O assunto tomou conta dos bares, esquinas, lanchonetes, redes sociais e programas de rádio em São Luís. No geral, a atiradora que matou um assaltante no Bradesco do Calhau, ontem pela manhã, recebe elogios de todos os tipos.
De heroína a corajosa e boa de mira, todas as palavras a ela são festivas. Na boca da maioria, a atiradora virou justiceira de primeira grandeza. Um equívoco!
No senso comum, ela fez o que está na vontade latente da maioria - matar os bandidos. E multiplicam-se aqueles comentários jocosos sobre a "justiça".
Vivemos, sem qualquer exagero, uma guerra de todos contra todos. Salve-se quem puder. A regra agora é cada um armar-se como pode e sair por aí defendendo-se da marginalidade, produzindo mais violência.
Na ausência do poder público, resolvemos as situações a nosso modo, com as próprias mãos.
O gesto da atiradora multiplica-se em diversas áreas de São Luís, onde não há regras para quase nada.
Qualquer coisa é permitida no trânsito. Grilam-se terrenos. Barracas de lona tomam conta das calçadas. A comida é vendida no meio da rual sem qualquer cuidado com a higiene. Os lixeiros proliferam em toda esquina. Erguem-se construções irregulares por todos os lugares. Ninguém respeita o plano diretor nem o código de posturas.
A ordem é o caos.
E se aqueles que põem a ordem já não podem dar conta do recado, por diversos motivos, cada um se vira como pode. Até matando!
Porque se não se mata, se morre. De ódio e não de amor.
O elogio à atiradora não é bem-vindo. Precisamos construir um outro patamar de civilidade e não estimular atitudes que só pioram as coisas.
As barbaries dos estados unidos com o uso de armas sem controle é um bom exemplo para análise diga não a arma de fogo de forma clandestina. Martins inspetor penitenciário e economista militante dos direitos humanos
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