domingo, 19 de junho de 2011

Estudante Tamires pode ter sido torturada e assassinada, diz deputada

A comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa vai divulgar terça-feira, o relatório sobre a morte da estudante
Tamires Pereira Viegas, 19 anos, morta na cela da delegacia de Porto Franco, distante 800 KM de São Luís, em março deste ano. Os parlamentares acreditam que a estudante foi torturada e assassinada por asfixia.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos, a deputada Eliziane Gama, falou que desde março, os integrantes estão apurando a morte da estudante Tamires Viegas e, há um forte indiciamento que a vítima foi torturada e morta por enforcamento. O relatório vai ser apresentado pela relatora do caso, a deputada Gardênia Gonçalves, na terça-feira, durante a audiência da Assembleia Legislativa para todos os deputados e a comunidade em geral e, logo após, esse material vai ser encaminhado para o Tribunal de Justiça e o Ministério Público. Provavelmente, a procuradora Geral de Justiça, Fátima Travassos, vai tomar as devidas providências como também acompanhar todos os passos sobre o caso.

Eliziane Gama ainda disse que, nestes últimos três meses, a comissão foi até a cidade de Porto Franco para investigar de forma minuciosa e criteriosa o fato. Uma das primeiras medidas adotadas pela comissão foi ouvir o delegado Jackson Farias de Jesus, que deveria ter recebido Tamires na delegacia; o delegado Eduardo Cardoso, presidente do inquérito; Josefa Viegas, a mãe da vítima; e alguns moradores dessa cidade que tiveram contato com a estudante antes de morrer. “Tamires morreu exatamente no dia 8 de marco, Dia Internacional da Mulher, pendurada em uma corda no baixo corredor da delegacia, onde é quase impossível uma pessoa se enforcar, realmente, este caso é extremamente atípico e misterioso”, afirmou.

Em contato com a deputada Eliziane Gama, o delegado Jackson Farias informou que o laudo do Instituto de Criminalística, de Imperatriz, constatou enforcamento da jovem. Segundo ele, a corda de armar rede usada no enforcamento foi deixada, numa escápula, no corredor da delegacia, por um preso de regime semi-aberto, conhecido como “Helicóptero”.

Discordantes


Mas o prefeito Emivaldo Macedo (PDT) e alguns vereadores de Campestre do Maranhão exibiram aos integrantes da Comissão fotografias de Tamires, tiradas logo depois do suposto enforcamento. As fotos mostraram hematomas que comprovam que antes de morrer a jovem foi brutalmente espancada. A mãe de Tamires, Josefa Viegas, estaria de posse de algumas fotografias que comprovariam abuso sexual contra a jovem.

Com informações de O Imparcial Online

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