sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Povo grego conclama o povo à luta contra os aumentos de impostos

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Milhares de pessoas participaram na última quarta-feira (28) nas manifestações organizadas pelos sindicatos classistas – em Atenas, Salônica e outras cidades gregas – contra o novo roubo fiscal que leva o povo à bancarrota.

Trabalhadores, desempregados, autônomos, estudantes, aposentados reunidos pelos seus sindicatos, comitês populares de vizinhança e organizações de massa cumpriram a recusa organizada a pagar os impostos de capitação pela queima das notificações de pagamento e exigiram que aqueles que criaram a crise fossem à bancarrota – a plutocracia e seus representantes.

Deve ser notado que na quinta-feira à tarde a nova lei para a tributação da propriedade foi aprovada no parlamento enquanto o governo está a pressionar em favor de um novo projeto de lei sobre tributação a fim de servir a plutocracia. Na verdade, este imposto será incorporado à conta da eletricidade, com a ameaça de que aqueles que não a pagarem terão a sua eletricidade cortada. Além disso, as novas medidas predatórias incluíram uma redução do patamar livre de imposto para 5 mil euros – o que significa que o patamar é de um rendimento de 357 euros por mês, abolição de deduções fiscais (como por exemplo, despesas de aluguel), aumentos do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), etc.

Na sua declaração, o Gabinete de Imprensa do Comitê Central do Partido Comunista Grego observa: "A bancarrota descontrolada da família popular é uma realidade" e acrescenta: "O comportamento fiscal violento do governo é mais uma peça que evidencia que a ofensiva anti-povo não é temporária e aumentará sem prazo para finalizar. Os aposentados pobres com renda de 400 euros por mês, pessoas que tentam sobreviver com rendimentos mais baixos do que a linha oficial de pobreza, estão a ser convocados a pagar impostos,. Os trabalhadores devem possuir apenas o básico, simplesmente para serem capazes de apresentar-se outra vez ao trabalho. Todo o resto deve ser retornado aos industriais, aos banqueiros, aos proprietários de navios...

Ao mesmo tempo, o governo, após uma redução provocatória das taxas e impostos sobre os lucros do grande capital, está a estudar novos cortes. Ele já anunciou zonas especiais – paraísos fiscais para o capital, onde a tributação de lucros será reduzida ainda mais e onde não haverá negociação de acordos coletivos de trabalho. Esta linha política é o caminho único para os monopólios. O caminho único para o povo é de a crise ser paga pelo grande capital, o qual hoje contribui com menos de 2,8 bilhões de euros de impostos por ano, quando o imposto de renda geral é de mais de 50 bilhões de euros. Os proprietários de navios, bancos e industriais devem ser tributados substancialmente e diretamente.

A única obrigação que o povo tem é levantar a sua cabeça, combater pelos seus direitos. Toda pessoa consciente das camadas populares tem a responsabilidade de se recusar a pagar os injustos impostos de capitação, impedir a implementação das medidas bárbaras. Tomar parte na luta da classe trabalhadora organizada nos locais de trabalho e bairros populares de modo a que uma forte aliança popular seja formada por trabalhadores, autônomos na cidade e zonas rurais, juventude e mulheres para derrubar o poder dos monopólios e retirar o país da União Europeia.

A atividade para derrubar a linha política bárbara continua com a preparação da greve no setor público e antigas empresas estatais em 5 de Outubro e de uma greve geral à escala nacional em 19 de Outubro.

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