contraditória’ protesta contra a luta dos trabalhadores”, disponível no site do SINPROESEMMA http://www.sinproesemma.org.br/2011/9/14/oposicao-pelega-e-contraditoria-protesta-contra-a-luta-dos-trabalhadores-2619.htm
esclarecemos:
1 - De que lado a oposição está? Dos trabalhadores ou do governo?
O MRP tem plena consciência de que a nossa categoria tem censo crítico, capacidade de análise e, principalmente, memória. Sendo assim, sabe perceber com clareza de que lado está a OPOSIÇÃO, assim como sabe quem é que vive fazendo alianças com o governo estadual, independente de quem ocupou ou ocupa o Palácio dos Leões. Ressalta-se que não são os membros do MRP ou pessoas ligadas a esse grupo que no período de 1994 – 2011 ocuparam e ocupam cargos de confiança no 1º, no 2º e no 3º escalão do governo do Estado. Torna-se fácil compreender tal fato quando relembramos que o atual Secretário Adjunto da SEDUC é tão somente o vice-presidente do SINPROESEMMA.
2 - Cada sindicato tem autonomia para construir suas agendas, levando em conta a conjuntura política de cada estado.
De fato reconhecemos isso, entretanto, até 3ª feira pela manhã o site do sindicato não apontava nada no sentido de se realizar uma paralisação estadual. Paralisação esta que não pode ser colocada em prática sem o mínimo de organização e mobilização. Somos uma categoria de professores e no rol de nossas ocupações não consta seguir linearmente as determinações da diretoria do SINPROESEMMA. A adesão do educador a uma atividade como essa deve antes envolver esclarecimentos para que alcancemos certo grau de convencimento e o comprometimento com o ato. Paremos pra pensar, qual o efeito prático de uma paralisação estadual como esta defendida pela diretoria do SINPROESEMMA de forma precipitada? Na capital apontam uma atividade de rua e nos demais municípios, quais atividades serão realizadas? AÇÃO SINDICAL É COISA SÉRIA e ENVOLVE O MÍNIMO DE RESPEITO COM OS TRABALHADORES QUE DELA FARÃO PARTE.
Não podemos nos furtar ao fato de que fizemos uma greve de 78 dias e isso não foi suficiente para SENSIBILIZAR E/OU PRESSIONAR O GOVERNO de modo a garantir os nossos pleitos, bem como é bom lembrar que a nossa greve foi encerrada à revelia da categoria por esta diretoria PELEGA DO SINPROESEMMA.
Desta forma está mais do que explícito que não estamos lidando com um governo qualquer e, certamente, paralisações esporádicas não tem caráter imediato no que tange à IMPLANTAÇÃO DO PISO, A APROVAÇÃO DO NOVO ESTATUTO e outros direitos almejados. Atos como esse, foram realizados muitas vezes e, desse modo, perguntamos: Qual foi resultado prático disso? Por que a diretoria do sindicato que outrora fugiu da greve, agora no afã do momento, sem qualquer preparação convoca a nossa categoria para uma paralisação, se até dois dias antes divulgava o encaminhamento da CNTE?
3 - A oposição tenta confundir a categoria com uma postura contrária às atividades de luta programadas pelo sindicato: “O MRP adota uma postura divisionista.”
O MRP não tenta confundir a categoria, afinal não somos nós que recorremos constantemente a essa prática. O que fizemos foi apenas evidenciar a realidade do ato defendido pela CNTE, em todo o país.
Quanto à acusação de sermos divisionistas, analisemos os seguintes fatos:
a) Quem encerrou a greve em maio deste ano, de forma fraudulenta, na medida em que sequer concluíram a assembléia do dia 15 de maio, no Convento das Mercês e, logo em seguida, informaram que as 16 assembleias regionais, tinham optado pela suspensão do movimento paredista? Essas assembléias aconteceram mesmo? Em qual jornal foi publicado os editais de convocação dessas assembleias? Como se toda essa manobra perpetrada pela diretoria do SINPROESEMMA não bastasse, ela afastou-se da categoria e de lá para cá vem decidindo tudo a revelia desta.
b) Quem vem realizando as assembleias anuais de prestação de contas do sindicato somente com a presença de educadores selecionados a dedo, pelos dirigentes?
