http://jmcunhasantos.blogspot.com/2011/11/na-boca-do-caixa .
Os convênios corruptos de Roseana Sarney
JM Cunha Santos
Somente em 2010, ano eleitoral, o governo Roseana Sarney liberou R$ 400 milhões de um bolo de quase R$ 1 bilhão, em convênios para prefeituras e associações. No mês de junho, data da convenção que homologou a candidatura da governadora, R$ 180 milhões foram sacados dos cofres públicos para prover convênios, no mais escandaloso crime eleitoral da história do Maranhão.
Note-se que entre as assinaturas dos convênios e a liberação dos recursos não transcorriam mais de três dias para que prefeitos e associações sacassem na boca do Caixa formidáveis quantias destinadas a obras nunca iniciadas ou nunca concluídas. A farta distribuição de dinheiro aconteceu quando faltavam menos de 5 dias para início do período vedado em lei para liberação de quaisquer recursos. E era dinheiro grande, variando de R$ 130 mil a R$ 2 milhões, conforme a associação ou Prefeitura. A pressa era tanta que convênios da Secretaria da Juventude foram assinados pelo secretário Francisco Sousa Neto no dia 23 e publicados no Diário Oficial na mesma data. E houve até secretarias que se eximiram de publicar as assinaturas dos atos.
Estranhamente, a Secretaria de Cidades firmou dezenas de convênios para substituição de casas de taipa e cobertas de palha pela construção de moradias de alvenaria em diversos povoados. Todos no valor de R$ 65 mil!
Em abril de 2011, o jornalista Raimundo Garrone informava que o Ministério Público Eleitoral havia pedido a cassação dos mandatos da governadora Roseana Sarney e de seu vice, Washington Oliveira, devido ao uso de convênios assistencialistas vedados no período eleitoral.
Através do Programa Viva Casa, o governo Roseana assinou mais de 60 milhões de reais, somente em créditos suplementares, em convênios, no ano de 2010, o que no entender do MP caracteriza conduta vedada em lei.
O Viva Casa tinha por objetivo a construção de moradias, bem como aprimorar as condições de habitação da população da zona urbana e rural, com a distribuição de kits construção, como areia, barro, cimento, etc.
O Ministério Público denunciou que o programa não atendeu a nenhum pré-requisito exigido por lei para a sua aplicação em ano eleitoral. Ele “foi instituído à revelia do procedimento escorreito de consignação na Lei Orçamentária Anual e da necessária edição da lei específica que lhe definisse o objeto e os critérios objetivos de concessão dos benefícios”, disse o procurador regional eleitoral, Régis Richael Primo da Silva.
O Viva Casa foi instituído por meio de mero ato administrativo e, embora seja de 2009, o MP disse à época da existência de provas de que teve início somente a partir de março de 2010, e sem a devida previsão orçamentária.
Régis Richael Primo da Silva lembrou que o TSE, durante o julgamento que resultou na cassação do mandato do ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, reconheceu a necessidade de previsão orçamentária no exercício anterior e lei própria instituindo o programa social.
“No caso do ex-governador da Paraíba, o mandatário foi cassado por ter distribuído cerca de R$ 3,5 milhões com fins supostamente assistencialistas. Já no programa Viva Casa, apenas no ano eleitoral de 2010, foram abertos créditos suplementares de mais de R$ 60 milhões para a construção de casas e para a distribuição de materiais de construção – diga-se novamente, sem nenhum critério de aferição da renda do beneficiário”, observava o procurador.
A Procuradoria Geral do Estado denunciou irregularidades em nada menos que 3 mil e 800 convênios sacramentados no primeiro governo Roseana Sarney entre os anos de 1995 e 1998, sem que a Justiça ou o Tribunal de Contas do Estado se manifestassem sobre a denúncia.
Hoje, com o Ministério Público em pé de guerra e francamente avesso a receber denúncias contra o governo do Estado e com a Justiça estadual engessada pelo tráfico de influência, é muito improvável que venhamos a saber o destino real dos recursos repassados através desses convênios.
