sábado, 12 de novembro de 2011

Professor denuncia agressão e tortura praticadas por policiais militares

http://www.sinproesemma.org.br/2011/11/9/professor-denuncia-agressao-e-tortura-praticada-por-policiais-militares.
É cada vez mais evidente o perigo que alguns policias militares trazem a segurança de cidadãos , cada vez mais aparecem denúncias de cidadãos de bem que são constrangidos e ameaçados psicologicamente por policiais militares, isso quando não são mortos. E o método invariavelmente é o mesmo, tentam tornar a vítima em reú; agora foi no turú , a vítima foi professor de origem afrodescendente,Simão Pedro Amaral.

Veja a riqueza de detalhes com que o professor conta o ocorrido, o terror que o mesmo viveu; as ameaças do policial; veja como são refratários a denúncias, como tentam inverter a situação. A seguir o texto na íntegra extraido do site do sinproesemma.



O professor de canto e artista plástico Simão Pedro Amaral denuncia que foi vítima de agressão e constrangimento praticados por dois policiais militares do 8º BPM, que fazem a ronda da comunidade no bairro do Turú. O fato aconteceu na última sexta-feira, dia 4, por volta das 10h, em uma rua deserta que dá acesso ao condomínio Porto da Barra da Praia, no bairro do Turu, próximo à Faculdade Atenas Maranhense (Fama).





“Foram momentos de verdadeiro terror”, diz Simão. O educador conta que caminhava na estrada, em direção ao condomínio, quando foi abordado por dois policiais, Hernandez Chagas e José Ribamar Vieira, que estavam em uma viatura do 8º BPM, de placa NMU 4540 (Ronda da Comunidade), que ordenaram que parasse imediatamente para uma revista. O professor indagou porque ele seria revistado. Os policiais disseram que ele seria “suspeito” porque possui as características de um marginal que acabara de assaltar uma moradora da área. Samuel tem perfil físico afro-descendente, ou seja, é negro.


Enquanto estava sob revista, a vítima explicava aos policiais que é professor lotado no Centro de Ensino Bernardo Coelho de Almeida (BCA), que dá aulas na Escola de Música do Estado, que é de boa família e, inclusive, tem parentes em corporações militares e um irmão delegado de polícia. Porém, as explicações do professor não foram suficientes para evitar que um dos policiais lhe desse um soco no rosto, mandando que calasse a boca, com palavras de baixo calão. Revoltado com a agressão, o professor disse aos policiais que iria denunciá-los pela agressão e pelo constrangimento ao qual estava sendo submetido. Com isso, um dos policiais lhe empurrou violentamente para o interior da viatura.


Após entrar no veículo, o professor conta que os policiais ficaram dando voltas no bairro do Turú: “uma situação de verdadeiro terror e tortura”, lembra Simão. Mesmo com o clima ameaçador, ele perguntou aos policiais militares para onde estaria sendo levado, mas recebeu como resposta apenas a expressão “cala a boca”. Desesperado, o professor lembrou que tinha um celular no bolso da calça e, sem que os policiais percebessem, discou o número do telefone de sua casa e falou rápido para quem atendeu: “estou em um carro da polícia no Turu e eles vão me matar”.


Depois disso, os policiais pararam em um ponto de maior movimento do bairro e mandaram o professor descer. Um homem se aproximou da viatura. Foi identificado como marido da vítima do assalto. Porém, o homem não reconheceu o professor como o autor do delito. Percebendo a situação embaraçosa em que se encontravam, os policiais perguntaram ao educador: “ainda vai denunciar a gente?” Ele respondeu que sim. Diante da afirmação em tornar pública a ação dos policiais, Simão foi novamente obrigado a entrar na viatura.




Foi levado para a Delegacia do Turú, onde os policiais abriram um boletim de ocorrência, denunciando-o por desacato à autoridade. No mesmo momento, o professor entrou em contato com um advogado e abriu boletim com registro da ação dos policiais, alegando discriminação racial, agressão física e moral, tortura e sequestro.




Descrevendo os momentos de pânico que viveu como resultado da impunidade em casos de violência policial, Samuel repudia a ação dos policiais e pede justiça: “Espero que esses policiais sejam punidos pelo que fizeram comigo. A polícia tem o dever de dar proteção à sociedade e não de agredir e coagir cidadãos nas ruas”, desabafa o professor

3 comentários:

  1. EU ACHO QUE DEVERIA HAVER UMA SELEÇÃO MAIS RIGOROSA E MELHOR DESSES POLICIAIS.MUITOS SÃO RUDES,COM BAIXA ESCOLARIDADE E SEM PREPARO ALGUM.ALGUNS SÃO BANDIDOS MESMOS E FAZEM PARTE DE CRIME ORGANIZADO E PARA MELHORAR A RENDA ACEITAM PROPINA E ASSOCIAM-SE COM TRAFICANTES.UM EXEMPLO FOI AQUELA GRANDE QUANTIDADE DE ARMAS ENCONTRADAS NAQUELES MORROS DO RIO DE JANEIRO E COMO O CRIME E A IMPUNIDADE CRESCEM COM UMA FACILIDADE INCRÍVEL.ESTÁ SE TORNANDO CADA VEZ MAIS FREQUENTE, PESSOAS DE BEM E BOA A REPUTAÇÃO, COMO O PROFESSOR SIMÃO,SEREM CONFUNDIDAS POR BANDIDOS E EM CERTOS CASOS ATÉ PERDEREM A VIDA,É LAMENTÁVEL.

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  2. Que falta de respeito desses policiais militares do MA. Essa agressão não pode ficar impune. Pessoas q são colocadas nas ruas para nos defender, acabam sendo ameaças p cidadãos de bem. Qualquer um corre esse perigo, principalmente afro-descendente, que são de imediato julgados pea cor. Lamentável!

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  3. E depois reclamam que a bandidagem esta matando policiais... Por min. podem matar o quanto quiserem, pois a policia não tem dó do cidadão de bem o porque então os bandidos vão ter misericórdia com eles...

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