c) Qual diretoria sindical realizou uma assembléia semi-clandestina em Bacabal onde foi decidido a desfiliação do SINPROESEMMA da CUT e, posteriormente a sua filiação na CTB, comandada no Maranhão por um dos dirigentes desse mesmo sindicato?
d) Qual diretoria sindical implantou em todas as instancias deliberativas do SINPROESEMMA um regime autoritário e totalmente antidemocrático, chegando ao cúmulo de barrarem a filiação de membros da nossa categoria que fazem oposição à diretoria deste sindicato?
e) Qual direção sindical apresentou, durante a greve, uma proposta de tabela salarial e agora, em setembro de 2011, protocolaram junto ao governo uma tabela reformulada sem antes realizar nenhum debate com a nossa categoria?
Acreditamos que os pontos acima explicitam e reforçam o que já está incutido na consciência de cada professor: Somos úteis e eficientes para tomar as ruas enfrentando sol, chuva e toda a truculência do aparato repressor do Estado. Entretanto, no momento em que a diretoria do SINPROESEMMA entende que a base da nossa categoria representa um perigo para a garantia dos seus interesses particulares e/ou políticos eleitoreiros, aí somos marginalizados.
4 - A oposição não está lutando pelos mesmos objetivos que a categoria.
Se nesse processo há algum ator que não luta pelos reais interesses da nossa categoria, esse ator não é protagonista do MRP, na medida em que o nosso movimento é constituído somente por professores de sala de aula, que não recebem vantagem alguma para fazer a luta em prol dos nossos direitos. Agora será que de fato se pode dizer o mesmo dos dirigentes do SINPROESEMMA? Como saber se os seus interesses são os interesses dos educadores, na medida em que, a nós se quer foi dado o direito de conhecermos realmente o que está sendo negociado entre governo e direção sindical? A greve foi suspensa no início da 2ª quinzena de maio, portanto, estamos a mais de 100 dias sem a realização de nenhuma assembléia. A proposta de novo estatuto já foi modificada diversas vezes e até hoje a maioria dos membros da nossa categoria desconhece essa proposta. Os dirigentes do SINPROESEMMA AGEM COM MUITA ESPERTEZA, na medida em que conseguem pautar o debate no seio da nossa categoria, somente no item tabela salarial relegando a último plano outro item muito importante nesse processo, o que trata da nossa CARREIRA PROFISSIONAL, do qual poderão advir as nossas maiores perdas.
Educador (a), o que nós do MOVIMENTO DE RESISTENCIA DOS PROFESSORES – MRP desejamos é tão somente buscar as ALTERNATIVAS DE LUTA CORRETAS, de forma democrática e participativa, no seio da base da nossa categoria, para que desta forma possamos realizar de fato um ENFRENTAMENTO REAL DAS AÇÕES GOVERNISTAS, de modo a colocar um ponto final nesse processo de negociação em torno do PISO e da garantia do NOVO ESTATUTO, por isso defendemos a convocação de uma ASSEMBLEIA JÁ!
Por realizarmos atividades como essas, de baixo poder de pressão, é que esse processo se arrasta desde o ano de 2007, quando ele foi iniciado e, sendo assim, perguntamos: durante todo esse período o que conquistamos enquanto categoria?
a) Estamos sem reajuste salarial desde 2010;
b) A nossa carreira profissional está passando por um processo de reformulação e a nós se quer é dado o direito de conhecermos tais reformulações;
c) O estatuto do magistério aprovado em 1994 nunca foi colocado em prática totalmente e isso nos fez amargar perdas (salariais e de direitos), astronômicas. Não nos iludamos, pois o simples fato da aprovação do novo estatuto não representará a solução de todos os nossos problemas;
d) O direito as nossas progressões e/ou titulações nos é negado ano após ano, governo após governo;
e) A lei do PISO foi aprovada em 2008 e até hoje não conseguimos garanti-lo como vencimento inicial da nossa carreira.
Por entendermos que a luta em prol da garantia e da ampliação de direitos da nossa categoria não deve ser pautada desta forma é que continuaremos a fazer a crítica a ações como essa da diretoria do SINPROESEMMA que, efetivamente, não nos tem garantido direitos e muito menos avanços
FONTE: MRP-MA
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