Boas vindas e boa leitura é o que desejamos a todos que acessarem este blog, aqui trataremos de temas variados, mas de interesse público e do público: direitos humanos, educação, cultura, segurança pública, política etc.
domingo, 20 de novembro de 2011
Saiba por que ninguém foge dos presídios de segurança máxima no Brasil
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/saiba-por-que-ninguem-foge-dos-presidios-de-seguranca-maxima-no-brasil-
Ao contrário das penitenciárias estaduais, ninguém foge dos presídios de segurança máxima no Brasil. O jeito encontrado pelo governo federal é polêmico e caro: cercar o prédio com policiais armados até com granada e isolar por 22 horas o preso de alta periculosidade em uma cela de 7 m².
Inspirado no modelo americano Supermax, esse sistema começou a valer no Brasil em 2006, no segundo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao custo de R$ 1 bilhão, foram construídos quatro presídios (no Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Rio Grande do Norte) que, “desde a inauguração, nunca registraram fugas, rebeliões ou apreensões de drogas ou celulares”, segundo o Ministério da Justiça.
A massa carcerária de um presídio de segurança máxima é formada basicamente pelos maiores líderes do tráfico de drogas do Brasil, que dos presídios estaduais comandavam rebeliões por todo o país.
Apesar de eles voltarem para as detenções estaduais depois de 360 dias (renováveis pelo mesmo período se o juiz decidir), o ministério afirmou ao R7 que, desde que foram criadas, “as penitenciárias federais [...] reduziram as rebeliões e motins em estabelecimentos prisionais estaduais em 70%”.
A ex-procuradora do Estado de São Paulo e advogada especialista no assunto Beatriz Rizzo discorda do ministério ao dizer que “com certeza” não foram os presídios “que reduziram as rebeliões”.
- Rebeliões são reduzidas ou explodem em razão de outras políticas penitenciárias. Depende muito mais de quem é o secretário da Administração Penitenciária e qual é sua política, que reflete, por exemplo, em quem vai dirigir os presídios.
Fortaleza
Além de isolar os detentos o dia inteiro, a estrutura dos prédios de segurança máxima também é diferente das unidades estaduais. As paredes e os pisos, por exemplo, foram feitos para suportar impactos de até 300 kg. Para evitar resgates por helicóptero, cabos de aço cruzam todo o pátio. Até hoje, nem um telefone celular foi encontrado no interior de um presídio federal. O controle de entrada e saída de materiais do presídio é feito com detectores de metal e aparelhos de raios X, por onde passa até o lixo.
Nas torres de vigilância, os agentes ficam armados com coletes e capacetes à prova de balas, fuzis de alto calibre, pistolas e granadas. Há mais de 200 câmeras de vigilância espalhadas por todo o presídio, exceto no interior das celas.
Rizzo não critica a estrutura dos prédios, mas critica o isolamento de 22 horas a que os presos ficam sujeitos.
- Isolamento severo só leva os presos à alienação mental, loucura ou extrema agressividade. Nosso Regime Disciplinar Diferenciado não tem nada de inovador. Aliás, se isolamento fosse bom, não teríamos o PCC [Primeiro Comando da Capital], que foi fundado no antigo Piranhão, como é conhecido o anexo da Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté.
...O ministério rebate o argumento dizendo que a assistência à saúde das penitenciárias federais "abrange serviços de enfermagem, psicologia, serviço social, pedagogia, terapia ocupacional, farmácia, odontologia e medicina": são 43 profissionais voltados ao desenvolvimento de ações de atenção básica preventivas, de cura e reabilitação.
Tanto investimento para manter longe das ruas seus 427 presos custa caro ao governo federal: R$ 39.744 por ano por cada detento, mais que o dobro do que os governos estaduais gastam com seus presidiários. Em São Paulo, por exemplo, cada um sai por R$ 15.600 ao ano.
