sexta-feira, 27 de junho de 2014

Contra adversários, Campos prepara um discurso com ataques ao fisiologismo

No discurso que prepara para a convenção do PSB neste sábado (28), o candidato à Presidência do partido, Eduardo Campos, deve fazer um duro ataque ao que considera prática fisiológica de seus adversários. Numa crítica indireta, não só à petista Dilma Rousseff, mas também ao tucano Aécio Neves, Eduardo Campos deve afirmar que a "velha política" está com o pé nas duas canoas.

Em conversas reservadas, Campos tem atacado a decisão da presidente Dilma de mudar o comando do Ministério dos Transportes para garantir o tempo de televisão do PR. E também tem criticado as articulações do senador Aécio Neves, que recentemente incorporou o PTB ao seu palanque.

O ex-governador de Pernambuco tem ressaltado à aliados que fará uma crítica conceitual, e que manterá o alto nível da campanha. Campos deve ressaltar no discurso que tanto o PT como o PSDB não possuem energia renovadora, como deseja o eleitor nesta campanha. Sua avaliação interna é que isso vai abrir um caminho para sua candidatura durante o processo eleitoral.

Para aliados, Campos tem dito que o "jogo" ainda não começou. E que, na campanha, o debate ético deve ganhar força. Ele também deve voltar a fazer críticas à gestão de Dilma, na linha de que a "mulher parou o Brasil" e de que ela foi a primeira governante desde a redemocratização que vai entregar o país pior do que recebeu do seu antecessor.

Além disso, Campos tem defendido internamente as alianças fechadas com o PSDB, em São Paulo, em torno da candidatura do governador tucano Geraldo Alckmin, e com o PT, no Rio, para apoiar o senador Lindberg Farias. Ele argumenta que nos grandes colégios eleitorais conseguiu colocar um "Cavalo de Tróia" nos palanques do PT e do PSDB.


Sexta-feira, 27/06/2014, às 09:25, por Gerson Camarotti   

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