A campanha de Dilma já prepara uma artilharia contra os adversários para enfrentar o debate econômico nessas eleições. Preocupados com números negativos na economia, integrantes do Palácio do Planalto começam a detalhar uma estratégia para colocar o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos na berlinda: nos próximos dois meses, eles serão questionados pelo PT sobre eventuais medidas impopulares na condução da política econômica.
O sinal de alerta na campanha petista acendeu em reuniões recentes, quando a elevada rejeição de Dilma foi associada aos números da economia. De acordo com o relatório de mercado (Focus), divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central, a previsão para o PIB caiu de 1,05% para 0,97%. Foi a oitava queda seguida. “No debate, vamos questionar Aécio e Eduardo Campos sobre as medidas prometidas para reduzir a inflação e os seus impactos na geração de emprego”, observou um assessor do governo.
Nas palavras desse assessor, haverá uma tentativa do governo de levar esse tema para o debate da vida real das pessoas. O Planalto avalia que o principal trunfo do governo é a redução do desemprego no país nos quase 12 anos de administração petista. Outra estratégia será enfatizar que o atual momento é reflexo da conjuntura econômica internacional, como Dilma já vem fazendo em entrevistas recentes. Mesmo assim, há o reconhecimento interno de que o debate sobre economia é o ponto mais frágil do discurso petista.
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