O governo acredita que ainda seja necessário construir mais um presídio de segurança máxima: a quinta penitenciária federal está prevista para sair dos alicerces no ano que vem em Brasília
Ao contrário das penitenciárias estaduais, ninguém foge dos presídios de segurança máxima no Brasil. O jeito encontrado pelo governo federal é polêmico e caro: cercar o prédio com policiais armados até com granada e isolar por 22 horas o preso de alta periculosidade em uma cela de 7 m².
Inspirado no modelo americano Supermax, esse sistema começou a valer no Brasil em 2006, no segundo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao custo de R$ 1 bilhão, foram construídos quatro presídios (no Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Rio Grande do Norte) que, “desde a inauguração, nunca registraram fugas, rebeliões ou apreensões de drogas ou celulares”, segundo o Ministério da Justiça.
A massa carcerária de um presídio de segurança máxima é formada basicamente pelos maiores líderes do tráfico de drogas do Brasil, que dos presídios estaduais comandavam rebeliões por todo o país.
Apesar de eles voltarem para as detenções estaduais depois de 360 dias (renováveis pelo mesmo período se o juiz decidir), o ministério afirmou ao R7 que, desde que foram criadas, “as penitenciárias federais [...] reduziram as rebeliões e motins em estabelecimentos prisionais estaduais em 70%”.
A ex-procuradora do Estado de São Paulo e advogada especialista no assunto Beatriz Rizzo discorda do ministério ao dizer que “com certeza” não foram os presídios “que reduziram as rebeliões”.
- Rebeliões são reduzidas ou explodem em razão de outras políticas penitenciárias. Depende muito mais de quem é o secretário da Administração Penitenciária e qual é sua política, que reflete, por exemplo, em quem vai dirigir os presídios.
Fortaleza
Além de isolar os detentos o dia inteiro, a estrutura dos prédios de segurança máxima também é diferente das unidades estaduais. As paredes e os pisos, por exemplo, foram feitos para suportar impactos de até 300 kg. Para evitar resgates por helicóptero, cabos de aço cruzam todo o pátio. Até hoje, nem um telefone celular foi encontrado no interior de um presídio federal. O controle de entrada e saída de materiais do presídio é feito com detectores de metal e aparelhos de raios X, por onde passa até o lixo.
Nas torres de vigilância, os agentes ficam armados com coletes e capacetes à prova de balas, fuzis de alto calibre, pistolas e granadas. Há mais de 200 câmeras de vigilância espalhadas por todo o presídio, exceto no interior das celas.
Rizzo não critica a estrutura dos prédios, mas critica o isolamento de 22 horas a que os presos ficam sujeitos.
- Isolamento severo só leva os presos à alienação mental, loucura ou extrema agressividade. Nosso Regime Disciplinar Diferenciado não tem nada de inovador. Aliás, se isolamento fosse bom, não teríamos o PCC [Primeiro Comando da Capital], que foi fundado no antigo Piranhão, como é conhecido o anexo da Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté.
...O ministério rebate o argumento dizendo que a assistência à saúde das penitenciárias federais "abrange serviços de enfermagem, psicologia, serviço social, pedagogia, terapia ocupacional, farmácia, odontologia e medicina": são 43 profissionais voltados ao desenvolvimento de ações de atenção básica preventivas, de cura e reabilitação.
Tanto investimento para manter longe das ruas seus 427 presos custa caro ao governo federal: R$ 39.744 por ano por cada detento, mais que o dobro do que os governos estaduais gastam com seus presidiários. Em São Paulo, por exemplo, cada um sai por R$ 15.600 ao ano.
