- A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná decidiu por unanimidade, nesta quinta-feira (29), que Marcos Menezes Prochet, ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), deve ir a Júri Popular. Apontado como autor do disparo que matou o trabalhador rural Sebastião Camargo Filho, ele responderá por homicídio duplamente qualificado.
Conforme os autos do processo, o crime ocorreu no dia 7 de fevereiro de 1998, quando uma milícia despejou ilegalmente famílias de sem terra que ocupavam a Fazenda Boa Sorte, no município de Marilena (PR). Os trabalhadores foram obrigados a deitar com o rosto voltado para o chão. A vítima tinha 65 anos quando foi alvejada na cabeça por um tiro de espingarda calibre 12.
Prochet havia recorrido de uma decisão da juíza da Comarca de Nova Londrina. No entanto, o relator do recurso, desembargador Campos Marques, baseado em depoimentos de testemunhas, chegou à conclusão de que há indícios suficientes acerca da autoria do crime.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA já se manifestou pedindo as autoridades do país o andamento do processo. A OEA também considerou o Brasil culpado pela não responsabilização dos envolvidos no assassinato de Sétimo Garibaldi, agricultor morto em 1998, em condições semelhantes.
De São Paulo, da Radioagência Np, Jorge Américo
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