desenvolvimento Humano, desenvolvido pela ONU (de um total de 187), conseguiu baixar em cinco anos (de 2001 a 2006), segundo o Escritório de Planejamento e Estatística do governo, de 12.609 para 548 o total de crimes, em sua maioria, os chamados felony crimes (todos os crimes que demandam algum tipo de punição).
De todos os vinte países com as menores taxas de homicídio do mundo, nenhum chega a ter 1 morte para cada 100 mil habitantes. Em 1980 o Brasil já era considerado pela OMS (ONU) um país de violência epidêmica: tínhamos 11,7 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2010 pulamos para 27,3 mortes para cada 100 mil pessoas. Agora o Brasil é o 18º país mais violento do mundo e nenhuma política sistemática de prevenção está sendo executada no nosso país que, com a violência, a fraude (corrupção) e a intolerância religiosa, caminha para o caos.
**Colaborou Flávia Mestriner Botelho, socióloga, mestre em ciências e pesquisadora do Instituto Avante Brasil.


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