O governo acredita que ainda seja necessário construir mais um presídio de segurança máxima: a quinta penitenciária federal está prevista para sair dos alicerces no ano que vem em Brasília
sábado, 19 de novembro de 2011
Superlotação cria guerra entre detentos em Goiás
Nas delegacias de Goiânia e Aparecida (GO) deveria haver 40 detentos, mas há 330. Com a superlotação, os ânimos ficam acirrados entre os presos. Nesta semana, um foi assassinado, e outros quatro, espancados
Traficante Nem da Rocinha vai ter vizinhos perigosos em presidio em Campo grande
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/traficante-nem-da-rocinha-vai-ter-vizinhos-perigosos-em-presidio-em-campo-grande-
O-chefe do tráfico de drogas da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes – conhecido como Nem - vai ter alguns vizinhos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ele vai ter a companhia de outros famosos líderes do tráfico de drogas do Rio de Janeiro.
A operação de transferência do traficante Nem contou com forte esquema de segurança na manhã deste sábado (19). Ao todo, 40 inspetores penitenciários do GSE (Grupamento de Serviço e Escolta) e 11 viaturas da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) escoltaram o criminosos que deixou o complexo penitenciário de Bangu, zona oeste do Rio, por volta de 6h15.
Veja as fotos da prisão do traficante
Nem e comparsas embarcam para Campo Grande
Depois de cair nas mãos da polícia, Nem ficou apenas nove dias no Rio de Janeiro, neste sábado (19) ele trocou a cela individual de Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó, zona oeste da capital fluminense, por uma cela de segurança máxima em Campo Grande. Ele será o preso 114 da unidade.
Segundo especialistas, manter o traficante longe do Estado é uma maneira de tentar evitar que ele continue comandando o crime de dentro dos portões da Justiça.
Para a ex-secretaria Nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind, se Nem ficasse no Rio ele teria facilidade para dar recados e ordens para outros traficantes.
- É importante que eles estejam afastados de suas bases, que eles sejam isolados, o que impede ou reduz a influência que eles têm, embora presos, nas áreas onde eles trabalham.
Em Campo Grande, Nem vai ficar em uma cela individual e sairá sozinho para o banho de sol, sem contato com outros presos. Além disso, ele não terá TV nem rádio e viverá cercado de câmeras de segurança.
As principais lideranças do tráfico de drogas no Rio estão espalhadas pelos presídios federais brasileiros. Nem será vizinho de Elias Maluco, um dos assassinos de Tim Lopes, que também está em Campo Grande.
Além dele, Sandra Helena Gabriel, a Sandra Sapatão, do Jacarezinho. Zona norte da cidade, e o grupo de milicianos liderados por Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, estão no mesmo presídio.
Em Porto Velho, capital de Rondônia, estão os traficantes Polegar, ex-chefe do trafico na Mangueira e Marcinho VP, do Complexo do Alemão, Isaías do Boreu foi mandado para Catanduvas, no Paraná.
Fernandinho Beira-Mar já rodou por todos estes presídios e atualmente está em Mossoró, Rio Grande do Norte.
Ao todo, 413 pessoas estão espalhadas pelos presídios federais do Brasil, todas a milhares de quilômetros das suas cidades de origem.
Para Elizabeth Sussekind, isso ocorre por causa da incapacidade dos Estados em manter os seus presos isolados e longe do crime.
- Eles não conseguem isolar por conta da corrupção. O único benefício para a sociedade e para o sistema prisional é que há um maior isolamento, uma redução do contato dele com suas áreas de influência, onde comete delitos e onde gerencia seus negócios criminosos.
Assista ao vídeo:
Delação premiada
O procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, busca uma nova forma de tentar convencer Nem a colaborar com as investigações e contar à Justiça o que sabe da forma mais detalhada possível.
Para isso, Cláudio Lopes conversou com o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, informando-lhe que existe uma prerrogativa legal para que seja oferecida a delação premiada ao traficante. No entanto, para isso, é necessário reunir promotores e juízes que cuidarão dos processos contra Nem, pois são eles quem podem oferecer tal benefício.
- Eu conversei com o secretário Beltrame e lhe disse que a lei prevê essa possibilidade [de delação premiada], mas é um benefício que deve ser aplicado pelo juiz. O que eu propus é uma interlocução entre os promotores e os juízes que vierem a atuar nos casos para que eles discutam essa possibilidade, tendo em vista a possibilidade de ele prestar esclarecimentos objetivos à Justiça sobre os crimes que ele praticou e as pessoas envolvidas nesses crimes.
