A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar casos de pistolagem no Maranhão pode ser ressuscitada com a denúncia do deputado Magno Bacelar (PV) de que teria sido ameaçado de morte. Em seu discurso em defesa de apuração da denúncia, o parlamentar lembrou do homicídio do jornalista Décio Sá que esta semana completará um mês. Falta apenas uma assinatura para a criação da CPI da Pistolagem.
Magno afirmou que estuda se assinará o documento que já conta com a adesão de 13 parlamentares para instalar a comissão. "Estou pensando no assunto, mas sou um deputado de entendimento com a minha bancada e preciso conversar com meus pares", disse. O pedido do parlamentar por segurança e para que a denúncia de ameaça de morte seja investigada foi aprovado ontem pela Mesa Diretora.
O deputado acusa o ex-prefeito de Chapadinha, Isaías Fortes Menezes, de declarar publicamente, no povoado Sangue, que mandará matá-lo caso perca as eleições deste ano. O discurso foi feito na última quinta-feira e gerou uma resposta de Isaías. O ex-prefeito afirmou que Magno está criando factóides com a intenção de prejudicá-lo. Segundo o ex-gestor, a falsa denúncia é movida por interesses políticos e partidários.
A declaração de Magno também rendeu comentários do deputado Neto Evangelista (PSDB). O tucano afirmou que possui uma filha com a neta do ex-prefeito e que portanto o assunto também o interessa. "É preciso que seja apurado porque se o senhor diz uma coisa dessas. Eu quero saber onde minha filha convive", disse. Neto também convidou o Magno a assinar a CPI para que outros casos sejam averiguados.
O pedido para a instalação da CPI da Pistolagem foi formalizado pelo deputado Bira do Pindaré no dia 3 deste mês. Treze deputados assinaram a proposta no mesmo dia em que foi apresentada incluindo os deputados governistas André Fufuca (PSD) e Chico Gomes (DEM). Contudo, os parlamentares retiraram os nomes na semana seguinte por uma orientação da bancada de governo.
A proposta de criação da CPI chegou a ganhar mais duas assinaturas após a retirada dos nomes de André Fufuca e Chico Gomes. A deputada Cleide Coutinho (PSB) assinou o documento um dia antes dos dois parlamentares deixarem a lista. A outra assinatura foi do governista Hemetério Weba (PV) que já tinha se comprometido publicamente em assinar a proposta.
O autor da proposta, deputado Bira do Pindaré (PT), reafirmou que não há um prazo para que as assinaturas sejam reunidas, mas explicou que dos parlamentares que ainda não assinaram a proposta apenas Magno Bacelar ainda estuda se apoiará a proposta. O petista reafirmou que sem a presença dos membros da bancada governista será impossível instalar a CPI
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