Nesta terça-feira (19), julgamento está no segundo dia.
Delegado que cuidou do caso é ouvido nesta tarde.
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Durante o depoimento da primeira testemunha do segundo dia, a defesa afirmou que o aeródromo de Itu é um dos principais pontos de entrada de droga no país, segundo o advogado Thiago Anastácio. O advogado lembrou que Luis, pai de Gil, estava fazendo filmagens de suas aulas de voo na região e que isso foi descoberto. Segundo ele, isso pode ter motivado que traficantes tenham agido contra o casal.
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O crime ocorreu em março de 2004. Durante as investigações, a polícia apontou apenas Gil Rugai como suspeito. Antes dos dois dias do julgamento, o réu negou ter sido o autor do duplo homicídio.O advogado de defesa Macelo Feller também reforçou a hipótese e pediu investigações. "Acredito que existem coisas importantes que aconteceram na época, como o próprio fato de ter tido aulas de voos em lugar bastante suspeito, um lugar que é citado pela CPI do Narcotráfico como um ponto de chegada e saída de drogas do Cartel de Cáli, o que causou espantos. Membros do Gaerco há anos tem essa informação", disse.
O julgamento
Desde segunda até a tarde desta terça-feira (19), foram ouvidas as cinco testemunhas de acusação. A previsão do juiz Adilson Paukoski Simoni é que o julgamento termine até sexta-feira (22).
A primeira testemunha foi o homem que trabalhava como vigia na rua onde o crime ocorreu. Ele confirmou ter visto o réu saindo da casa junto com outra pessoa na noite de 28 de março de 2004.
Na sequência, o perito Daniel Romero Munhoz, professor de medicina legal, confirmou que o réu tinha uma lesão no pé após o assassinato de seu pai e de sua madrasta. A testemunha, porém, evitou apontar o que causou tal machucado.
O terceiro a depor foi o perito criminal Adriano Iassmu Yonamine. Ele disse que a perícia apontou “a presença inequívoca de Gil Rugai” no local do crime. O réu, segundo o perito, teria desferido um chute que arrombou a porta de uma sala de TV, na qual Luiz Carlos Rugai teria se refugiado para evitar ser morto. “Não resta dúvida que o chute foi desferido pelo réu.”
O instrutor de voo Alberto Bazaia Neto foi ouvido por cerca de uma hora e quarenta minutos nesta terça-feira (19). Ele declarou que Luis Carlos Rugai, pai do réu, lhe falou dias antes de ser morto que o filho o havia "roubado" e era "perigoso".
Nesta tarde é ouvido o delegado Rodolfo Chiarelli, que presidiu o inquérito que investigou o caso. Em seguida, estão previstas o depoimento de ao menos nove testemunhas da defesa e, por último, mais uma do juízo.
Caberá a sete jurados – cinco homens e duas mulheres, escolhidos por sorteio - decidirem, a partir das provas da acusação e da defesa, se Gil Rugai matou ou não pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta Alessandra de Fátima Troitino. Além do homicídio, o réu também é acusado de estelionato. O processo tem 19 volumes, com 200 folhas cada um. Recentemente, a defesa acrescentou 1,8 mil folhas com provas que atestariam que o estudante não cometeu o crime.
O réu, que atualmente tem 29 anos de idade, responde ao processo em liberdade, mas já chegou a ficar preso por dois anos.
Ao chegar ao fórum, Gil Rugai voltou a negar o
crime. (Foto: Adriano Lima/Brazil Photo
Press/Estadão Conteúdo)
Crimecrime. (Foto: Adriano Lima/Brazil Photo
Press/Estadão Conteúdo)
O casal foi morto com 11 tiros na residência em que morava na Rua Atibaia, em Perdizes, na Zona Oeste da cidade. No mesmo processo pelo homicídio, Gil Rugai responde ainda a acusação de ter dado um desfalque de mais de R$ 25 mil, em valores da época, à empresa do pai. Razão pela qual havia sido expulso do imóvel cinco dias antes do crime. Ele cuidava da contabilidade da ‘Referência Filmes’.
Contra o réu, a Promotoria diz ter como provas: a arma do crime, achada no prédio onde Gil Rugai mantinha um escritório e uma pegada na porta da casa das vítimas que foi arrombada pelo assassino. Quem acusa é o promotor do caso, Rogério Leão Zagallo.
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