Para promotores, interessaria oferecer a Nem tal benefício se o traficante contasse, por exemplo, quem são os policiais envolvidos no esquema de corrupção que levava mensalmente metade de seu faturamento com a venda de drogas.
- Se houver um esclarecimento absoluto dos crimes praticados por ele e com base nas eventuais condenações, ele pode ter uma redução de pena, mas novamente, essa é uma decisão dos promotores que atuarem no caso e dos juízes.
O-chefe do tráfico de drogas da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes – conhecido como Nem - vai ter alguns vizinhos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ele vai ter a companhia de outros famosos líderes do tráfico de drogas do Rio de Janeiro.
A operação de transferência do traficante Nem contou com forte esquema de segurança na manhã deste sábado (19). Ao todo, 40 inspetores penitenciários do GSE (Grupamento de Serviço e Escolta) e 11 viaturas da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) escoltaram o criminosos que deixou o complexo penitenciário de Bangu, zona oeste do Rio, por volta de 6h15.
Veja as fotos da prisão do traficante
Nem e comparsas embarcam para Campo Grande
Depois de cair nas mãos da polícia, Nem ficou apenas nove dias no Rio de Janeiro, neste sábado (19) ele trocou a cela individual de Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó, zona oeste da capital fluminense, por uma cela de segurança máxima em Campo Grande. Ele será o preso 114 da unidade.
Segundo especialistas, manter o traficante longe do Estado é uma maneira de tentar evitar que ele continue comandando o crime de dentro dos portões da Justiça.
Para a ex-secretaria Nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind, se Nem ficasse no Rio ele teria facilidade para dar recados e ordens para outros traficantes.
- É importante que eles estejam afastados de suas bases, que eles sejam isolados, o que impede ou reduz a influência que eles têm, embora presos, nas áreas onde eles trabalham.
Em Campo Grande, Nem vai ficar em uma cela individual e sairá sozinho para o banho de sol, sem contato com outros presos. Além disso, ele não terá TV nem rádio e viverá cercado de câmeras de segurança.
As principais lideranças do tráfico de drogas no Rio estão espalhadas pelos presídios federais brasileiros. Nem será vizinho de Elias Maluco, um dos assassinos de Tim Lopes, que também está em Campo Grande.
Além dele, Sandra Helena Gabriel, a Sandra Sapatão, do Jacarezinho. Zona norte da cidade, e o grupo de milicianos liderados por Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, estão no mesmo presídio.
Em Porto Velho, capital de Rondônia, estão os traficantes Polegar, ex-chefe do trafico na Mangueira e Marcinho VP, do Complexo do Alemão, Isaías do Boreu foi mandado para Catanduvas, no Paraná.
Fernandinho Beira-Mar já rodou por todos estes presídios e atualmente está em Mossoró, Rio Grande do Norte.
Ao todo, 413 pessoas estão espalhadas pelos presídios federais do Brasil, todas a milhares de quilômetros das suas cidades de origem.
Para Elizabeth Sussekind, isso ocorre por causa da incapacidade dos Estados em manter os seus presos isolados e longe do crime.
- Eles não conseguem isolar por conta da corrupção. O único benefício para a sociedade e para o sistema prisional é que há um maior isolamento, uma redução do contato dele com suas áreas de influência, onde comete delitos e onde gerencia seus negócios criminosos.
Assista ao vídeo:
Delação premiada
O procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, busca uma nova forma de tentar convencer Nem a colaborar com as investigações e contar à Justiça o que sabe da forma mais detalhada possível.
Para isso, Cláudio Lopes conversou com o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, informando-lhe que existe uma prerrogativa legal para que seja oferecida a delação premiada ao traficante. No entanto, para isso, é necessário reunir promotores e juízes que cuidarão dos processos contra Nem, pois são eles quem podem oferecer tal benefício.
