Por que as noivas gastam tanto dinheiro com vestidos de casamento que nunca mais usarão, enquanto os noivos alugam smoking barato, embora possam vir a precisar de um traje formal?
Por: Luiz Flávio Gomes
Meus amigos: estamos repassando os 50 erros de lógica mais frequentes que, sendo inimigos do sucesso (pessoal ou empresarial), podem nos levar ao fracasso. Cuidado com a falácia da história bem contada, que também é conhecida como “la falacia de la conjunción” ou “conjunction fallacy”, que foi estudada por Daniel Kahneman e Amos Tversky.
Diante de histórias bem contadas, plausíveis, coerentes, convincentes, a tendência do nosso pensamento intuitivo é acatá-las sem maiores questionamentos. Os grandes e excelentes vendedores ou advogados sabem bem que seus argumentos não podem apresentar incoerências. Um problema bem colocado ou uma história bem narrada tem sempre grande chance de aceitação intuitiva. A mídia, mais que ninguém sabe disso. Os políticos sábios e seus publicitários (marqueteiros) também conhecem bem essa tendência humana, de cair na falácia da conjunção (da história bem contada, plausível), fundada no pensamento intuitivo.
Há muitos anos a economia mundial vai mal ou a economia mundial está tropeçando em razão da fraude financeira e imobiliária, de 2008, nos Estados Unidos? Qual alternativa é mais provável? A maioria das pessoas tende a responder que é a segunda, porque ela está muito mais divulgada. No entanto, mais provável é a primeira, visto que ela abarca, para além da fraude de 2008, outras razões para o mal-estar da economia (crise do petróleo, ganância corporativa etc.). A segunda inclui uma condição adicional (crise de 2008) que não está presente na primeira. Logo, ela é mais restritiva.
Fundamental: não deveríamos nunca ignorar que contamos com dois tipos de pensamento: o intuitivo e o consciente (Kahneman). O primeiro é automático, direto e irreflexivo. E também o mais frequente, mais cotidiano. Daí a facilidade com que caímos na falácia das histórias bem contadas (ou da conjunção). Avante!
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