Em todo o ano passado foram registradas quatro mortes em cadeias.
Celas superlotadas e a fragilidade do sistema contribuem para o cenário.
De janeiro a dezembro de 2012, quatro detentos foram mortos dentro de presídios de São Luís, por seus companheiros de celas ou facções rivais. Este ano, em menos de um mês, já foram dois assassinatos nessas mesmas circunstâncias, metade do índice registrado em todo o ano passado.Os dois assassinatos ocorreram em um intervalo de tempo de pouco mais de 24 horas. O primeiro foi na quarta-feira (23), dentro do Presídio São Luís II. O detento Pedro Araújo da Silva, de 32 anos, foi assassinado a chuçadas dentro do banheiro da cela em que estava. Na quinta-feira (24), 26 horas depois, outro preso foi encontrado morto. Desta vez, no Centro de Detenção Provisória. O preso Paulo Rogério Barbosa Soares também foi assassinado a chuçadas, por outro presidiário.
O que chama a atenção é o fato de que todas as unidades provisórias têm sistema de monitoramento eletrônico, mas as câmeras não ajudaram os agentes a evitarem a ação dos presos.
Para o juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, a falta de programas de ressocialização, celas superlotadas e a fragilidade do sistema penitenciário contribuem para que os assassinatos dentro dos presídios continuem acontecendo.
"O sistema penintenciário de São Luís precisa ser melhorado. Está fragilizado. Falta segurança, falta vagas e a população carcerária cresce a cada dia", disse o juiz Jamil Aguiar.
A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária não quis gravar entrevista sobre o caso, mas informou que os assassinatos estão sendo investigados pelo 12º Distrito Policial de Pedrinhas.
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