terça-feira, 22 de outubro de 2013

Protesto contra o leilão do Campo Libra é reprimido pela Força Nacional

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Desde o início da manhã, os manifestantes que protestam contra a realização do leilão do Campo de Libra são reprimidos pelos homens da Força Nacional de Segurança na Barra da Tijuca, próximo ao hotel onde ocorrerá, na tarde de hoje (21), a primeira rodada de licitação do pré-sal.

Um grupo de mascarados se juntou aos manifestantes e tentou avançar sobre as grades colocadas pelo Exército para impedir a aproximação dos manifestantes, sendo dispersado com o lançamento de bombas de efeito moral.

Os black blocs responderam atirando pedras nos policiais. Alguns conseguiram pegar as bombas de gás lacrimogêneo arremessadas pelos policiais e atiraram de volta. Os manifestantes se protegem com tapumes de zinco retirados de uma obra próxima do hotel, na Avenida Lúcio Costa

Uma barreira de homens da Força Nacional conseguiu afastar os manifestantes, com o apoio de um helicóptero da Polícia Militar, que fez um sobrevoo bem baixo na área do tumulto. Mais cedo, em um primeiro confronto, pelo menos seis pessoas ficaram feridas. Elas foram atingidas por balas de borracha. Dois foram atendidos em uma ambulância do Corpo de Bombeiros.



Em Brasília (DF)

Cerca de 30 manifestantes ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) continuam acampados em frente ao Congresso Nacional, em protesto contra o leilão do Campo de Libra. Mais cedo, eles fizeram um ato em frente ao prédio da Petrobras, na tentativa de convencer as autoridades a suspender o leilão.

De acordo com o diretor da FUP, Francisco José de Oliveira, a entidade organizou atos em todo o país, com destaque para o Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Pernambuco, além de Brasília. “Fizemos hoje um bloqueio total na principal base de fornecimento de materiais da Petrobras, o Parque de Tubos, na Bacia de Campos”, disse ele à Agência Brasil.

A FUP defende a suspensão do leilão e a imediata abertura de diálogo por meio do Legislativo. “Nós até participamos, no final de setembro, da última audiência na Câmara dos Deputados. Mas tudo já estava decidido antes mesmo de ouvirem a nossa opinião”, disse Oliveira.

No dia 20 de setembro, a FUP protocolou na Casa Civil um documento assinado por 92 entidades, endereçado à presidenta Dilma Rousseff. “Temos a assinatura de 280 deputados pedindo mais debates, mas nada é feito nesse sentido. Com esse leilão, o governo vai quebrar a soberania nacional”, acrescentou.

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que mais uma ação foi ajuizada pedindo a suspensão do leilão do Campo de Libra, na Bacia de Santos, chegando a 24 o número total. De acordo com a AGU, 18 delas já tiveram decisões da Justiça favoráveis à realização do leilão e seis ainda aguardam decisão.

Localizado na Bacia de Santos, o Campo de Libra é o maior já descoberto na área do pré-sal. Há uma estimativa de que suas reservas sejam cerca de 15 bilhões de barris de petróleo. Com o regime de partilha, a Petrobras será a operadora única dos poços e terá participação mínima de 30% do empreendimento. (com reportagem da Agência Brasil)

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