terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

denuncias de professores da rede pública de ensino estadual

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) recebeu várias denúncias de professores da rede estadual de ensino que estariam sendo obrigados por gestores de escolas a ministrar aulas de disciplinas alheias à sua formação acadêmica, de retaliações contra educadores e de fechamento de turnos da noite em várias escolas estaduais, prejudicando trabalhadores que precisam estudar à noite.


Segundo o diretor de Comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres, esses procedimentos estão acontecendo em várias escolas da capital e de outros municípios: “Há poucos dias três professores do Coelho Neto, na Ivar Saldanha, foram afastados da Escola porque denunciaram a diretora que pretendia acabar com o turno noturno, e em seus lugares colocou professores de outras disciplinas, numa demonstração de desrespeito e falta de compromisso com a qualidade do ensino. Se na capital está acontecendo isso, imagine nos municípios?”.


“Cadê a responsabilidade do Estado com a educação? Como a governadora quer fazer a alardeada revolução da educação, impedindo o acesso de trabalhadores à educação?“ Esse é o questionamento do diretor diante do paradoxo que se instalou entre a prática e a propaganda do Estado. O fechamento dos turnos nas escolas, segundo ele, fecha as portas para o estudante-trabalhador, que tem somente o turno da noite como opção para acesso à educação. Pelas denúncias recebidas, foram fechados turnos em escolas grandes como Cegel, Fernando Perdigão, Coelho Neto e Almirante Tamandaré, que ficaram totalmente ociosas no turno da noite.


“O governo do Estado instalou o caos na educação. Os trabalhadores que estão se insurgindo contra essa medida são devolvidos pelos diretores de escolas para a gerência regional como profissionais excedentes na rede”, acrescenta o diretor, indignado com a situação.


Para o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, a indignação com a postura do governo também é grande: “O caminho a seguir poderá ser a Justiça, se não houver uma mudança de atitude por parte do governo”. O presidente já acionou a Assessoria Jurídica do sindicato, para o setor avaliar que medidas legais poderão ser tomadas para evitar que o governo continue obrigando educadores a dar aulas de conteúdos para os quais não foram habilitados.

Júlio Pinheiro informou ainda que o sindicato está fazendo um levantamento para apurar, com detalhes, todas as denúncias e saber em que outras escolas estão acontecendo essas irregularidades, para que as providências jurídicas sejam encaminhadas

fonte: sinproessema

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