quarta-feira, 12 de março de 2014

O que está em jogo na disputa PMDB-Planalto

Caciques peemedebistas avaliaram neste domingo no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, que esta é a última oportunidade para definir o espaço do PMDB tanto no governo Dilma como também nas eleições de 2014. Isso aconteceu depois que Dilma demonstrou resistência em ampliar o espaço do partido em conversa que teve com o vice, Michel Temer.

Alguns avaliam que o partido, a esta altura do campeonato, não terá outra opção a não ser seguir com Dilma. Argumentam que o partido hoje tem a vice-presidência e um espaço significativo no governo.

Mas essa não é uma posição unânime dentro do PMDB. Outro grupo avalia que neste momento o que vale é a sobrevivência do partido e que o mais importante é ampliar as bancadas na Câmara e no Senado, além de tentar conquistar o maior número de governos estaduais.

Para o Palácio do Planalto, o que está em jogo é o tempo de televisão do PMDB, segundo maior partido da aliança governista, atrás apenas do PT. O único temor de articuladores políticos da presidente Dilma é que o PMDB fique neutro, como na disputa de 1998, quando o tempo do partido ficou repartido entre os demais candidatos.

Hoje Dilma tem cerca de 12 minutos na televisão e o PMDB contribui com mais de um quarto desse total.

Outra possibilidade seria o PMDB apoiar o candidato Aécio Neves, do PSDB, mas esse é um cenário considerado hoje mais remoto pelo Planalto.

Na disputa pelo sexto ministério para o partido, o que o PMDB tenta é aproveitar a oportunidade para se impor, porque avalia que o PT tem asfixiado todos os instrumentos do partido dentro do governo. A cúpula do PMDB avalia que os petistas trabalham para desidratar a bancada peemedebista na próxima legislatura.

O PMDB considera ainda que se não conseguir ampliar o espaço no governo neste momento, em que Dilma precisa do tempo de TV do partido, não terá condições de conseguir esse objetivo em um eventual segundo mandato da presidente.

por Gerson Camarotti |

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