sábado, 4 de fevereiro de 2012

Egípcios protestam contra militares após confronto com 74 mortos

Torcida do Al-Ahli participou ativamente dos protestos que derrubaram Mubarak no ano passado. Acusa agora os policiais de não protegê-los durante a briga em Port Said.


Um dia depois da briga de torcidas que acabou com 74 mortos, os egípcios voltaram às ruas para protestar contra a junta militar que governa o país.
Centenas de torcedores do Al-Ahli foram à principal estação de trem do Cairo receber quem escapou do massacre no estádio do time rival, o Al-Masry, de Port Said. No parlamento, o primeiro-ministro assumiu a responsabilidade política pela tragédia e demitiu os principais cartolas do Egito.
Não foi suficiente para acalmar os ânimos. Manifestantes foram nesta quinta-feira (2) às ruas. O Al-Ahli é um dos times mais antigos da África, identificado com as camadas mais pobres da população do Egito. Ser torcedor do Al-Ahli é mais do que gostar de futebol. É quase uma declaração política.
Eles estavam lá, um ano atrás, nos eventos que derrubaram a ditadura, e é assim que a torcida encarou a tragédia que deixou 74 mortos, como vingança dos órgãos de segurança, que ficaram de braços cruzados, enquanto a torcida do Al-Ahli apanhava sem dó.
Cerca de 40 pessoas foram presas, entre elas alguns policiais, mas ainda é cedo para identificar os responsáveis pelo massacre, muitos não têm dúvidas de que ele só aconteceu porque os militares que sempre governaram com mão de ferro estão perdendo autoridade, e, hoje, ninguém sabe quem vai assumir o poder de fato no Egito.

Fonte: g1. globo

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