- Eu conversei com o secretário Beltrame e lhe disse que a lei prevê essa possibilidade [de delação premiada], mas é um benefício que deve ser aplicado pelo juiz. O que eu propus é uma interlocução entre os promotores e os juízes que vierem a atuar nos casos para que eles discutam essa possibilidade, tendo em vista a possibilidade de ele prestar esclarecimentos objetivos à Justiça sobre os crimes que ele praticou e as pessoas envolvidas nesses crimes.
Para promotores, interessaria oferecer a Nem tal benefício se o traficante contasse, por exemplo, quem são os policiais envolvidos no esquema de corrupção que levava mensalmente metade de seu faturamento com a venda de drogas.
- Se houver um esclarecimento absoluto dos crimes praticados por ele e com base nas eventuais condenações, ele pode ter uma redução de pena, mas novamente, essa é uma decisão dos promotores que atuarem no caso e dos juízes.
Traficante Nem chega ao Mato Grosso do Sul
O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chegou ao Mato Grosso do Sul. O avião com o criminoso pousou, no início da tarde deste sábado, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, onde era aguardado por 12 agentes fortemente armados da Polícia Federal.
Nem deixou a penitenciária de Bangu 1, na zona oeste do Rio de Janeiro, junto com Anderson Rosa Mendonça, o Coelho; Valquir Garcia dos Santos, o Carré; e Flávio Melo dos Santos. Todos foram transferidos para o presídio http://www.band.com.br/noticias/cidades.
Ao deixar o Rio de Janeiro, o grupo foi escoltado por 40 Inspetores Penitenciários do Grupamento de Serviço e Escolta e por 11 carros.
Nem e os outros acusados chegaram ao aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, por volta de 8h. Trinta minutos depois, o avião decolou para o Mato Grosso do Sul.
A decisão de retirar os traficantes do Rio foi tomada pelo Tribunal de Justiça, com o argumento de que o afastamento poderá enfraquecer a facção criminosa que atuava na Rocinha. Eles foram presos tentando fugir antes da operação Choque de Paz que ocupou a favela, há uma semana.
Nem deixou a penitenciária de Bangu 1, na zona oeste do Rio de Janeiro, junto com Anderson Rosa Mendonça, o Coelho; Valquir Garcia dos Santos, o Carré; e Flávio Melo dos Santos. Todos foram transferidos para o presídio http://www.band.com.br/noticias/cidades.
Ao deixar o Rio de Janeiro, o grupo foi escoltado por 40 Inspetores Penitenciários do Grupamento de Serviço e Escolta e por 11 carros.
Nem e os outros acusados chegaram ao aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, por volta de 8h. Trinta minutos depois, o avião decolou para o Mato Grosso do Sul.
A decisão de retirar os traficantes do Rio foi tomada pelo Tribunal de Justiça, com o argumento de que o afastamento poderá enfraquecer a facção criminosa que atuava na Rocinha. Eles foram presos tentando fugir antes da operação Choque de Paz que ocupou a favela, há uma semana.
Sob forte esquema de segurança, policiais levam traficante Nem para presidio em MS
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/presidio-de-campo-grande-para-onde-nem-sera-transferido-ja-abrigou-fernandinho-beira-mar
Sob forte esquema de segurança, policiais começaram logo cedo a operação para transferir o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, para o Presídio Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. O traficante deixou o complexo penitenciário em Bangu, zona oeste, por volta de 6h15 deste sábado (19), com Flávio Mello dos Santos (ex-PM), Valquir Garcia dos Santos (conhecido como Carré) e Anderson Rosa Mendonça (conhecido como o Coelho), e seguiu para o aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio.
No aeroporto, um avião de pequeno porte cercado por homens fortemente armados esperava o traficante. As informações da transferência de Nem foram confirmadas por agentes da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), que participavam da operação.
Nem e os outros dois criminosos entraram algemados no avião pouco antes das 8h e a aeronave decolou por volta das 8h30 rumo a Campo Grande. Participaram da operação 40 inspetores penitenciários do GSE (Grupamento de Serviço e Escolta) e 11 viaturas da Seap.
