A delação premiada do ex-diretor da 
Petrobras Paulo Roberto Costa será encaminhada ao ministro Teori 
Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, para que seja homologada.
A delação de Paulo Roberto criou um ambiente de pânico no meio 
político de Brasília, já que ele citou nominalmente políticos do PP, 
PMDB e PT. Como revelou o Blog, o PT já teme reflexos desse escândalo na
 campanha presidencial.
O ministro Teori Zavascki não é obrigado a aceitar os termos da 
delação premiada negociada com Paulo Roberto, pelo juiz federal Sérgio 
Moro. Mas alguns advogados que acompanham o caso reconhecem que todo o 
processo foi muito bem conduzido pelo juiz Moro. Até mesmo o procurador 
geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Paraná um subprocurador 
para acompanhar o caso.
As primeiras informações indicam que Paulo Roberto denunciou o 
envolvimento de dezenas de deputados e senadores no esquema de desvio de
 recursos da Petrobras. No depoimento, ele revela que parte do corpo 
técnico da estatal “está na folha de pagamento de empresas fornecedoras 
da Petrobras”.
Nesses depoimentos, ele já citou nomes de executivos de grandes 
empresas e até mesmo de empreiteiros. Os políticos recebiam repasses dos
 contratos firmados pela Petrobras.
Paulo Roberto Costa decidiu denunciar todo o esquema de 
irregularidade na Petrobras depois que ficou abalado psicologicamente. 
Ele foi submetido a regras rigorosas dentro da prisão. Nas últimas duas 
semanas, depois que decidiu colaborar com a Justiça, Paulo Roberto já 
teve a situação interna flexibilizada.
Paulo Roberto foi pressionado pela família para fazer a delação 
premiada. Em março deste ano, ele foi preso na Operação Lava Jato. 
Documentos apreendidos pela Polícia Federal indicam que o ex-diretor de 
Abastecimento da Petrobras – cargo que ocupou de 2004 a 2012 – que ele 
arrecadava recursos para políticos com grandes empresas fornecedoras da 
Petrobras. 
 
 
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