No discurso que prepara para a convenção do
PSB neste sábado (28), o candidato à Presidência do partido, Eduardo
Campos, deve fazer um duro ataque ao que considera prática fisiológica
de seus adversários. Numa crítica indireta, não só à petista Dilma
Rousseff, mas também ao tucano Aécio Neves, Eduardo Campos deve afirmar
que a "velha política" está com o pé nas duas canoas.
Em
conversas reservadas, Campos tem atacado a decisão da presidente Dilma
de mudar o comando do Ministério dos Transportes para garantir o tempo
de televisão do PR. E também tem criticado as articulações do senador
Aécio Neves, que recentemente incorporou o PTB ao seu palanque.
O
ex-governador de Pernambuco tem ressaltado à aliados que fará uma
crítica conceitual, e que manterá o alto nível da campanha. Campos deve
ressaltar no discurso que tanto o PT como o PSDB não possuem energia
renovadora, como deseja o eleitor nesta campanha. Sua avaliação interna é
que isso vai abrir um caminho para sua candidatura durante o processo
eleitoral.
Para aliados, Campos tem dito que o "jogo" ainda não
começou. E que, na campanha, o debate ético deve ganhar força. Ele
também deve voltar a fazer críticas à gestão de Dilma, na linha de que a
"mulher parou o Brasil" e de que ela foi a primeira governante desde a
redemocratização que vai entregar o país pior do que recebeu do seu
antecessor.
Além disso, Campos tem defendido internamente as
alianças fechadas com o PSDB, em São Paulo, em torno da candidatura do
governador tucano Geraldo Alckmin, e com o PT, no Rio, para apoiar o
senador Lindberg Farias. Ele argumenta que nos grandes colégios
eleitorais conseguiu colocar um "Cavalo de Tróia" nos palanques do PT e
do PSDB.
Sexta-feira, 27/06/2014, às 09:25, por Gerson Camarotti
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