Veja as fotos da prisão do traficante
O traficante foi preso na Lagoa (zona sul), quando fugia da Rocinha, favela que chefiava, ocupada dias depois por forças de segurança.
No Presídio Federal de Campo Grande, que já abrigou Fernandinho Beira-Mar, chefe da maior facção criminosa do Rio, Nem irá permanecer em uma área isolada, conhecida como triagem, por ao menos 20 dias, conforme informou o diretor da unidade, Washington Clark.
De acordo com o diretor do presídio de segurança máxima, o tratamento que será oferecido a Nem é o mesmo dispensado aos demais detentos que estão na unidade, uma das quatro mantidas pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) no país.
Assista ao vídeo:
Sob forte esquema de segurança, policiais começaram logo cedo a operação para transferir o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, para o Presídio Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. O traficante deixou o complexo penitenciário em Bangu, zona oeste, por volta de 6h15 deste sábado (19), com Flávio Mello dos Santos (ex-PM), Valquir Garcia dos Santos (conhecido como Carré) e Anderson Rosa Mendonça (conhecido como o Coelho), e seguiu para o aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio.
No aeroporto, um avião de pequeno porte cercado por homens fortemente armados esperava o traficante. As informações da transferência de Nem foram confirmadas por agentes da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), que participavam da operação.
Nem e os outros dois criminosos entraram algemados no avião pouco antes das 8h e a aeronave decolou por volta das 8h30 rumo a Campo Grande. Participaram da operação 40 inspetores penitenciários do GSE (Grupamento de Serviço e Escolta) e 11 viaturas da Seap.
Veja as fotos da prisão do traficante
O traficante foi preso na Lagoa (zona sul), quando fugia da Rocinha, favela que chefiava, ocupada dias depois por forças de segurança.
No Presídio Federal de Campo Grande, que já abrigou Fernandinho Beira-Mar, chefe da maior facção criminosa do Rio, Nem irá permanecer em uma área isolada, conhecida como triagem, por ao menos 20 dias, conforme informou o diretor da unidade, Washington Clark.
De acordo com o diretor do presídio de segurança máxima, o tratamento que será oferecido a Nem é o mesmo dispensado aos demais detentos que estão na unidade, uma das quatro mantidas pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) no país.
Assista ao vídeo:
Policiais e Bombeiros lançam campanha contra Roseana
http://www.jornalpequeno.com.br/blog/johncutrim/
O comando de negociações da Polícia Militar do Maranhão (comando de greve) está lançando uma campanha inédita, que se colar – e deve colar, a exemplo da última paralisação, vai ser um sucesso contra a corrupção na segurança pública e nos outros setores do governo. É que esta sendo convocado nas redes sociais (facebook, twitter, orkut e outros) os policiais e familiares para darem aos mãos com estudantes secundaristas e universitários ao movimento de paralisação que deve ocorrer na próxima quarta-feira (dia 23), pois, a governadora Roseana Sarney não desrespeitou somente a PMMA, mas toda a sociedade, que deve se unir e aproveitar a greve da categoria para protestar contra o atual governo.
Uma fonte do autocomando da PM repassou que o site da instituição estava em “pane” e que somente os comandantes de batalhão tiveram acessos a documentos de instrução de prisão administrativa para ser usado no dia da greve vindoura. Ocorre que, segundo um advogado da OAB e das associações, o comando não pode prender ninguém, pois os militares ao esgotarem as negociações, não estarão em grave ameaça da disciplina militar (fato que justificaria a medida extrema) uma vez que o direito só tutela o comando em situações normais, e a atual situação fere a dignidade humana dos policiais e, portanto, foge da normalidade e do razoabilidade. O comando de paralisação orienta ainda que os militares não devem temer tendo em vista que o governo está apenas imitando as represálias ocorridas em outros estados, e assim como aconteceu nos mesmos, a PMMA deve ganhar a batalha na justiça superior, se for o caso.
Alguns oficiais da PMMA ligaram dizendo o seguinte: “se for para ficar preso, já respondemos a vários inquéritos mesmo, por que agora temer, se for por um reajuste digno, fico até um ano preso, e convocamos a toda a oficialidade a paralisar, não vamos prender ninguém, o governo tirano de Roseana vai sucumbir”. Com relação a campanha, ela deve ser de modo aos PM’s e simpatizantes ligarem para as rádios, emissoras de TV, internet para protestar contra o governo e apoiarem os movimentos reivindicatórios da PMMA, para que estudantes, ONGs, sociedade organizada se dêem aos mãos em prol da segurança pública que está precária neste governo.
Os policiais também conclamam todos os parlamentares e membros da oposição a se fazerem presentes nas passeatas dos policiais e bombeiros militares. Será uma grande oportunidade para a oposição se unir e realizar outros protestos. Espera-se, assim como toda a sociedade, que os parlamentares, a justiça, OAB, Ministério Público e as entidades de direitos humanos possam tomar as providências contra as improbidades da governadora Roseana Sarney.
Este blog está à disposição dos policiais militares e bombeiros. Quem quiser se manifestar ou desejar mandar informações pode entrar em contato através dos e-mails: johncutrim@hotmail.com e johncutrim@jornalpequeno.com.br ou pelo telefone (98) 8811-9540.
O comando de negociações da Polícia Militar do Maranhão (comando de greve) está lançando uma campanha inédita, que se colar – e deve colar, a exemplo da última paralisação, vai ser um sucesso contra a corrupção na segurança pública e nos outros setores do governo. É que esta sendo convocado nas redes sociais (facebook, twitter, orkut e outros) os policiais e familiares para darem aos mãos com estudantes secundaristas e universitários ao movimento de paralisação que deve ocorrer na próxima quarta-feira (dia 23), pois, a governadora Roseana Sarney não desrespeitou somente a PMMA, mas toda a sociedade, que deve se unir e aproveitar a greve da categoria para protestar contra o atual governo.
Uma fonte do autocomando da PM repassou que o site da instituição estava em “pane” e que somente os comandantes de batalhão tiveram acessos a documentos de instrução de prisão administrativa para ser usado no dia da greve vindoura. Ocorre que, segundo um advogado da OAB e das associações, o comando não pode prender ninguém, pois os militares ao esgotarem as negociações, não estarão em grave ameaça da disciplina militar (fato que justificaria a medida extrema) uma vez que o direito só tutela o comando em situações normais, e a atual situação fere a dignidade humana dos policiais e, portanto, foge da normalidade e do razoabilidade. O comando de paralisação orienta ainda que os militares não devem temer tendo em vista que o governo está apenas imitando as represálias ocorridas em outros estados, e assim como aconteceu nos mesmos, a PMMA deve ganhar a batalha na justiça superior, se for o caso.
Alguns oficiais da PMMA ligaram dizendo o seguinte: “se for para ficar preso, já respondemos a vários inquéritos mesmo, por que agora temer, se for por um reajuste digno, fico até um ano preso, e convocamos a toda a oficialidade a paralisar, não vamos prender ninguém, o governo tirano de Roseana vai sucumbir”. Com relação a campanha, ela deve ser de modo aos PM’s e simpatizantes ligarem para as rádios, emissoras de TV, internet para protestar contra o governo e apoiarem os movimentos reivindicatórios da PMMA, para que estudantes, ONGs, sociedade organizada se dêem aos mãos em prol da segurança pública que está precária neste governo.
Os policiais também conclamam todos os parlamentares e membros da oposição a se fazerem presentes nas passeatas dos policiais e bombeiros militares. Será uma grande oportunidade para a oposição se unir e realizar outros protestos. Espera-se, assim como toda a sociedade, que os parlamentares, a justiça, OAB, Ministério Público e as entidades de direitos humanos possam tomar as providências contra as improbidades da governadora Roseana Sarney.
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